quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Nem tudo acaba em pizza. Agora é oficial, Coritiba punido

Será que o futebol está dando exemplo ao país, onde a regra é a impunidade? Aparentemente, a Justiça Desportiva é mais ágil... e pune. Você viu a selvageria que entrou em campo no estádio Couto Pereira, na última rodada do campeonato brasileiro? Pois o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já puniu o clube com perda de 30 mandos de campo e multa de R$ 610 mil. O julgamento foi realizado na última terça-feira. O clube está proibido de jogar em seu estádio durante toda a Copa do Brasil e a Série B de 2010. Bola dentro.

Amazônia


Por falar em Amazônia, post abaixo, visite o site do fotógrafo Ricardo Azoury, que integrou as equipes das revistas Manchete e Fatos & Fotos, e veja imagens de garimpos com esta acima e outros temas. Clique aqui

Pará: a lei da selva

por JJcomunic
O biólogo francês Pierre Jauffret, de 72 anos, que defendia a preservação da Amazônia, foi espancado e morto em Santo Antonio do Tauá, perto de Belém, no Pará. Pierre foi assassinado na porta de sua casa, que fica dentro de uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), de 25 hectares, da qual era dono. Na sua luta para defender o meio-ambimente, o francês era ameaçado por fazendeiros, posseiros e sem-terras, que invadiram uma fazenda vizinha e desmataram quase toda a área. O Pará tem se notabilizado pela extrema violência contra ambientalistas. O morte do biólogo é mais um prova disso. O que incomoda é a idéia de preservação. Pierre morava e cuidava de uma área particular que transformou em reserva. Quem pensa apenas em destruir, o via como inimigo. É mais ou menos a posição do atual governo na questão ambiental. Permite que a natureza seja agredida, dá uma inacreditável autorização para a construção de obsoletas usinas a carvão extremamente poluentes, e faz um tour hipócrita a Copenhague. Estão lá, todos juntos, posando de defensores do meio-ambiente: Lula, Serra, Dilma e respectivas trupes. Que respirem carbono à vontade.

Absurdo: Brasil não pode tratar o câncer

por Eli Halfoun
Quem já enfrentou o problema sabe da importância da radioterapia na luta contra o câncer. E quem esteve há dias no Congresso de Oncologia Brasil 2009 ficou sabendo que, se depender dos aparelhos de radioterapia, corre o sério risco de ser vencido pela doença: só existem no Brasil 277 aparelhos quando seriam necessários no mínimo 488. Em alguns estados (casos de Roraima e Amapá), sem a possibilidade de tratamento adequado, o resultado não poderia ser mais cruel: 100 mil pacientes que necessitam do tratamento radioterápico acabarão morrendo, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. O absurdo não fica só nisso: existe um grande bloqueio financeiro (na verdade um crime) para a importação de um acelerador de radioterapia: quem quiser trazer um aparelho do exterior terá de pagar 45% de imposto, mas quem quiser importar um avião pagará apenas 21% de imposto. Como se vê, a turma dos tributos anda voando – e voando alto – bem longe da realidade.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Oscar Niemeyer, 102 anos

Para comemorar os 102 anos de Oscar Niemeyer, a Fundação Oscar Niemeyer lançou um site com 60 trabalhos de autoria do arquiteto espalhados pelo mundo. Uma conexão com o Google Maps permite que o internauta localize as suas principais construções espalhadas pelas cidades. Na página de abertura do novo site, cada quadradinho corresponde a uma obra. Clique no link Oscar Niemeyer

Memórias da redação: Aconteceu... na Amiga


O dia que calou a melhor voz do Brasil
por Eli Halfoun 
Pedrinho, o garçom baixinho, acabara de trazer meu prato (os fartos restaurantes da Bloch eram self-service: cada um se servia, mas como eu tinha certa dificuldade para fazer isso os garçons quebravam o meu galho). Não tinha dado nem a primeira garfada quando Pedrinho, o garçom, voltou e disse: “Eli, seu Adolpho pediu para você subir com urgência”. Deixei o prato como estava e fui para oitavo andar, onde ficava uma das salas de seu Adolpho e a redação da Amiga. Mal entrei na sala, seu Adolpho informou: “A Elis Regina morreu. Você sabia?” Não, eu ainda não sabia e a notícia foi como um violento soco na cara porque, embora não fossemos amigos tipo carne e unha, eu e a Elis, que era eu no plural, tínhamos uma relação muito carinhosa e camarada. Refeito do susto, sou surpreendido por outra pergunta: “O que você acha de fazer uma edição especial? Vai vender?"
Eu nem sabia se poderia vender, mas sabia que era a melhor forma de prestar uma homenagem para quem já era a melhor cantora do Brasil. Não voltei para o almoço, convoquei a redação e iniciamos aquele que para mim foi o trabalho mais emocional, nervoso e dolorido que já tinha feito. Passamos a noite trabalhando, buscando informações, fotos (o arquivo não era tão farto assim de fotos da Elis) e tomando cuidado para não cometer nenhum desrespeitoso exagero nos textos e, evidentemente, na escolha das fotos. Eu estava realmente muito emocionado (abro um parênteses apenas para contar que quando ouvi na boate Bottle’s, a Elis, pela primeira vez, ao vivo, escrevi uma notinha na coluna que assinava na Última Hora dizendo apenas: “Guardem esse nome: Elis Regina. Ela será a maior cantora do Brasil”. E é.
A edição da especial foi sendo feita e varou a noite, mas a equipe trabalhava emocionada na homenagem que preparávamos. Era uma sexta-feira e eu tinha que estar em Maricá no final da tarde. Iria de ônibus. Quando às 6 horas, o dia clareando, a edição ficou pronta, seu Adolpho mandou um carro da reportagem me leva até Maricá.
Havia dúvidas se a edição-homenagem venderia porque Elis era respeitada, elogiada, fazia sucesso, mas não era o que se pode chamar de, pelo menos naquela época, de uma cantora do povão e o povão era o público da Amiga. Era um risco, mas não havia a intenção maior de vender revista, mas sim de prestar uma homenagem a Elis. Na medida em que cada página ficava pronta, percebíamos que a edição estava ficando emocionante. Já tinha usado quase todo o material fotográfico e ainda havia mais páginas a serem completadas quando bati o olho em uma foto preto e branco, que parecia estar me chamando. Separei a foto, fui até o Jarbas, na época o diagramador da revista e pedi: “Vamos fazer a última página só com essa foto". Na foto, Elis sentada no meio do palco, de roupa branca, iluminada de cima para baixo, parecia estar subindo ao céu. O Jarbas projetou a foto e pedi: "Deixa espaço para um textinho de seis linhas". Preparei o texto, quase em lágrimas. A revista foi para as bancas e obteve excelente venda e grande repercussão. Dois dias depois encontrei Copacabana pelo menos dois camelôs vendendo pôster com a última página da edição especial. Lá estavam expostos na calçada a emoção de um trabalho feito com mais alma do que competência. Não ganhei um tostão (não tinha assinado o texto) e nem precisava. Nada era melhor do que ver o trabalho transformado em uma em real homenagem à Elis Regina. Alguns ainda devem estar em algumas paredes. Assim como a voz de Elis ainda encanta e emociona nossos corações e ouvidos.


