por José Esmeraldo Gonçalves
O grande esquema de cooptação de parlamentares do Centrão para aprovação de projetos de interesse de Bolsonaro posou para fotos. A Crusoé mostra como funciona o que já é informalmente apelidado de "Subornão".
No caso, a farra das emendas do Orçamento Secreto - que não podia ter outro nome - é um atalho para o desvio de verbas como mostram a foto de capa e a reportagem da revista. O deputado Josemar de Maranhãozinho, um dos chefões do PL, o novo partido de Bolsonaro, acaricia como se fosse a amada amante um gordo maço de cédulas. Segundo o investigação da PF com determinada pelo STF, o dindin tem carimbo: é grana da farra das emendas parlamentares.
Como não é o monstro do Lago Ness, cuja existência jamais foi comprovada, a corrupção atrelada ao tal orçamento secreto logo se materializou na reportagem. Isso na mesma semana em que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PDS), pede seis meses (!!!) para procurar a papelada que possivelmente revelará nome, destino, DNA, percurso, montantes, time de futebol, cantora preferida, alma mater, amigos, vizinhos, viagem inesquecível, lua de mel, pais e mães das tais emendas milionárias do relator.
Mas diz aí, amigo. O senador Rodrigo não tem computador e senha na mesa dele? Se o orçamento secreto algum dia virou arquivo do sistema não seria o caso de sua senhoria apenas apertar a velha tecla de busca e localizar o dito cujo? Ou o doc não existe, a grana saiu pra passear sem dizer aonde ia e daí o Congresso precisar de seis meses para correr atrás dos CPFs, quantias e destinação da dinheirama como essa que está nas mãos ágeis do Maranhãozinho no PL?
Uma sugestão deste jornalista e contribuinte: marcar com um rastreador todas as cédulas provenientes das emendas do relator. E os eleitores poderiam acompanhar em tempo real o rolezinho dos milhões.
Avisem ao Congresso que essa tecnologia existe.
Um comentário:
Perderam a vergonha da cara. Primeiro projeto deles: dinheiro.- Segundo projeto deles: dinheiro. Terceiro projeto deles: dinheiro. Foda-se o resto, quer dizer , aqueles idiotas que votaram nele.
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