sábado, 10 de maio de 2014

Greve de trabalhador não pode prejudicar trabalhador

por Eli Halfoun
Greve é um direito (eu diria ater um dever) de todo cidadão e, portanto, de todos os trabalhadores, mas em nome de reivindicações nem sempre justas as greves têm sido uma contundente arma para atingir outros trabalhadores. A greve dos rodoviários, no Rio, atingiu e prejudicou milhares de cidadãos impedidos de se locomoverem para trabalhar ir a um hospital ou fazer qualquer outra coisa. Greve não é não pode ser baderna. Por isso mesmo os trabalhadores precisam conscientizar-se de que como trabalhadores não podem prejudicar outros trabalhadores no grito. Por mais que os grevistas tenham razão não faz o menor sentido quebrar e incendiar justamente os ônibus que transportam a população, inclusive os familiares de grevistas. Greve é repito um direito do trabalhador, mas não é um direito de prejudicar ninguém. Sempre que necessárias e justas as greves serão bem vindas, mas é urgente repensar os movimentos que prejudicam mesmo quem não pode fazer nada para atender reivindicações e a essa altura do campeonato também quer fazer uma urgente reivindicação: a de que não lhe cerceiem o direito de ir e vir. Trabalhador não pode ser prejudicado por trabalhador. É no mínimo uma situação muito esquisita. (Eli Halfoun)

4 comentários:

J.A.Barros disse...

Moro em Niterói, e nos tempos do governo do Jango, havia greve quase todo mês e uma vez uma greve que atingiu as barcas que faziam o trajeto Niterói-Rio e vice e verso me fez atravessar de canoa de pescador a baia da Guanabara para chegar no trabalho. Essa greve foi violenta a tal ponto da população invadir a estação das barcas e incendiá-la.
Infelizmente, as greves no Brasil acabam sempre em violência. Hoje, quando não depredam os ônibus põem fogo neles. Mas, a única linguagem que os empresários respeitam é essa e se torna a única maneira de se negociar as reivindicações dos trabalhadores.
John Ford, o grande empresário, montador dos carros Ford, criou a linha de montagem de carros e declarou que os seus empregados eram muito bem pagos, porque como ele iria vender os seus carros se os seus empregados não tivessem dinheiro para comprá-los?
A média salarial no Brasil é muito baixa não chegando a 20 mil reais por ano. Como o governo quer implantar o consumismo e induzir o povo a comprar se não tem poder aquisitivo?
O povo brasileiro está todo endividado e não sabe como vai quitar as suas dívidas sem se endividar mais. Os motoristas de ônibus estão reivindicando uma média salarial de 2.500 reais, o que significa que eles não ganham nem 2 mil reais.
E com esse salário mínimo quem pode viver com ele?

DD. Tavares disse...

Em todas as agitações e baderna do Rio há uma estranha conexão entre um candidato a governador e oposicao de esquerda porra louca black bloc e outros

Wilson disse...

A greve é um direito. Suspender serviço vai sempre prejudicar alguem

alberto carvalho disse...

Está no constituição do país o direito a greve. Mas essa, dos rodoviários, sem o apoio do Sindicato e sem a aprovação em assembleia dos motoristas, é completamente ilegal. Essa greve foi orquestrada por meia dúzia de motoristas com intensão única e exclusiva para desestabilizar o Governo. A maioria desses vândalos nem sequer são motoristas. O líder desse movimento não tem vínculo com o Sindicato e deve ser responsabilizado pelos prejuízos causados as empresas de ônibus.