Procura-se uma luz no fim do túnel

por Eli Halfoun
Até recentemente quando uma mulher paria dizíamos que “fulana deu à luz”. Era carinhoso, mas desde a semana passada, graças aos nossos vereadores, deixou de ser. Agora todos nós homens e mulheres, velhos e jovens é que daremos à luz se não quisermos continuar no escuro. Como se já não bastasse tudo o que já nos cobram em exagerados impostos, teremos de pagar também uma taxa para que a Prefeitura cumpra o seu dever de nos dar ruas iluminadas e tudo o mais o que nosso dinheiro já paga, ou melhor, pagarias se fosse realmente aplicado no que se faz necessário. A taxa variará de R$ 2,00 a R$ 90,00. Não importa: mesmo que fosse uma taxa de apenas dez centavos estariam metendo – como estão - a mão no bolso de quem já sofre por absoluta incompetência de seus governantes, todo tipo de exploração, abuso e sacrifício. O prefeito Eduardo Paes justifica a cobrança dizendo que outras cidades já cobram e que o dinheiro será aplicado na compra de postes, lâmpadas, fiação e até de carros de manutenção. Se fosse mesmo aplicado no que se promete poderia ser um bom argumento se mesmo com material suficiente não estivéssemos correndo o risco de, vez por outra, conviver com a escuridão de um apagão nacional. Se outras cidades cobram não significa que o Rio também tenha que penalizar seu povo. A cobrança dessa absurda taxa (afinal, para que pagamos impostos?) abre um sério precedente: não demora muito exigirão que coloquemos uma moedinha no poste para poder atravessar no sinal, que paguemos uma taxa para andar pelas esburacadas calçadas e se bobearmos instalarão catracas nas portas de casas e apartamentos cobrando taxa para que possamos sair de casa (se bem que atualmente é mais aconselhável ficar trancado para não correr riscos nas ruas dos tiroteios e dos ladrões de esquina, de todas as esquinas). Há quem possa argumentar que com mais iluminação (paga pelo contribuinte) os ladrões terão mais dificuldades para agir. Será mesmo ou será que terão mais claridade para escolher melhor as suas vítimas? A única esperança que resta é que com mais iluminação (paga com o suor do nosso trabalho), enfim apareça uma luz no fim do túnel.

Torcida do Flamengo pode ficar pelada

por Eli Halfoun
Não demora muito a torcida do Flamengo pode circular por aí sem os pelos do popular sovaco, das pernas e até dos peitos se decidir mesmo seguir os padrões (Ronaldo Fenômeno espalhou moda com aquele topetinho ridículo) ditados por um de seus ídolos, o jogador Adriano. O artilheiro do Campeonato Brasileiro não esconde que não gosta de pêlos debaixo do braço e nem no resto do corpo: prefere raspar tudo. Inicialmente Adriano só raspava debaixo do braço porque achava mais higiênico, mas com o passar do tempo começou a raspar outras áreas. É na base da lâmina de barbear mesmo porque acha que depilar é muito doloroso, mas de qualquer maneira para não correr nenhum risco, prefere que o serviço seja feito por uma depiladora profissional que uma vez por semana o atende em domicílio. Se a moda pega faltarão depiladoras para torcida tão grande e apaixonada.

Brasil tem “chef” entre os melhores do mundo

por Eli Halfoun
Embora os homens sejam considerados os melhores “chefs”, as mulheres conquistam espaço no mundo gastronômico e com reconhecimento internacional. É, por exemplo, o caso da nossa Roberta Sudbrack, que já foi “cozinheira” do Palácio do Planalto e será atração, como uma espécie de editora convidada do primeiro número da nova revista Gula, que foi totalmente reformulada. Roberta, que acaba de chegar de Paris, foi incluída entre as melhores “chefs” do mundo na relação publicada pela revista francesa (com título em inglês mesmo) “Top chefs of the worlds”. Roberta também foi destaque, em reportagem de duas páginas, da revista “Balthazar” que não negou elogios a rainha brasileira dos temperos.

A verdade está nos números. Quase sempre

por Eli Halfoun
Se depender de qualquer tipo de pesquisa quase todos os políticos podem tirar o time de campo, especialmente no que diz respeito à credibilidade que, aliás, eles não têm mais nenhuma. Em todas as pesquisas sobre honestidade os políticos lideram com grande vantagem, o que não chega a ser uma surpresa. Através do “Data Bank” o jornalista Giba Um, de São Paulo, perguntou, antes do escândalo Arruda, “de quem você não compraria um carro usado?" Deu político de ponta a ponta: 22,1% não comprariam do senador José Sarney, 19,9% do também senador Fernando Collor. 18,3% dos pesquisados não negociariam com o ex ministro Antonio Palocci enquanto 15,5% citaram o nome de Ciro Gomes e 10,4% o de Michel Temmer. Em outra pesquisa realizada pelo instituto Millenium sobre transgressões da lei o resultado revelou que 79% da população brasileira transgridem a lei e que, é claro, os políticos são os mais desobedientes, seguidos dos empresários com 29% e dos ricos (20%). Ouvidos em 70 cidades brasileiras de nove regiões metropolitanas (mil entrevistas por cidade) 48% dos pesquisados disseram que menor desigualdade social e punições da justiça são as soluções. Como os números só mentem na hora de medir a inflação e de dar aumento aos aposentados podemos facilmente concluir que estamos todos ferrados.

