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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Prêmio Esso, 60 anos: a história do jornalismo

por Marcio de Souza Castilho
Acusada de protagonizar o movimento contrário ao monopólio estatal durante o processo de criação da Petrobras, nos anos 1950, a multinacional petrolífera Esso também era alvo de denúncias por tentar controlar o noticiário através do forte investimento publicitário em jornais. Diante deste cenário, a empresa, líder do mercado e foco mais visível da presença do capital estrangeiro no país, buscou alternativas para se aproximar dos formadores de opinião. O objetivo era não restringir suas ações de marketing aos departamentos comerciais dos grupos de comunicação. Daí surgiu a ideia da criação, em 1955, de um prêmio voltado para o reconhecimento do trabalho dos profissionais das redações. No contexto dos embates em torno da questão do petróleo, a estratégia de relações públicas logo se transformaria no mais importante programa institucional da companhia, que já mantinha no ar o Repórter Esso – um bem-sucedido programa radiofônico, depois transmitido pela TV.Premio Esso 60 anos

O Prêmio Esso de Jornalismo, considerado o mais tradicional programa de reconhecimento do trabalho dos profissionais de imprensa no Brasil, está completando 60 anos em 2015. A empresa estima que, em 59 anos do programa, mais de 32 mil trabalhos foram submetidos à avaliação de comissões julgadoras. O concurso, que passou este ano a se denominar Prêmio ExxonMobil de Jornalismo, oferece um campo de exploração amplo para a reflexão acerca da identidade profissional do jornalista e as relações entre a imprensa e o poder político.

Ao longo da trajetória do prêmio, as matérias de cunho social tiveram uma predominância na categoria principal – o Esso de Jornalismo – em comparação às reportagens apresentando outras temáticas, como política, economia, esportes ou internacional, especialmente nas décadas de 50, 60 e 70. A revista O Cruzeiro foi a pioneira na história do programa, tendo conquistado o prêmio único em 1956 pela reportagem “Uma tragédia brasileira: os paus-de-arara”, dos jornalistas Mário de Moraes e Ubiratan de Lemos. Desde então, o concurso consolidou-se como detentor de um poder de distinção profissional que o diferencia dos demais prêmios.

As publicações premiadas

Nestes 60 anos, 17 órgãos de divulgação foram consagrados pelo programa institucional da Esso na categoria principal, com destaque para a Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo. O Jornal do Brasil, outro diário com grande número de prêmios na história do concurso, conquistou a láurea máxima pela última vez em 1990, período que coincide com o início do agravamento da crise financeira da organização jornalística. Os quatro veículos conquistaram 38 dos 59 prêmios distribuídos entre 1956 e 2014, representando 64,4% do total.

Deste grupo, cinco desapareceram do mercado – a maior parte, em decorrência do processo de concentração da imprensa, a partir dos anos 1970. Entre os jornais, fecharam Última Hora (RJ) e Correio da Manhã. No segmento de revistas, O Cruzeiro, Fatos e Fotos e Realidade também foram do auge à decadência.
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Ao comemorar 60 anos, o tradicional prêmio Esso muda de nome e...

...passa a se chamar Prêmio ExxonMobil.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Relembre essa história visual: a marca Esso vai acabar





