por José Esmeraldo Gonçalves
Algumas cidades ganham links irremovíveis que remetem a filmes antológicos.
Impossível ir a Casablanca e não lembrar de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, embora o filme clássico tenha sido rodado inteiramente em estúdio apenas com a inserção de umas poucas cenas do Marrocos real.
De Paris, Roma e Nova York nem se fala tantas são as referências cinematográficas.
O mundo só ouvia falar de Stromboli, a 70 km de Nápoles, quando o vulcão local entrava em erupção. Mas a pequena ilha se tornou definitivamente famosa e passou a atrair turistas quando o diretor Roberto Rosselini a transformou em set para Karen (Ingrid Bergman) e o pescador Antonio (Mario Vitale). Hoje, Stromboli, a ilha, e Stromboli, o filme, ainda se confundem no imaginário dos visitantes.
Há centenas de exemplos. Deauville, na Normandia, também tem o filme da sua vida: "Um homem e uma mulher", de Claude Lelouch.
Balneário sofisticado, a cidade sedia um importante festival de cinema, tem um cassino que atrai parisienses desde o começo do século passado e recebe corridas de cavalo milionárias. Mas cabe a Les Planches, as famosas passarelas de madeira que emolduram a areia banhada pelo Atlântico Norte, levar os passantes ao filme de Lelouch.
Em 1966, há 50 anos, quando a nouvelle vague estava no auge, Anne Gauthier (Anouk Aimée) e Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant) viveram naquela praia cenas de uma dramática história de amor que comoveu as plateias da década, ganhou a Palma de Ouro de Cannes, em 1966, e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte.
Em 1986, Claude Lelouch voltou a Deauville com o mesmo par central do primeiro filme para rodar "Um homem e uma mulher 20 anos depois", que não obteve o mesmo sucesso nem destronou o original na memória da cidade.
Para a maioria dos turistas, caminhar sobre o deque de Deauville é percorrer por instantes os fotogramas de Lelouch e ouvir, ainda que em play back imaginário, a célebre trilha sonora de Francis Lai.
Algumas cidades ganham links irremovíveis que remetem a filmes antológicos.
Impossível ir a Casablanca e não lembrar de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, embora o filme clássico tenha sido rodado inteiramente em estúdio apenas com a inserção de umas poucas cenas do Marrocos real.
De Paris, Roma e Nova York nem se fala tantas são as referências cinematográficas.
O mundo só ouvia falar de Stromboli, a 70 km de Nápoles, quando o vulcão local entrava em erupção. Mas a pequena ilha se tornou definitivamente famosa e passou a atrair turistas quando o diretor Roberto Rosselini a transformou em set para Karen (Ingrid Bergman) e o pescador Antonio (Mario Vitale). Hoje, Stromboli, a ilha, e Stromboli, o filme, ainda se confundem no imaginário dos visitantes.
Há centenas de exemplos. Deauville, na Normandia, também tem o filme da sua vida: "Um homem e uma mulher", de Claude Lelouch.
Balneário sofisticado, a cidade sedia um importante festival de cinema, tem um cassino que atrai parisienses desde o começo do século passado e recebe corridas de cavalo milionárias. Mas cabe a Les Planches, as famosas passarelas de madeira que emolduram a areia banhada pelo Atlântico Norte, levar os passantes ao filme de Lelouch.
Em 1966, há 50 anos, quando a nouvelle vague estava no auge, Anne Gauthier (Anouk Aimée) e Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant) viveram naquela praia cenas de uma dramática história de amor que comoveu as plateias da década, ganhou a Palma de Ouro de Cannes, em 1966, e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte.
Em 1986, Claude Lelouch voltou a Deauville com o mesmo par central do primeiro filme para rodar "Um homem e uma mulher 20 anos depois", que não obteve o mesmo sucesso nem destronou o original na memória da cidade.
Para a maioria dos turistas, caminhar sobre o deque de Deauville é percorrer por instantes os fotogramas de Lelouch e ouvir, ainda que em play back imaginário, a célebre trilha sonora de Francis Lai.