Roupa velha para um nova ajuda

por Eli Halfoun

Pode uma roupa feminina velha custar mais do que várias roupas novas? Pode sim: basta que tenha sido usada por uma atriz famosa. Foi o que aconteceu com roupas velhas do guarda-roupa e dos filmes de Audrey Hepburn, a eterna bonequinha de luxo. Uma coleção de vestidos que ela usou, alguns apenas uma vez, foi vendida por 266 mil libras (RS$ 767 mil) em recente leilão realizado em Londres. A grande procura e as caras ofertas surpreenderam os organizadores do leilão: todos os 41 itens colocados à venda renderam mais (exatamente o dobro) do que se esperava. O vestido mais disputado foi o que Audrey usou no filme “Como roubar um milhão de dólares" (nada a ver com o escândalo Arruda). No filme de 1966, Audrey fez parceria com Peter O’Toole e o vestido foi arrecadado por exatos R$ 170 mil (três vezes mais do que o esperado). A metade de tudo o que foi arrecadado no leilão será destinada à associação The Audrey Hepburn’s Children’s. Lá o dinheiro chegará mesmo ao destino certo. Se fosse aqui só Deus sabe. Às vezes nem ele. (Audrey Hepburn em cena do filme Como roubar um milhão de dólares)

Toma lá mais uma comédia brasileira

por Eli Halfoun
Nem sempre o sucesso na televisão é garantia de êxito também no cinema. Muitas vezes uma passagem não muito bem sucedida na televisão pode transformar-se em um grande sucesso cinematográfico. É nisso que acredita o ator, diretor e autor Miguel Falabella: embora o programa “Toma lá, dá cá” não faça mais parte dos planos da Globo, Falabella acredita no sucesso cinematográfico do esquema e decidiu escrever o roteiro que transformará “Toma lá, dá cá” em longa-metragem que o próprio Falabella quer dirigir. Falabella não faz por menos: acredita que a versão cinematográfica do programa pode ultrapassar o recorde de público conquistado pelo filme “Se eu fosse você 2”. Isso sim é o que se pode chamar de otimismo.

Do côco ao monopólio


por Gonça
Vocês se lembram da polêmica da proibição do côco na praia? Um secretário aí queria impedir a venda sob o pretexto de que o côco polui a areia etc etc. Pretendia obrigar os barraqueiros a venderem produtos apenas industrializados, sem levar em contra, claro, que embalagens industrializadas também poluem. Parecia estranho. O prefeito vetou a idéia. Mas, agora, o que era estranho virou esquesito. Hoje, em frente ao Caesar Park, os barraqueiros de Ipanema farão um protesto para denunciar que para renovar as licenças foram obrigados a um  compromisso: comprar bebidas apenas da empresa Orla Rio, que ganhou uma polêmica concessão de Cesar Maia para admisitrar os quiosques do calçadão. Do calçadão, não da areia. Os barraqueiros dizem que ou assinavam o compromisso ou não teriam as licenças renovadas.  A coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, do Globo, publica esta denúncia do barraqueiro Francisco Magalhães, o Magrão. Segundo o colunista, o empresário João Barreto, proprietário da Orla Rio, diz que os barraqueiros podem comprar onde quiserem. Mas pode haver há fogo no meio dessa fumaça. Que tal o Ministério Público ir à praia nesse fim de semana? (Foto:Gonça)

Estão passando o trator no Centro histórico do Rio

por Gonça
Há casas e uma igreja secular interditadas no Centro do Rio por causa de uma obra (prédios de 23 andares) na estreita rua dos Inválidos.A região, de prédios históricos, tem uma das mais belas arquiteturas do Rio. A suposta falha de construção que abalou os terrenos em volta e pôs em risco a vida de centenas de pessoas, já é grave. Mas o absurdo maior, vendo-se o tamanho do buraco que abrigará vários andares de estacionamento, são os interesses que permitem a aprovação de um projeto como esse naquela área. Em todo o mundo, cidades tentam tirar automóveis do Centro, aqui, se estimula. E com o comprometimento de um patrimônio histórico. A justiça embargou a obra. Seria melhor impedí-la. E se os abalos forem sinais de que o terreno não suporta a construção? Vazio, só com a escavação, está desabando, imaginem com o peso dos prédios em cima. Uma prefeitura aliada dos cidadãos construiria ali uma praça, coisa que a cidade precisa mais do que espigões no centro. Ainda mais um espigão que pode ser um forte candidato a Palace 2. Alô Eduardo Paes, desapropria aquele mostrengo, ainda dá tempo, ou transfere a coisa para uma área da Zona Portuária. O Centro tem até prédio desabitado, não precisa de mais espigões. 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Danuza na Manchete





por Gonça
4 de outubro de 1952. A revista Manchete, recém-lançada, chegava às bancas com uma modelo brasileira na capa. Sobre a moça deitada na praia, sob céu azul, a chamada "Danuza conquista Paris". Nada menos. Entre os assuntos daquela semana, quando o Rio já experimentava o calor de verão que se anunciava em plena primavera, a revista destacava a morte do cantor Francisco Alves (seria a capa da edição seguinte), a luta pela sucessão (que não aconteceria) entre Getúlio e Adhemar, e uma reportagem do jornalista Hélio Fernandes sobre a agitada vida noturna de Copacabana - eram os tempos do Vogue, Balalaika, Maxim's - mas era Danuza Leão a estrela da edição número 24 da revista que Adolpho Bloch lançava para concorrer com a poderosa O Cruzeiro. A reportagem de Carlos Moreira, com fotos de Oldar Froes começava com a frase "Danuza Leão é um dessas criaturinhas que sempre exigem um adjetivo".
Autora de best-sellers, a "criaturinha" acaba de lançar "De Malas Prontas", um pouco crônicas de viagem, um pouco guia de turismo, em que ela narra suas experiências em Buenos Aires, Londres e Berlim. Uma continuação do "Fazendo as Malas", lançado em 2008, quando revelou segredos úteis de Paris, Sevilha, Lisboa e Roma. A reportagem da Manchete conta que Danuza estava em uma festa de Jacques Fath, em um castelo em Coberville, a convite dos "Diários Associados", quando o famoso costureiro encantou-se pela brasileira e ofereceu-lhe um contrato de 100 mil francos mensais. "E foi assim que a capital da moda ganhou o primeiro manequim brasileiro - Danuza -que, com 19 anos, será provavelmente o mais jovem modelo de modas do mundo", conclui o repórter. (Na sequência acima, reproduções da revista Manchete)

