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terça-feira, 25 de junho de 2019

Fórmula 1 no Rio: em meio à polêmica do novo autódromo, o meio ambiente sai perdendo...

Simulação do projeto que ocupará área verde. Reprodução
Imagem do Google Earh mostra a Floresta do Camboatá, em Deodoro, área remanescente da Mata Atlântica.
Reprodução
A anunciada construção de um autódromo em Marechal Deodoro, no Rio de Janeiro, é uma das trapalhadas que o Rio de Janeiro herdou da Olimpíada. Herdou o erro que os governos estadual e federal e municipal agora encampam.

O local escolhido para construção da nova pista abriga a Floresta do Camboatá, a última reserva urbana e plana da Mata Atlântica  na cidade. Além disso, elimina o verde em uma região carente de matas. Obviamente, haveria outros terrenos para a construção da pista.

E o que o estado tem a ver com isso? Se as contas públicas estão críticas, se falta dinheiro para escolas e hospitais e se a privatização é a palavra de ordem, que se licencie o empreendimento para que um empresário compre o terreno e construa o autódromo à margem da Via Dutra, por exemplo, ou na ponta dos ramais ferroviários. Não tem sentido o estado entrar em uma obra particular - sob o engodo de parceria que acaba se tornando, como tantas outras, mais pública do que privada, ainda mais uma que acaba com uma reserva - enquanto vende na "black friday" muitos dos seus bens exatamente sob o argumento de que setor público deve ser concentrar nas suas finalidades.

A consciência ambiental na Europa é, como se sabe, acentuada. Quem sabe os verdes e consumidores em geral da Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Áustria, sedes de equipes como Mercedes, Renault, Ferrari, Aston Martin e Red Bull, denunciem o desprezo pelo meio ambiente e pressionem as marcas para um boicote ao autódromo do Rio. É a esperança que resta. Ou, pelo menos, que essa briga São Paulo vença.

sábado, 1 de junho de 2019

Na capa da Piauí: o exterminador de florestas...


por Flávio Sépia 
O governo da terraplana também não acredita em mundo globalizado. Com a histeria administrativa típica dos regimes radicais, as facções da direita no poder investem contra as políticas do meio ambiente e, ao mesmo tempo, interpretam o comércio exterior sob a ótica do "bem" contra o "mal", de "Jesus" contra o "Diabo". Fazem chover no país uma tempestade de agrotóxicos e acham que isso será um segredo nosso. Implodem as políticas sociais e esperam ganhar elogios nos fóruns internacionais.
A matéria de capa da Piauí é sobre um desses pontos; as florestas brasileiras. As reações já são visíveis em vários países desenvolvidos e cresce o risco de barreiras e restrições às exportações. Pressionados pelas suas respectivas sociedades, alguns países podem restringir compras de alimentos de um parceiro irresponsável que destrói suas matas e envenena os produtos que  exporta. Talvez o Brasil se sinta seguro para ter a motosserras e o galão de agrotóxicos como "valores nacionais" porque dois do grandes compradores, os Estados Unidos e a China, não ligam para minúcias éticas. Mas a Europa, outro grande mercado, já sinaliza o incômodo.
Cresce a percepção de que o Brasil tornou-se o grande vilão: o Darth Vader do mundo civilizado.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Viu isso? Melania Trump quer boicotar clipe onde sósia aparece nua no Salão Oval




por Ed Sá

Melania Trump pede ao seus seguidores para boicotarem o clipe do rapper T.I.
É que o filminho usa o casal presidencial como tema, simula cenário do Salão Oval, onde uma sósia da primeira-dama faz um strip tease.

A atriz está bem caracterizada como a Sra. Trump.

Até agora Donald Trump não reclamou. Talvez não esteja interessado. Vazamentos da Casa Branca indicam que o casal pouco se vê, a vida conjugal está em pause, eles dormem em quartos separados e o presidente tem três TVs, que assiste até tarde enquanto come cheeto, se entope de fast food e navega no twitter.
VEJA CENAS DO CLIPE POSTADO PELO T.I AQUI


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Há 45 anos - Desastre em Paris levou a Varig a boicotar as revistas da Bloch

Reprodução

por José Esmeraldo Gonçalves
Há pouco mais de 45 anos - em 11 de julho de 1973 - um Boeing da Varig fez um pouso forçado nos arredores de Paris, a quatro quilômetros do aeroporto de Orly. Um incêndio a bordo, cujo foco foi provavelmente um cigarro em um dos banheiros, gerou um enorme volume de fumaça que asfixiou os passageiros antes mesmo que as chamas devorassem o avião. O desastre provocou 123 mortes. O site BBC Brasil publicou ontem uma excelente matéria com um dos poucos sobreviventes, o brasileiro Ricardo Trajano. A reportagem é de Thomas Pappon, da rádio Witness, da BBC World Service. 




