quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Nada que não possa piorar

Reprodução Folha de São Paulo

O artigo de Thiago Amparo publicado na Folha de São Paulo, hoje, desfaz fantasias e expõe uma contradição. Segundo as pesquisas, a aprovação de Bolsonaro despenca na tabela. E isso anima muita gente. É a fantasia. A realidade é que  infelizmente o "noivinho" continua governando. Tem a maioria do Congresso na mão grande, acumula vitórias sucessivas em várias instâncias da Justiça, PGR não o incomoda, nem PF, tribunais de contas, controladorias, Interpol e muito menos o guarda da esquina. Fora Getúlio Vargas do Estado Novo e os generais-ditadores  que desfilaram na passarela do regime militar, Bolsonaro é o mais poderoso entre os governantes brasileiros. Faz o que quer, aprova o que quer. Quando perde alguma parada é quase sempre uma miudezas, um "bode na sala" que nem ele se esforça para tirar, deixa pra lá. Quando  realmente interessa ao governo ele faz a boiada passar. O Bozoroca tem no mínimo o ano inteiro de 2022 para rodopiar no salão com a República. Comentaristas políticos dizem que com o aumento da insatisfação popular ele vai despencar ainda mais. O problema é que a insatisfação pode estar em grande parte do povo mas não chega aos grupos de apoio do "coisa ruim" nem alcança instituições perfeitamente manipuladas ou aparelhadas. Aviso aos náufragos: Bolsonaro tem, no mínimo, o ano inteiro de 2022 para fazer pior. Muito pior.

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Eu também tenho minhas dúvidas sobre esse IBOPE dos candidatos à eleição. Na frente, disparado o ex-presidente e ex-presidiário soma muitos votos "pra mais e pra menos ". Desconfio de que não é bem assim. Poderemos ter um segundo turno e sempre com vantagem o presidente atual. Não é uma certeza. Eleição pode ser uma caixinha de surpresas. A verdade é que presidente atual e candidato à reeleição tá trabalhando febrilmente para ser reeleito. Ele tem nas mãos uma caneta mágica que faz acontecer.