Acredite se quiser: biscoito promete emagrecer

por Eli Halfoun
Os gordinhos insistem. Embora saibam que essas dietas milagrosas sugeridas quase que diariamente não funcionam, eles, os gordinhos, até se enganam aderindo as novidades. O regime dieta da moda é a chamada dieta da Dr. Siegal’s Cooki Diet, que promete fazer perder até cinco quilos em um mês, promessa também da diet South Beach. A dieta Siegal’s consiste em comer seis cookies por dia previamente embalado e está deixando os gordões americanos tão entusiasmados que mereceu até reportagem de duas páginas em recente edição do The New York Times. Inicialmente a dieta dos cookies era apenas para os pacientes do médico Sanford Siegal, mas agora os cookies são vendidos (e aos montões) em lojas. Comendo os seis cookies o paciente deve fazer apenas uma refeição por dia na base de proteínas (ainda bem). Não se sabe se os pacientes estão realmente emagrecendo os quilos que a dieta promete, mas sabe-se que seu “inventor” está engordando a conta bancária: esse ano deve faturar U$ 18 milhões, ou seja, U$ 6 milhões a mais do que faturou no ano passado. Afinal, tem gordinho pra tudo.

Uma verdade, uma “média” e um jogo de palavras. É a nossa política

por Eli Halfoun
Um dos mais respeitados e acreditados jornalistas especializados em política (jornalista político como se dizia antes é, hoje em dia, quase ofensa) Villas-Bôas Corrêa não resistiu e em recente palestra resumiu em uma frase definitiva a repulsa que ele e nós sentimos da atual política brasileira: “Esse é o Congresso mais esculhambado que já vi. É repugnante”. Quem conhece sabe o que diz. Não foi só isso que o velho Villas falou: “O Congresso que eu conheci era uma casa de freiras perto deste de agora”.Também alertou: “Nada é tão urgente nesse país quanto moralizar o Congresso Nacional”. Não será fácil.
Véspera de eleição é tempo de estar em todas para fazer “média”. Embora não seja candidato a nada o presidente Lula não perde, como qualquer outro político, uma oportunidade: embora seja assumido torcedor do Corinthians em São Paulo e,dizem, do Vasco no Rio Lula foi todo sorrisos ao receber nessa segunda-feira, dia 14, o campeão time do Flamengo. A equipe e mais um montão de “papagaios de piratas. Certamente Lula disse que é “Flamengo desde criancinha". Não é, não.
No jogo político, vale fazer a mesma coisa e dizer que está fazendo outra. É o que acontecerá na campanha de Dilma Roussef em busca dos votos para a Presidência da República. Como ela e sua equipe de marqueteiros acham que PAC está muito ligado ao nome de Lula decidiram que o mote da campanha de Dilma será o programa Minha Casa Minha Vida, que não deixa de ser a mesma coisa. Até nisso tentam enganar o povo, esse ainda esperançoso o eleitor.

Calcinhas para o mundo

por Eli Halfoun
O brasileiro não precisa orgulhar-se só da beleza de suas mulheres, especialmente quando vistas indo (não há quem não dê uma giradinha no pescoço para olhar). O Brasil pode orgulhar-se também de estar tirando sua calcinha e sutiã para o mundo: as calcinhas fabricadas por aqui são um dos mais bem-sucedidos entre os nossos, digamos, produtos de exportação: o Brasil vende anualmente nada mais nada menos do que 800 milhões de peças entre calcinhas e sutiãs, com faturamento de anual superior a R$ 4.5 milhões, incluindo as exportações. A previsão é de que as vendas aumentem muito até o réveillon, época em que as mulheres gostam de usar calcinhas novas, de preferência brancas (ainda a campeã de vendas), amarelas ou vermelhas, que significam paz, dinheiro e paixão – tudo que elas mais querem no Ano Novo e durante o ano inteiro. Por conta da moda de deixar aparecer por baixo da blusa parte do sutiã, as peças também estão em alta (nos dois sentidos), ganhando mais consumidoras, principalmente para os modelos em prata e em cores fortes e mais fluorescentes. Segundo os fabricantes, ganham força também, inclusive para exportação as calcinhas fio dental que deixam a preferência nacional mais livre, leve e solta. Talvez seja um bom negócio exportar também as cuecas-cofre usadas para esconder dinheiro. Mas só a grana ilegal (o dinheiro da corrupção).

the watermelon woman


por Gonça
Dizem que Sarah Palin pode vir a ser a imbatível candidata repúblicana para suceder Barack Obama. É uma senhora jeitosinha mas pratica pensamentos tortos: é belicista, nas horas vagas caça ursos e alces com um poderosa carabina, é contra a pesquisa de células-tronco, quer furar poços de petróleo no Ártico, acha que defender meio-ambiente é coisa de boiola, é uma fanática religiosa que deixaria Bush no chinelo, garantem os analistas. Mas há quem goste e os votos dos grotões americanos, aqueles mega conservadores, podem ir para o seu colo. Renunciou ao governo do Alasca para se preparar para a próxima corrida presidencial. A Casa Branca ainda está longe mas a madame investe no visual, de olho na ala jovem dos republicanos. Ou seja: é conservadora ma non troppo e explora bem uma certo lado mulher-melancia. De pernocas de fora, foi capa de uma das últimas edições da Newsweek mas não gostou. Acusou a revista de ser "sexista".  Entendi...ou melhor, não entendi. Se não queria capa do gênero mulher-objeto por que posou mostrando as curvas das estradas do Alasca?   

