A igreja Notre-Dame d'Auvers hoje e... |
...no célebre quadro de Van Gogh. |
A escadaria na igreja: nos passos de Van Gogh. |
Crianças em aula de pintura
Local onde Van Gogh pintou "Le champ de blé aux corbeaux" |
O jardim de Daubigny na arte de Van Gogh e... |
...no ângulo atual. |
Na casa do Dr. Gachet: o jardim que inspirou quadro (no painel de vidro). |
Auberge Ravaux, onde Van Gogh viveu seus últimos dias. |
Em 1890, no térreo do albergue, o restaurante frequentado pelo pintor. Foto:Reprodução |
Acesso ao quarto de Van Gogh no sótão do albergue. Foto; Reprodução |
Cemitério de Auvers: túmulos de Van Gogh e seu irmão Theo Fotos de J.Esmeraldo Gonçalves |
Auvers-sur-oise, a menos de 40 km de Paris, ainda é uma tela viva de Van Gogh.
Há 126 anos, o pintor chegou à cidade. Recém-saído de um hospital psiquiátrico, ele buscava a paz já impossível e faria uma consulta a um médico local, o Dr. Gachet.
O doutor - do qual fez o famoso retrato e em cuja casa pintou vários quadros - não acalmou o seu espírito, àquela altura já indomável, mas a luz e as cores da pequena cidade e dos seus arredores impulsionaram sua inspiração e redobraram sua força criadora.
Van Gogh viveu apenas 70 dias em Auvers e, durante esse curto período – de maio a julho de 1890 –, pintou 78 quadros.
Do Auberge Ravoux - desde 1926 conhecido como “a casa de Van Gogh – à igreja de Auvers, aos campos de trigo, a Maison do Dr. Gachet ao cemitério onde o pintor está enterrado ao lado do irmão, Theo, é possível refazer os passos e o olhar do artista.
O quarto número 5 do albergue, cenário dos últimos dias e da morte de Van Gogh - após o pintor entrar em mais uma crise depressiva e atirar na própria barriga - está vazio.
Apenas três ou quatro visitantes são admitidos, por vez, no minúsculo espaço, fotos são proibidas.
É curioso observar que os turistas se demoram, em silêncio, diante de um vazio paradoxalmente pleno de lembranças da agonia do pintor.
O quarto é quase claustrofóbico de tão pequeno e pouco iluminado.
Bem ao contrário das ruelas, campos e construções que Van Gogh eternizou em seu último sol da primavera-verão de 1890. (J.E.Gonçalves)