por JJcomunic
A Esso está presente do Brasil desde 1912. O Globo de hoje noticia, em matéria do jornalista Lino Rodrigues, que a brasileira Cosan, que havia adquirido a marca em 2008, une-se à Shell e cria a marca Raízen (uma misturas das palavras raiz e energia). Com isso, embora as marcas Shell e Cosan continuem existindo, desaparece, em um prazo de 36 meses, o famoso logo oval. No ano que vem, a Esso comemoraria 100 anos no país. Uma das Sete Irmãs do petróleo foi um braço multinacional da hegemonia americana. Um símbolo do imperialismo, que a globalização substituiu. Mas seria inevitável que deixasse sua marca, literalmente, na comunicação brasileira. Dos postos de gasolina, desde os antigos, em estilo art-decô dos anos 30 e 40, aos modernos com coberturas de aço. Do famoso oval no topo do prédio da empresa no Rio, ao lado do relógio que orientava cariocas a caminho do trabalho e ganhou canção de Caetano Veloso (Paisagem Inútil: "No alto do céu, uma lua oval vermelha e azul / no alto do céu do Rio, uma Lua Oval da Esso comove e ilumina o beijo") ao Repórter Esso, transmitido no rádio a partir de 1941 e na TV de 1952 a 1970, sem esquecer campanhas publicitárias marcantes, como a das Gotinhas e a do Tigre da Esso ("Ponha um tigre no seu carro"). Não há dúvida, além dos tanques dos Mercury, Chevrolet, Austin, Ford, Studbaker, Bel-Air, Packard, Impala, Jeep, Fusca, Aero-Willys, Simca, Gordini, Puma, Rural, Galaxie, Escort, Variant, Corcel, Passat e tantos outros carangos, como se dizia, a Esso também abasteceu a memória de comunicação.
Reveja alguns comerciais da Esso e um Repórter Esso no You Tube:
1) O primeiro comercial do Tigre: Clique AQUI
2) As Gotinhas. Clique AQUI
3) Heron Domingues anuncia morte de Carmen Miranda. Clique AQUI
4) Comercial do Querosene Jacaré. Clique AQUI

domingo, 23 de janeiro de 2011

Memória da redação: Aconteceu na...


Com esta foto, publicada na revista Fatos & Fotos, o repórter-fotográfico Antonio Andrade conquistou o Prêmio Esso de 1967. O flagrante impressionante mostra a luta de soldados do Exército para salvar dois homens que eram arrastados pelas águas do Rio Maracanã. Além de ganhar o Esso, a imagem de Andrade virou história: foi reproduzida no livro "A Revista no Brasil", da Editora Abril e no livro "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou", da Desiderata (no detalhe, abaixo).
por José Esmeraldo Gonçalves
Com suas "armas" - Speed Graphic, Hasselblad, Rolleiflex, Leica, Pentax, Canon e Nikon - gerações de fotógrafos da Manchete registraram conquistas esportivas, atualidades, aventuras em cinco continentes, ajudaram a despertar a consciência ecológica ao desvendar territórios como a Amazônia, o Pantanal, a Caatinga, e fixaram nos corações e mentes dos leitores a dor dos brasileiros vítimas de tragédias. Para quem viveu a história das revistas, como leitor ou como jornalista, é inevitável a pergunta: como a Manchete e a Fatos&Fotos cobririam a tragédia da Serra fluminense? Não é difícil imaginar que a bordo de todo e qualquer meio de transporte fotógrafos e repórteres da Manchete traçariam um completo e detalhado retrato da maior catástrofe natural do Brasil. Fatos e personagens estariam flagrados e relatados com emoção, indignação, como tantas vezes as equipes das duas revistas o fizeram em ocasiões semelhantes. A Manchete, provavelmente, sairia com uma edição mais encorpada, fotograficamente mais elaborada. A Fatos & Fotos, mais ágil, com certeza chegaria às bancas no máximo dois dias depois, com o Rio e o Brasil ainda sob o impacto da tragédia. Antes disso, os sites das duas publicações fariam uma cobertura on line dos acontecimentos, fartamente ilustrada como era típico da cultura jornalística da editora. A internet seria a novidade na cobertura da Manchete e Fatos & Fotos. No mais, não seria muito diferente do que está acima descrito.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Muggiati nas folhas





por Gonça
O jornal O Dia ganhou o Esso Especial de Primeira Página. O diretor de redação Alexandre Freeland, a editora de produção Karla Rondon Prado e o editor-executivo de Arte André Hippert receberam o prêmio das mãos de Roberto Muggiati, um dos jurados do Esso. Nas reproduções da edição de hoje de O Dia, a comemoração dos vencedores no Copacabana Palace e a primeira página premiada, um layout dramático de 8 de dezembro de 2008, dia seguinte à queda do Vasco para a Segunda Divisão. Uma data para ser esquecida. A propósito, o editor de arte André Hippert, como ilustrador, foi um jovem colaborador da revista Fatos lá pelos idos de 1985/1986.