Dunga $$$$$

Segundo o colunista Lauro Jardim, da Veja Web, Dunga vai embolsar R$1,6 milhão para emprestar sua credibilidade à Oi. O contrato faz do treinador uma dos mais bem págos garotos-propaganda  do país. Se ganhar a Clopa, então...

Silvio Santos abre o baú no cinema


por Eli Halfoun
Lula deu o pontapé inicial e agora todo mundo quer ser atração no cinema. Tudo indica que o próximo será Silvio Santos, que poderá se ver na telona no segundo semestre de 2010 quando estiver completando 80 anos de uma bem sucedida carreira de empresário e apresentador, considerado ainda o melhor do Brasil. A idéia do filme é de Carlos Augusto Oliveira, o Guga, que já teve várias reuniões com familiares do “homem do baú”. Há quem garanta (e o jornalista Flavio Ricco é um deles) que embora ainda não tenha assinado qualquer compromisso Silvio Santos está entusiasmado com o projeto. O livro “A Fantástica História de Silvio Santos”, uma biografia autorizada escrita pelo jornalista Arlindo Silva será a base para o roteiro final do filme, que será atualizado com novas informações. Não será apenas uma idéia e uma câmera não mão: o projeto inclui, entre muitas outras coisas, eventos e um concurso para a escolha do elenco, incluindo aos atores que viverão as várias fases da vida e carreira de SS. Para dar andamento ao projeto, Guga tenta conseguir de Silvio uma autorização por escrito para que ele não mude de idéia no meio do caminho, como costuma fazer com a programação do SBT.


Celebridades podem aparecer ainda mais

por Eli Halfoun

Parece que as reclamações dos empresários do ramo editorial são bem maiores do que a realidade. Por mais que se queixe, o mercado ganha novas publicações e a próxima revista a disputar leitores nas bancas será uma versão brasileira da espanhola Hola!, uma das mais bem sucedidas do mundo no segmento de celebridades. A Hola!, que é praticamente um álbum de figurinhas de gente famosa, terá a versão tupiniquim editada por Claudemir Siquini, que já edita as revistas segmentadas Polo, Golf e Iate. A edição brasileira da Hola! terá 60% de conteúdo brasileiro, mas não abrirá mão das fotos da realeza do Velho Continente. A Hola! espanhola tem acesso exclusivo à intimidade de reis, rainhas e princesas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Memórias da redação: Aconteceu... na revista Carinho


por Dalce Maria
Pra vocês, com muito CARINHO
A gente era feliz. E, em maioria, sabíamos MUITO BEM disto. Eu, que voltara ao Rio para dirigir a CARINHO, vinda de Brasília, onde era repórter de economia e política do velho/grande JB, tinha perfeita noção do privilégio de fazer revista (e ainda tenho! embora esteja de novo em Brasilia, trabalhando com política. Deve ser karma!!). Ainda mais uma revista dirigida a adolescentes. E adolescentes reprimidos politica, social e culturalmente sob o peso da ditadura militar de tantos anos!
Quebramos vários tabus editoriais! Ousamos matérias de orientação sexual, falamos de drogas, direcionamos opções profissionais veiculando reportagens sobre mercado&carreiras. Lançamos várias das grandes estrelas do momento em televisão. Tais Araújo, Giovana Antonelli e Nívea Stelman, entre estas: todas começaram a caminhada, posando para fotos de reportagens e capas da CARINHO.
Batemos muitos recordes de venda em bancas.
Mas, todos estes acertos profissionais de pouco valeriam (se é que aconteceriam), se não fôssemos uma equipe. Uma tchurma! Com todas as diferenças, de idade, crenças, raças etc. Mas focada em fazer o melhor por nosso público-alvo. Principalmente, quando isto dava em sonoras gargalhadas de nossa parte. Era MUITO BOM! E está aí, pra quem quiser conferir nestas fotos, que Sidney Ferreira, nosso super-editor de arte, tirou de algum lugar do passado e devolveu ao presente. Que bom, Sid!!!
Legendar todas as fotos, uma por uma, seria muito chato. Nomear um a um, quem trabalhou na revista, não dá... Então, homenageio todos da CARINHO dos meus tempos, começando a identificação pelo mais genial que viveu entre nós: INDALÉCIO WANDERLEY, o dono da festa, destaque entre os melhores fotógrafos (e coleguinhas) que este país já conheceu. Também nas fotos, vemos Sidney, Maurinho e Wellington, da arte; Ana Anglada, Lucia Vianna e Adriana, produção; Ana Paula, Dora, Aline, Adriana e Lucia, redação/reportagem; e - claro! - Marcinha, símbolo da revista, a secretária mais inesquecível de minha carreira; além de mim, Dalce. Curtam de montão!!! Saudades gerais!!!!!!!








Mais uma cesta do cestinha Oscar Schmidt

por Eli Halfoun
Considerado o maior jogador de basquete do Brasil Oscar Schmidt pode ter saído das quadras, mas continua fazendo do esporte a sua grande paixão. Só que agora o literalmente grande Oscar não usa mais as mãos e sim a voz: tem feito uma média de dez palestras por mês falando de liderança, desafio, trabalho em equipe e lições de vida. Oscar cobra uma média de R$ 20 mil por palestra e embora esteja viajando muito pelo Brasil ainda encontra tempo para cuidar pessoalmente do lançamento de sua autobiografia, que recebeu o título de “Conquistando sucesso: a trajetória de Oscar Schmidt”. Quem conhece o texto garante que mais do que um livro a autobiografia é um belo exemplo de determinação. Oscar não é grande só no tamanho.

