O jornalista Eduardo Reina lança hoje, em São Paulo, o livro "Depois da Rua Tutoia" (11 Editora). A data - Dia do Jornalista - não podia ser mais apropriada. O trabalho de Reina, que tem forma de romance e características de livro-reportagem, será lançado nesta quinta-feira, às 19h, no Canto Madalena, Rua Medeiros de Albuquerque, 471, São Paulo (SP).
"Depois da Rua Tutoia" investiga e aborda um capítulo triste da história do Brasil: os casos de bebês sequestrados pela ditadura. O Brasil também foi vítima da prática comum nos regimes militares sul-americanos. Mas aqui é bem mais pesada a cortina que até hoje encobre a tragédia.
Na Rua Tutoia, em São Paulo, ficava um dos mais ativos centros de tortura e assassinatos promovidos pela pela Oban, organização financiada por empresários paulistas, vários deles ainda na ativa e que permaneceram impunes.
Embora a denúncia esteja presente em relatos de algumas famílias de guerrilheiros mortos, apenas um caso de sequestro de bebês pela ditadura brasileira foi oficialmente registrado e comprovado através de exame de DNA. Testemunhos dão conta de filhos de combatentes mortos em Araguaia foram levados por militares. Havia um internato, em Belém, que recebia as crianças antes de transferi-las a pais adotivos. Há processos em tramitação na Justiça que podem comprovar outros casos. A Argentina desvendou centenas de sequestros de bebês.
No Brasil, as dificuldades são enormes: ao fim da ditadura documentos foram destruídos; nenhum presidente, desde 1985, ao contrário do que aconteceu em outros países, se interessou ou determinou a apuração desses casos; e não houve uma maior mobilização popular e dos meios de comunicação cobrando respostas oficiais dos governos pós-ditadura.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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4 comentários:
Vamos ser sinceros; aqui no Brasil tudo é movido por interesses de cada um. Depois do regime militar com a volta do regime democrata nenhum governo se interessou ou se empenhou a abrir uma investigação séria e completa sobre o que aconteceu de verdade no regime militar. Instaram uma comissão batisada de Comissão da Verdade que no fim não descobriu nada e ninguém foi preso ou responsabilizado pelos crimes que foram cometidos naquele regime. Por que? Porque não interessava a eles levantar esses crimes porque na verdade iria mexer com gente poderosa no cenário político, militar e público.
Isto é e estamos no Brasil, gente.
Isso, Sarney, Collor, itamar, Fernando Henrique, Lula, Dima. a Comissão da Verdade teve o mérito de trazer paras as novas gerações a brutalidade do que aconteceu. Esses governantes pouco fizeram. De qualquer forma, nem tudo foi culpa deles, o erro principal está na tal anistia que impôs a impunidade dos torturadores. Mesmo o caso Riocentro que aconteceu depois da Anistia e não estava protegido pelo acordo espúrio ficou impune. A Anistia foi umas negociação em cima do sangue dos jovens vitimados pela ditadura. Chile, Argentina e Uruguai não fizeram isso e botaram os criminosas na cadeira. aqui tudo acabou com tapinha nas costas e puxasaquismo.
Walker você lembrou muito bem que o Chile, Argentina e Uruguai não varreram pra debaixo do tapete as tragédias que foram cometidas no regime militar. Foram pra cima dos ditadores e puseram eles na cadeia. Um dos ex-ditadores veio a morrer na sela em que estava preso. Aqui resolveu-se a esquecer tudo e fazer de contas que não houve uma ditadura militar nos anos de chumbo criando um pacto de silêncio que chamaram de anistia.
Bem colocado J A Barros, um pacto de silêncio isso foi a anistia. Resta que livros como esse quebremcesse silêncio.
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