De alguma forma, aquele acidente respingou na Manchete. A tragédia de Orly aconteceu em uma quarta-feira e chocou o Brasil. A bordo estavam o cantor Agostinho dos Santos e a bela socialite Regina Rosemburgo Léclery, a musa do Cinema Novo. Manchete e Fatos & Fotos mobilizaram a sucursal de Paris para uma grande cobertura e chegaram rapidamente às bancas com um amplo panorama do terrível acidente. 

As duas revistas praticamente se esgotaram, mas pagariam caro pelo destaque que deram à tragédia de Orly. 

Um parêntese: com a crise das revistas impressas e o encerramento de muitas delas, o fotojornalismo tem lamentado o fim das páginas duplas. Nas revistas ilustradas, era de lei selecionar a foto mais expressiva ou dramática para abrir as principais reportagens. O objetivo era causar impacto, emocionar, se fosse o caso, e atrair o leitor para a continuação da reportagem. O foto podia se destacar pela beleza ou pelo choque, mas devia ser obrigatoriamente irresistível. Nos veículos digitais que progressivamente tomam o lugar do impresso a tendência é verticalizar os layouts. Por uma simples razão: na internet, as revistas são acessada majoritariamente através dos celulares, cuja visualização horizontal é mais utilizada para a visualização de vídeos. A tecnologia está levando embora a plasticidade da página dupla.

Voltando à Manchete, foi uma dessas páginas duplas de grande impacto que provocou uma séria crise nas semanais da Bloch. 

Uma foto impressionante do jato da Varig desabado em um campo de cebolas perto de Orly, ainda com a fumaça mortal escapando dos escombros, abria a dramática reportagem. Via-se a fuselagem com rombos provocados pelas chamas. No seu relato, o sobrevivente Ricardo Trajano conta que não ouviu gritos nem sinais de pânico a bordo nos minutos que antecederam o pouso já com a fumaça invadindo o interior do Boeing. Ele foi o único que deixou seu assento nos fundos do avião e se refugiou próximo à cabine do piloto. Os demais passageiros pereceram asfixiados ainda nas poltronas. Na foto que a Manchete publicou era possível ver algumas silhuetas das vítimas nas janelas. Na empenagem do Boeing, em primeira plano da foto, destacava-se um imenso logotipo da Varig. 

A diretoria de publicidade da companhia aérea, uma das maiores anunciantes da época, não gostou de ver a rosa-dos-ventos, seu tradicional símbolo, dominando a cena. Não colou nem mesmo a Manchete argumentar que a chamada de capa - A Tragédia do Boeing - excluía o complemento da Varig

A retaliação veio rápida e foi duradoura; a Varig passou mais de dez anos sem anunciar nas revistas da Bloch.  A Manchete e a Fatos & Fotos sobreviveram, mas algumas cicatrizes restaram no caixa dos seus departamentos de publicidade. 

A seguir, Roberto Muggiati, que editou, ao lado de Justino Martins, aquela Manchete fatídica, conta os bastidores da redação em uma certa sexta-feira, 13 de 1973.  






1973: No fechamento da edição do desastre de Orly, muito humor negro e pão com ovo na redação da Manchete 

Reprodução

por Roberto Muggiati 

Na noite de sexta-feira 13 de julho de 1973 fomos convocados para fechar a edição antecipada da Manchete com a cobertura do desastre do avião da Varig num campo de cebolas a quatro quilômetros das pistas de aterrissagem do aeroporto de Orly. 

O repórter que cobriu o acidente era o polêmico Carlos Marques, então na sucursal de Paris. Não lembro o nome do(s) fotógrafo(s) – depois da crise traumática com a Varig a Manchete nunca mais voltou a publicar fotos do acidente.

Eu era o “segundo” do diretor da revista, Justino Martins, que tinha à sua disposição na mesa de editor, iluminada por baterias de lâmpadas fluorescentes, cromos impressionantes da tragédia: além de fotos da devastação causada pela queda do Boeing, imagens detalhadas dos corpos carbonizados. 

Nenhum Bloch compareceu àquele festim editorial; portanto, não houve autocensura, pensando na Varig como anunciante. Justino foi em frente, governado por seu instinto natural de editor de uma revista ilustrada: dar ao leitor o que sua curiosidade exigia. Particularmente chocante foi a foto do corpo carbonizado – inteiro, sentado – do ex-chefe da censura da ditadura Vargas, Felinto Müller.

Outra vítima ilustre, Regina Léclery, née Rozemburgo – amiga do Justino desde os tempos em que era aeromoça da Panair com Florinda Bolkan em Paris – visitou a Manchete para se despedir do Justino na véspera de embarcar no voo 820, acompanhada do seu chevalier galant, o jovem Christian Rühl, que também morreu no acidente. 