A cara boa do Brasil brasileiro

por Eli Halfoun
Ronaldinho Gaúcho, que está voltando a bater um bolão, driblou meio mundo e é o melhor jogador de futebol da década; Ayrton Senna acelerou, deixou paras trás pilotos velozes e é o melhor piloto de Fórmula I de todos os tempos; “Caminho das Índias” exibe com orgulho o Grammy de melhor novela da televisão mundial; o filme “Cidade de Deus” lidera a lista de melhor longa-metragem da década; o desfile das escolas de samba é considerado o maior espetáculo da terra; a queima de fogos na praia de Copacabana deslumbra o mundo inteiro; desde a Bossa Nova nossa música dita o ritmo mundial de qualidade e versatilidade. Só falta mesmo a gente acreditar de verdade no Brasil. Mesmo que os políticos façam tudo para que isso não aconteça, mas por mais que tentem não conseguirão. O Brasil é um país de vitórias e de esperança.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Fim de tarde no Rio de Janeiro

No Chico&Alaíde já é carnaval


Foto: Jussara Razzé


Dalva e Herivelto 1



Bom ver que o Brasil, por força da audiência e do sucesso que o gênero faz (recentemente, foi a minissérie Maysa, que recriou excepcionalmente a época da cantora), está cuidando melhor da sua memória cultural. Chega à TV a história de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. A cantora e o compositor viveram uma relação intensa, tanto na trajetória profissional quanto na vida pessoal. Na minissérie ‘Dalva e Herivelto, uma canção de amor’, de Maria Adelaide Amaral contará, em cinco capítulos, este autêntico folhetim passional. Segundo a divulgação da Globo, todos os ingredientes estão aí: “paixão, traição, ciúme, agressão e momentos de alta dramaticidade”. Os dois personagens da trama, que estreia dia 04 de janeiro de 2010, são interpretados pelos atores Adriana Esteves e Fabio Assunção. Cassino da Urca e a Rádio Nacional, Cassino de Icaraí, em Niterói, ícones de um tempo, serão relembrados. A pesquisa áudio-visual, feita por Madalena Prado, reuniu fotos de Dalva e Herivelto e gravações da época, arquivos da Cinédia,. do Museu da Museu da Imagem e do Som”, conta Letícia. Outra curiosidade, segundo a Globo, é a revelação de que, em 1951, a cantora chegou a ter quatro carros, um luxo neste período: um Jaguar, um Austin, o primeiro modelo de Fusca e um Oldsmobile. “Antigamente, você ia direto à Biblioteca Nacional, pegava o que queria e reproduzia. Agora, os jornais são micro-filmados, você não tem mais acesso para ver como o jornal era. Então, este foi um grande desafio para a minha equipe”, conta Ana Maria de Magalhães. O ‘Diário da Noite’, por exemplo, onde Herivelto publicou os artigos contra Dalva, era conhecido como “verdinho”. Ao realizar a pesquisa, porém, a produção de arte descobriu que, apesar do apelido, pouquíssimas edições haviam sido impressas em folhas verdes. Consta que a impressão era feita no papel que estivesse mais barato no momento e, por conta das poucas edições verdes, conquistou o título. (Foto/Divulgação: TV Globo / João Miguel Jr.)

Dalva e Herivelto 2

Todo o material reunido pela produção de arte serviu como base para o departamento de computação gráfica, responsável por cobrir as interferências modernas nas locações em que a minissérie foi filmada. Gustavo Garnier e Paula Souto fazem o trabalho de pós-produção, removendo ar condicionados, postes, fios e outros objetos que não pertenciam à época. “Na década de 30, por exemplo, não existia o asfalto. Em algumas cenas, usamos um tapete que simulava paralelepípedo. A ponte Rio-Niterói também não havia sido construída, então tivemos que retirá-la das cenas em que ela aparecia, com a ajuda de programas de computação gráfica”, explica Paula Souto. Além do trabalho de remoção de características urbanas contemporâneas, as cenas de stock shots também foram feitas virtualmente. A construção da ponte Rio-Niterói, do Maracanã e a duplicação da Avenida Atlântica são algumas das cenas que poderão ser vistas na minissérie ‘Dalva e Herivelto, uma canção de Amor’. “Para isso, usamos como referência fotos. Depois tudo é modelado em 3D”, conta Paula. As gravações aconteceram no Rio de Janeiro, Niterói e Petrópolis. Os principais shows, que na realidade aconteceram no Cassino da Urca, foram gravados no Palácio Quintandinha, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. A cenografia do local foi feita pelo diretor de arte Mario Monteiro e sua equipe.

Dalva e Herivelto 3

O projeto levou dois meses para ser elaborado. A construção e montagem do cenário do Cassino da Urca duraram duas semanas. Foram gravados no palco sete diferentes shows. Nas filmagens, foram usadas cadeiras e mesas da época, bem como a mecânica do palco, que ainda está em pleno funcionamento no Quintandinha, restaurado há pouco tempo. O restante dos objetos foi todo reproduzido, inclusive o abajur que compõe a decoração de cada mesa do cassino. Já o ambiente da Rádio Nacional foi remontado em estúdio, na Central Globo de Produção.

Justus: artista em tempo integral

por Eil Halfoun
Bem sucedido como empresário e publicitário Roberto Justus decidiu ocupar menos tempo com essas atividades e dedicar-se mais às suas ambições artísticas como apresentador e cantor (cantando ele não chega a ser nenhum massacre auditivo e, pelo contrário, é bastante afinado). A primeira providência de Justus foi nomear Marcos Quintela, atual diretor-geral da Y&R e que já foi do grupo musical Dominó para seu lugar na presidência do grupo NewComm, do qual Justus será agora apenas CEO. Como apresentador Justus, que conseguiu emplacar o “Um contra Cem” no SBT, desenvolve um novo projeto: apresentar a partir do ano que vem o programa “O Grande Desafio”, que é uma variante de “O Aprendiz” misturando esporte, ação e negócio. O projeto será desenvolvido no SBT que comprou da Fox o formato original do programa “The Rebel Billionaire” que dará US$ 1 milhão de prêmio ao vencedor. Musicalmente Justus ainda não decidiu se grava um CD com clássicos da Música Popular Brasileira ou os maiores sucesso dos grandes musicais americanos. Vai depender de seus outros projetos artísticos.