Deauville, a praça central. |
O deque em cartão postal do começo século passado. Reprodução. |
Les Planches, hoje, com a homenagem a atores e atrizes em cada cabine, e... |
...no filme "Um Homem e Uma Mulher" (Foto:Divulgação) |
Um casal na praia ainda ensolarada, há poucos dias, neste outono de 2016 e... |
... na cena, em 1966, do premiado filme de Claude Lelouch (Foto Divulgação) |
Em Deauville, a homenagem ao cineasta. Fotos de J.Esmeraldo Gonçalves |
8 comentários:
Lembrando que esse filme tinha na trilha sonora uma música de Baden Powel chamada Samba Saravah. Gostei do Post.
Parabéns Esmeraldo pela sua brilhante cultura cinematográfica. Ótima matéria, me fez lembrar de um passado distante, e das "matinês" no cinema Fluminense. Para a Diana, que me antecedeu, lembro que o Baden Powell foi meu colega de ginásio, em São Cristóvão. Ele nasceu no mesmo dia, mês e ano que eu. Com uma diferença, a capacidade de compor e executar um violão como ninguém. Era um "mestre". Abraço.
Valeu amigo Nelio. E eu sabia que você foi colega de craques como Sabará, Ademir (Queixada), Chico, Coronel etc, eles no time principal e você nos juvenis do Vascão, mas não que o Baden Powell era da turma de São Cristovão. grande abraço
Esmeraldo amigo. O Vasco da Gama e o Baden Powell fizeram parte da minha saudosa juventude. Reproduzo trecho de um texto que escrevi sobre "São Cristóvão, um bairro que era feliz e não sabia":
"O Baden Powell, que foi da minha sala no ginásio e que morava na Rua São Januário, aniversariava no mesmo dia que eu: 6 de agosto. Depois das aulas íamos para a casa dele escutar em primeira mão, músicas que seriam sucesso bem mais tarde. O primo dele, o João de Aquino, também era morador, além dos jogadores famosos como o Ademir Menezes, o "queixada" que morava numa belíssima casa na Rua Coronel Cabrita", etc. etc.
Agora, é só saudade. Abração.
Esmeraldo, você se esqueceu do Lelé, que fazia parte dp time do Vascão, chamado na época do Expresso da Vitória. O Lelé ficou muito famoso pela potência do seu chute capaz, pela sua violência, de furar as redes do gol, tamanho era o seu impacto. Eu,deveria na verdade ser vascaíno, porque nessa época, a garotada do bairro, onde morava, criou um time de futebol, com sede nos fundos da quitando do Vavá, chamado "Expresinho da Vitória " onde fui jogar de "half " esquerdo – na época as posições dos jogadores eram identificadas em inglês – fomos campeões dos bairros que disputaram o campeonato. Acho que me tornei flamenguista pelo tricampeonatp conquistado pelo Flamengo logo depois do Expresso da Vitória e acho que o tri campeonato foi em cima do Vasco com o gol de Valido, com o " score "de 1x0.
O tri do Flamengo em 44 foi em cima do Vasco, com o gol do argentino Valido, tá certo Barros. O outro tri, o de 55 acho que foi em cima do América. Valido foi do Boca Juniors, se não me engano.
Esse gol foi muito discutido, porque os vascaínos protestaram com argumentos de que o gol foi de falta. Valido teria se apoiado no seu marcador para cabecear para o gol. Mas o gol foi mantido e o Flamengo se sagrou tri campeão. Porcos anos depois , o Flamengo perderia um campeonato por um gol com a mão de um jogador do Fluminense e o Juiz era o Armando Marques. Até hoje esse gol não passou pelas nossas gargantas. Contra o Fluminense perdemos até por um gol feito de barriga pelo Renato. Gaucho, de maneira que esse gol, pra nós flamenguistas, foi de impedimento sim com o sabor de vingança.
O tempo passou, esse filme né traz lindas recordações
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