Na madrugada do fechamento, enquanto os taifeiros da cozinha serviam o tradicional pão-com-ovo para uma trupe faminta, outra notícia fúnebre chegou à redação. O cantor Ciro Monteiro, morto naquela noite no Rio, protagonizou, enquanto cadáver, um estranho episódio. O camburão que transportava seu corpo para o IML sofreu um acidente, a porta de trás abriu e o corpo do cantor saiu rodando sozinho no esquife pelas ruas cariocas. “O Formigão aprontou e quis fugir do caixão!” foi assim que a história nos chegou, já editada. 


Foi uma noite macabra, mas isso, de modo algum, impediu que nos entupíssemos de pão-com-ovo e guaraná ao longo do fechamento.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Leia no Meio & Mensagem: sobrou pra Netflix...


(do Meio & Mensagem)

Há pouco mais de 15 dias, Reed Hastings, CEO da Netflix, esteve no Brasil para a festa de estreia da série “O Mecanismo”. A presença de Reed e outros executivos do alto escalão do serviço de streaming mostrava a importância que a empresa dava à produção dirigida por José Padilha, que já havia trabalhado com a Netflix em Narcos.

Após sua estreia, no entanto, na última sexta-feira, 23, a série está gerando o primeiro boicote à plataforma que se tem notícia e sendo considerada por alguns internautas como “maniqueísta”.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

É guerra fria! Tio Trump quer organizar um torneio internacional paralelo para esvaziar a Copa da Rússia ?

Com a volta da Guerra Fria, analistas não descartavam um possível boicote americano à Copa da Rússia 2018. Mas a seleção americana foi eliminada e essa possibilidade deixou de existir.

Mas surgem outros caminhos para a geopolítica de Trump tentar colocar algumas pedras no caminho de Moscou. A Copa do Mundo centraliza as atenções globais e isso parece inaceitável para a direita radical levada à Casa Branca no embalo do topete de Tio Trump. A intensificação de investigações sobre a Fifa, requentar denúncias de doping, estimular protestos durante a torneio, podem ser algumas dessas táticas.

Por enquanto, surgiu o que pode ser opção no campo esportivo. A informação vem do Washington Post e do site americano da ESPN. A federação americana pretende criar um torneio pré-Copa com Itália, Holanda, Chile e outras seleções que foram desclassificadas nas Eliminatórias. A Copa paralela seria disputada nos Estados Unidos, naturalmente, às vésperas do Mundial, teria a participação da ESPN e patrocinadores, e não seria restrita apenas a seleções que ficaram de fora da Copa da Rússia, países classificados poderiam participar, caso queiram. O projeto seria apoiado pela Major League Soccer que dirige o incipiente futebol no país. Como seria impossível conseguir "datas Fifa" para a Copa Paralela, os organizadores pretendem usar o mês de maio quando várias das seleções desclassificadas estarão fazendo amistosos. Há dúvidas ainda se os clubes aceitarão ceder seus atletas, a não ser que recebam bons cachês para isso.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Ivanka Trump era a top das capas de revistas. Mas isso foi antes da eleição do pai. É boicote?

Reprodução Politico Magazine

por Clara S. Britto

Como diza letra de MC Bola, "Ela não anda, ela desfila / Ela é top, capa de revista / É a mais mais, ela arrasa no look / Tira foto no espelho pra postar no Facebook.

Ivanka Trump, a filha do presidente americano, afastou-se dos holofotes, aparentemente, nas últimas semanas. Em um primeiro momento, logo após Trump chegar à Casa Branca, ela assumiu um papel de protagonista.

Foi criticada por isso ao aparecer no Salão Oval enquanto o pai recebia chefes de Estado. Surgiu no noticiário novamente em polêmicas ligadas à sua grife de roupas íntimas. Uma das assessoras de Trump usou sua página na rede social para recomendar a grife e os jornais acharam inadmissível esse tipo de merchandising. E uma rede de lojas anunciou que boicotaria a marca em protesto contra as medidas do governo em relação a imigrantes.

As revistas americanas estamparam Ivanka na capa em várias fases da vida dela: a adolescente milionária, a modelo, a empresária.

Mas desde que Trump tomou posse, a "primeira filha" está longe da capas.

Agora que Ivanka está acoplada a um componente político, queira ou não, as publicações de moda, de celebridades e até de atualidades parecem não saber como enquadrá-la.

Trump briga com a mídia, seus decretos e projetos são polêmicos, a população, e consequentemente, os leitores, estão rachados.

Daí, a glamourosa "primeira filha" anda fora do foco, pelo menos em matéria de capa de revista. Uma editora argumentou junto ao site Politico Magazine que cobrir o que Ivanka faz é "contribuir para a aceitação de um homem abraçado por supremacistas brancos que querem proibir a imigração".

Enquanto os impasses não se resolvem, uma expectativa cerca a imagem de Ivanka Trump. Quem, como, se e quando a colocará de volta às capas?