Rapper vende mais discos do que os Beatles


por Eli Halfoun
Se perguntarem quem é o maior vendedor de discos na última década nos Estados Unidos você apostará todas as fichas nos Beatles. Vai apostar e vai perder: nem o grupo inglês que revolucionou a música, nem Michael Jackson, o rei do pop, nem Madonna e nem Britney Spears levam essa. O artista que mais vendeu álbuns nos EUA na primeira década do século 21 foi o rapper Eminem. Quem garante esse surpreendente resultado é uma pesquisa da Nielsen SoundScan, empresa que contabiliza as vendas nos Estados Unidos. A pesquisa garante que Eminem vendeu 32,2 milhões de cópias e obteve as maiores vendas com The Marshall Mather (10,2 milhões de cópias) e Eminem Show (9,8 milhões de cópias). Os Beatles ficaram em segundo lugar com 30 milhões de álbuns vendidos na década (11,5 milhões apenas com a coletânea 1).

Fashion Rio em ritmo de olimpíadas

O Fashion Rio dá a partida na temporada de inverno de 8 a 13 de janeiro com o tema “Rio maravilhoso e olímpico” no Cais do Porto. Segundo Paulo Borges, diretor da Luminosidade, empresa organizadora do evento junto com a InBrands, “essa edição, ocupará uma área maior do que a anterior, do armazém dois ao seis, e acontecerá num porto em pleno movimento com os navios chegando e partindo.” Para o ano que vem Paulo promete adiar um pouco o início da temporada que, segundo ele, começa muito cedo. A idéia é, no inverno, começar por São Paulo e terminar os desfiles no Rio e, no verão, começar pelo Rio e encerrar em São Paulo. Amanda conversou com Paulo Borges sobre a temporada! Leia mais no site de Heloisa Marra

Memórias da redação: aconteceu na revista Amiga...


por Eli Halfoun
As revistas (Manchete na cabeça) da Bloch Editores escreveram uma das mais importantes páginas da história do moderno jornalismo brasileiro e a Bloch escreveu, nos bastidores, sua própria história (como você já viu – se não viu, veja – no livro Aconteceu na Manchete- As histórias que ninguém contou - da Editora Desiderata). Adolpho Bloch com seu jeitão bonachão foi o protagonista de muitos casos. Eu dirigia a revista Amiga (o que fiz por mais de 10 anos) quando explodiu a notícia do assassinato de Daniella Perez, em 28 de dezembro de 1992, há quase17 anos. Imediatamente sugeri ao 'seu' Adolpho lançar uma edição especial da Amiga em homenagem à atriz, e ele, de saída, como sempre, reagiu de forma estranha: “Quer gastar o meu papel?” Argumentei, garanti que uma especial venderia muito e ele disse: “Se não vender você paga o papel”. O crime ainda era um mistério e como ainda não havia muitos detalhes, optei por reunir, fotos da carreira da jovem e talentosa atriz e relatar as primeiras versões sobre o crime, com Daniella, linda e jovem (tinha 22 anos quando foi brutalmente assassinada) na capa. No dia seguinte, depois de um trabalho que consumiu a tarde e a noite, a revista foi para as bancas junto com o meu medo e a minha torcida: se não desse certo certamente eu nunca mais poderia sugerir nenhuma edição especial.
A revista tinha começado a circular e 'seu' Adolpho não parava de me chamar para cobrar a venda. O clima tenso só relaxou no final da tarde quando chegou, afinal, a notícia: “a revista está vendendo feito água”. No dia seguinte, a edição se esgotou e recebi um bilhete (felizmente não o azul) da diretoria: “Parabéns, você pagou a folha da Bloch esse mês”.
O assassinato de Daniella Perez me rendeu muitas “convocações"  - parecia até que eu era o culpado- por parte do 'seu' Adolpho. Guilherme de Pádua já estava preso e não falava com ninguém, mas a excelente repórter Cláudia Lopes conseguiu uma entrevista exclusiva com o acusado. Não tive dúvidas: coloquei o Guilherme de Pádua na capa. Quando 'seu' Adolpho viu me chamou e foi logo dizendo: “ Ficou louco? Quem é esse desconhecido que você botou na capa?”. Expliquei o fato jornalístico e ele se convenceu de que podia dar certo. A entrevista exclusiva também esgotou a revista, mas criou problemas: Glória Perez, a mãe Daniela, ficou danada comigo porque a revista estaria dando guarida a um assassino e reclamou com 'seu' Adolpho, que também me encheu de broncas. No dia seguinte, o Raul Gazola, na época noivo da Daniela, foi até à Bloch e pediu que 'seu' Adolpho lhe desse a fita com a entrevista. Fui convocado à sala da diretoria e, lá, me pediram o tape. Pensei entregar uma fita virgem, mas refleti e levei o original ao 'seu' Adolpho que passou a gravação imediatamente para as mãos do Raul Gazola. Para mim, já não fazia diferença: a revista estava impressa, mais uma vez vendeu toda a tiragem (e mais um pouco que rodou depois). 'Seu' Adolpho, então, me convocou outra vez e disse: “Não fica aborrecido, não. Não podem fazer nada com a fita e nós já vendemos revista”. (Nas reproduções abaixo, a capa com entrevista de Guilherme de Pádua e a repercussão do caso em outras publicações após a Amiga chegar às bancas dois dias depois da tragédia)





sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

As aparências piratas que enganam

por Eli Halfoun
As aparências sempre enganaram e continuam enganando. Dependendo de quem estiver usando a bolsa caríssima de marca famosa, o relógio comprado no camelô da esquina e a bijuteria que imita jóia com perfeição, você jamais dirá que são peças falsificadas, resultado do que se pode chamar de uma internacional pirataria chique. Danusa Leão, que é uma referência de charme e elegância e que está lançando o segundo volume do livro “De Malas Prontas” (Companhia das Letras) no qual só fala de viagens, não aceita os preços exorbitantes que a moda impõe. Em entrevista publicada no site da livraria Saraiva, Danusa revela que só usa bolsa falsa e justifica: “Acho ótimo falsificarem tudo e ninguém saber o que é verdadeiro e o que é falso, para acabar com esse absurdo de bolsas de 10 mil dólares”. Em muitos casos o que é falso, ou seja, criminosamente pirateado, vira genérico. Então tá.

