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domingo, 26 de dezembro de 2021

Jorge Jesus é o D. Sebastião do Flamengo

D. Sebastião, quem diria, inspira
a frustração do Flamengo 
por Niko Bolontrin 

O Flamengo virou "ovelha" eterna do "pastor" Jorge Jesus. A relação entre o treinador e o time carioca é religião. Jesus é o guru, o "pai" Jesus. 

A Gávea disparou emissários  à Europa para convencer o português a inflar as velas da sua caravela e cruzar os mares até o Ninho do Urubu. Apesar da santa cruzada, o Flamengo não encontrou Jesus.

Curiosamenrte, a atual saga flamenguista lembra um fato histórico. Assim como Jorge Jesus, D.Sebastião, Rei de Portugal e Algarve, era conhecido como "O Desejado". Os portugueses o amavam. Se pudessem cobririam as ruas de toucinho do céu para vê-lo passar. Mas D.,Sebastião pisou foi num bacalhau vencido. Promoveu uma Cruzada fracassada pras bandas do Marrocos e morreu na batalha de Alcácer Quibir. 

O povo tanto o venerava que durante séculos se recusou a acreditar na sua morte. Criiu-se uma seita, o Sebastianismo, que defendia piamente que um dia o rei voltaria a Portugal. 

Assim é o Flamengo com Jorge Jesus, que também conheceu seu fracasso, o Benfica.  Tal qual o Sebastianismo, a Gávea jamais acreditou que o treinador que lhe deu títulos foi embora. 

Apesar da jornada mística dos diretores do Flamengo, Jorge Jesus não vem. Mas o sonho da torcida permanece vivo mesmo morto. 

O Flamengo vai de Paulo Sousa e ainda acredita que um dia Jorge Jesus caminhará sobre as águas de uma banheira nas brumas do vestiário e anunciará: "Rejubilem-se, o Míster voltou".

O problema é que daqui pra frente e nos próximos séculos, qualquer treinador que o Flamengo contrate estará apenas esquentando o trono enquanto D. Sebastião, digo, Jorge Jesus, não vem.