quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Auvers-sur-oise: o último olhar de Van Gogh

A igreja Notre-Dame d'Auvers hoje e...

...no célebre quadro de Van Gogh.


A escadaria na igreja: nos passos de Van Gogh.

Crianças em aula de pintura 

Local onde Van Gogh pintou "Le champ de blé aux corbeaux"


O jardim de Daubigny na arte de Van Gogh e...

...no ângulo atual. 

Na casa do Dr. Gachet: o jardim que inspirou quadro (no painel de vidro). 

Auberge Ravaux, onde Van Gogh viveu seus últimos dias.

Em 1890, no térreo do albergue, o restaurante frequentado pelo pintor. Foto:Reprodução

Acesso ao quarto de Van Gogh no sótão do albergue. Foto; Reprodução
Cemitério de Auvers: túmulos de Van Gogh e seu irmão Theo

Fotos de J.Esmeraldo Gonçalves

Auvers-sur-oise, a menos de 40 km de Paris, ainda é uma tela viva de Van Gogh.

Há 126 anos, o pintor chegou à cidade. Recém-saído de um hospital psiquiátrico, ele buscava a paz já impossível e faria uma consulta a um médico local, o Dr. Gachet.

O doutor - do qual fez o famoso retrato e em cuja casa pintou vários quadros - não acalmou o seu espírito, àquela altura já indomável, mas a luz e as cores da pequena cidade e dos seus arredores impulsionaram sua inspiração e redobraram sua força criadora.

Van Gogh viveu apenas 70 dias em Auvers e, durante esse curto período – de maio a julho de 1890 –, pintou 78 quadros.

Do Auberge Ravoux  - desde 1926 conhecido como “a casa de Van Gogh – à igreja de Auvers, aos campos de trigo, a Maison do Dr. Gachet  ao cemitério onde o pintor está enterrado ao lado do irmão, Theo, é possível refazer os passos e o olhar  do artista.

O quarto número 5 do albergue, cenário dos últimos dias e da morte de Van Gogh - após o pintor entrar em mais uma crise depressiva e atirar na própria barriga - está vazio.

Apenas três ou quatro visitantes são admitidos, por vez, no minúsculo espaço, fotos são proibidas.

É curioso observar que os turistas se demoram, em silêncio, diante de um vazio paradoxalmente pleno de lembranças da agonia do pintor.

O quarto é quase claustrofóbico de tão pequeno e pouco iluminado.

Bem ao contrário das ruelas, campos e construções que Van Gogh eternizou em seu último sol da primavera-verão de 1890. (J.E.Gonçalves)

2 comentários:

Prof. Honor disse...

Auvers atraiu pintores impressionistas, além de Van Gogh. É um roteiro realmente recomendável.

J.A.Barros disse...

A ironia da vida deste gênio da pintura é que em vida só conseguiu vender um quadro. E hoje um quadro deste artista é comprado por milhões de dólares.