Lá fora brasileiro e tão bonzinho

por Eli Halfoun
Nossas crianças continuam nas ruas mendigando e precisando de muita atenção. Mesmo assim, quem quer ajudar encontra enormes dificuldades financeiras. Quando se trata de, digamos, ajuda interna nossos riquinhos empresários nem se coçam, mas quando é para aparecer bem na fita metem a mão no bolso com a maior generosidade. Foi o que fizeram alguns quando de chapéu na mão Madonna esteve aqui recentemente arrecadando auxílio para o projeto “Sucess for Kids”, que desenvolve em Malawi, na África. Nada contra ajudar crianças do mundo inteiro desde que não esqueçam as nossas que estão abandonadas não é de hoje. Agora Madonna anuncia uma nova visita ao Brasil, em fevereiro. Dessa vez não vai pedir nada: vem apenas para prestar contas da grana que arrecadou recentemente. Não foi pouco: US$ 10 milhões em uma semana. Olha só como quando se trata dos outros o brasileiro é, como diria antiga personagem de Kate Lyra “tão bonzinho”: Eike Batista desembolsou US$ 7milhões e o complemento saiu das recheadas carteiras dos também empresários Olavinho Monteiro de Carvalho, Israel Klabin e Jorge Gerdau. Cada um faz com o seu dinheiro o que bem entender, mas não custava nada dar uma mãozinha para nossas abandonadas crianças. Talvez se Madonna pedisse....

Ô Minc, pede pra sair desse governo anti-ecológico

por Gonça
Ontem, comentei aqui sobre a autorização que o governo deu ao empresário Eike Batista para construir usinas elétricas movidas a carvão, a mais poluidora forma de geração de energia. Hoje, os jornais noticiam mais um crime ambiental do governo motivado por pressões dos interessados. Além de jogar pra lá de Marrakesh, só em 2012, a punição aos desmatadores, o presidente Lula suspendeu a cobrança de multas aos proprietários rurais que respeitarem o limite de corte de vegetação nativa em suas terras. O valor da anistia é estimado em R$ 10 bilhões. Há pelo menos dois absurdos nessa política. Primeiro, em um Brasil desse tamanho não deveria ser permitido qualquer desmatamento de vegatação nativa. O Brasil já destruiu tudo o que podia e que não podia. Segundo, o poder dos ruralistas é tamanho, que não se tem notícia de qualquer multa paga por eles em qualquer época, com anistia ou sem anistia. Recorrem aos tribunais e vão levando a vida de motosserra na mão. O que Lula e essa imensa delegação brasileira estão fazendo em Copenhague? Só pode ser jogo de cena para o mundo ver, enquanto por aqui a destruição e a agressão ao meio-ambiente vai em frente. Curiosamente, este é o ponto do governo Lula menos criticado pela mídia. Será porque põe os interesses econômicos a qualqeur custo à frente dos interesses e do futuro dos brasileiros?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Muggiati nas folhas





por Gonça
O jornal O Dia ganhou o Esso Especial de Primeira Página. O diretor de redação Alexandre Freeland, a editora de produção Karla Rondon Prado e o editor-executivo de Arte André Hippert receberam o prêmio das mãos de Roberto Muggiati, um dos jurados do Esso. Nas reproduções da edição de hoje de O Dia, a comemoração dos vencedores no Copacabana Palace e a primeira página premiada, um layout dramático de 8 de dezembro de 2008, dia seguinte à queda do Vasco para a Segunda Divisão. Uma data para ser esquecida. A propósito, o editor de arte André Hippert, como ilustrador, foi um jovem colaborador da revista Fatos lá pelos idos de 1985/1986.

Deus do cinema é brasileiro

por Eli Halfoun
O brasileiro pode até continuar fingindo que não gosta do que é nosso, mas a arte brasileira se impõe no exterior. Primeiro foi a novela “Caminho das Índias”, escolhida (prêmio Grammy) como a melhor do mundo. Agora é a vez do nosso bom cinema: o excelente e elogiado (até por aqui) “Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, liderar a lista dos melhores filmes da década em relação elaborada pela revista americana “Paste”. A indicação de Cidade de Deus foi justificada pela crítica da publicação. Andy Baels disse: “Meirelles deu um olhar destemido a um mundo esquecido pela alta-sociedade e pelo poder como um todo, ignorado ainda pela polícia e indiferente às leis e ordens. Cidade de Deus é um modelo que os diretores de filmes urbanos devem seguir. Outros longas apresentaram roteiros com realidades similares como Gomorra, sobre a máfia siciliana, e o documentário Dançando com o Diabo, mas nenhum foi tão fundo, permitindo-se mostrar o brilho da humanidade em meio a tal escuridão. Cidade de Deus apresenta uma simetria subjacente exibindo senão justiça poética a versão da rua sobre a mesma”.
Cidade de Deus (2003) está muito bem acompanhado na relação da revista que indicou também: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (2001), Quase Famosos (2000), O Senhor dos Anéis (2001/2002/2003), Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004), Bom Trabalho (2000), Encontros e Desencontros (2003), O Filho (2002), Onde os Fracos Não Têm Vez (2007) e Os Excêntricos Tenembaums (2001).

O grande palco das (nossas) ilusões

por Eli Halfoun
Se o lançamento comercial, em janeiro, de “Lula, o filho do Brasil”, fizer com que os longas-metragens políticos entrem na moda, não faltarão atores de verdade nas chamadas casas políticas onde de uma forma ou de outra todos representam, mesmo quando são uns canastrões. Agora é a lourinha e bonitinha atriz Patrícia de Sabrit, que passou os últimos anos na Europa e foi casada com Fabio Jr., quem vai pedir votos: deve será candidata à Assembléia Legislativa de São Paulo com o apoio de Ana Paula Junqueira que disputara uma vaga como deputada federal pelo PV (também partido de Patrícia). O Rio não perde por esperar: por aqui é a também bonita atriz Alexia Dechamps, afastada da televisão faz tempo, quem pode dar as caras como candidata à Câmara Federal que cada vez mais parece apenas um palco. E é.