Assim como o jornalismo, a publicidade como a conhecíamos foi arrastada pelo tornado tecnológico da internet. A morte recente de Washington Olivetto, um dos craques da comunicação brasileira, levou a uma reflexão sobre a criatividade na propaganda atual. Todos os veículos, praticamente, foram buscar referências muito antigas para pontuar a genialidade do Olivetto. Uma das peças citadas foi o famoso comercial do "primeiro sutiã". Outro foi o do "rapaz do Bombril".
A crise das revistas ilustradas eliminou ou reduziu significativamente um dos principais displays da mídia impressa: as vistosas páginas simples, duplas e quartas capas das publicações de grande circulação. A progressiva queda de audiência da TV aberta, também atinge a publicidade. Qualidade custa altas verbas que só a grande repercussão justifica O maior volume de veiculação de publicidade está atualmente com big techs como You Tube, X, Instagram, Facebook ou influencers com números expressivos de seguidores.
A internet exige nova linguagem, é um desafio que, aparentemente, a publicidade não está conseguindo responder com criatividade. Faça um teste e procure apontar uma anúncio antológico visto exclusivamente na internet. Difícil, não é?
Além da crise dos veículos impressos, mudanças de comportamento também limitam a publicidade. O anúncio acima, publicado nos anos 1980, criação da agência Aroldo Araújo, era provocativo, impossível passar despercebido, mas inconcebível no dias de hoje quando clientes relutam em associar seus produtos à senualidade, temendo "cancelamento" nas redes sociais. Mas essa é outra questão que podemos abordar em um futuro post.
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