quarta-feira, 25 de abril de 2018

"Afasta de mim essa capa!" - Allan Richard Way II alerta: sair na capa da Veja dá um tremendo azar...

por O.V.Pochê 

O vidente Allan Richard Way II foi convidado para fazer previsões sobre as eleições presidenciais brasileiras. Declinou. Ou, pelo menos, adiou seu parecer astrológico.

Mas encaminhou ao blog algumas rápidas observações e um surpreendente conselho aos candidatos e seus marqueteiros. "Evitem ao máximo sair na capa da Veja". Para ele, estampar aquele espaço retangular e ganhar apoio da revista dá um tremendo azar.

Way nem se deu ao trabalho de consultar os astros, apenas clicou no Google mesmo e enviou vários exemplos para comprovar sua teoria astrológica. Ele avisa que não tem provas, só convicção de guru.

A ironia está no fato de que os capáveis e, em seguida, azarados, são geralmente personagens que desfrutam por uns tempos do jornalismo-exaltação da publicação. São queridos, digamos assim, antes do mundo girar e a Lusitana rodar.

Para Way, não resta dúvida de que a "suprema honra" de ser capa da Veja dá mais urucubaca do que ver três corvos juntos, sendo este um do piores sinais de maus presságios segundo a tradição britânica.

O vidente enviou o resumo da sua pesquisa iconográfica sem maiores comentários. Segundo ele, as capas falam por si. Acrescentou, além das estrelas das capas, outros personagens celebrados pela publicação e que, depois disso, passaram a enfrentar o inferno na terra. O ex-senador Demóstenes Torres, apontado como "mosqueteiro da ética", Carlos Arthur Nuzman, o brasileiro que despencou do Olimpo e Marcelo Odebrecht e Joesley Batista, os titãs da livre iniciativa.

Em 2014, todas as fichas em Aécio Neves. Da mala de votos, sobrou só a mala.

José Serra virou alvo de delações e se desintegrou.
Foi abduzido por denúncias.

Alckmin perdeu a eleição. É novamente candidato,
agora sob múltiplas suspeitas a partir de delações.

Eike Batista foi capa da Veja e da Veja Rio: dupla derrocada.


Empresário badalado virou suspeito de ser operador de Aécio Neves. 

O "Plano Temer" acabou em processos de corrupção,
com direito a gravações e encontros nas madrugadas
do Planalto, coronel-mensageiro etc.


A Veja apostou que Marcela Temer faria bombar
a popularidade dos Temer.
Lula é alvo do ódio da Veja desde sempre, a capa da posse talvez tenha sido
a única sem surto de parcialidade, mas isso não
deteve a maré de urucubaca pós-capa.

Dilma também nunca fez parte do altar da redação da Veja,
muito ao contrário. Mas o fato de não ser exaltada, não a
livrou do revés conspiratório.

Collor foi "queridinho" da revista. 

Tancredo foi vítima da sina identificada
pelo vidente Allan Richard Way

4 comentários:

J.A.Barros disse...

Capa da Veja e candidato usar cocar de índio dá um tremendo azar.

Corrêa disse...

Com oportunidade e humor, o vidente desvendou quanto é danoso o mau jornalismo que deturpa em nome do partidarismo político e da defesa das elites, da desigualdade, do status quo, dos velhos políticos e empresários que mamam no dinheiro público. É o que o mau jornalismo defende.

Kadu disse...

A profecia vai passar por um teste, a Veja já botou Bolsonaro na capa. E vai apoiar o cara se do outro lado tiver um candidato de esquerda, quem duvida?

J.A.Barros disse...

Bem, o senhor Corrêa soube em seu comentário separar o joio do trigo. Existe realmente o mau jornalismo o que se entende que também existe o bom jornalismo.