por Eli Halfoun
A Copa do Mundo está desenvolvendo um
comportamento que não é novo, mas está ficando mais acentuado com a proximidade
da abertura da competição. Ficou comum ouvir nas ruas muita gente garantindo
que não pretende botar a cara na rua durante a Copa e até aconselhando a que
fiquemos todos trancados em casa. É resultado do medo que se criou por conta da
violência, principalmente dessa mania de manifestações que estão transformando a
cidade em um caos urbano. O medo é mais do que justificável, mas sem dúvida
está havendo exagero: ainda não vivemos em um país faroeste em que todos andam
armados impondo a lei do mais forte mesmo sabendo que a lei do mais forte é
sempre a do povo unido pacificamente. O medo está presente em todos os momentos
na vida dos homens e tem sido um cerceador de conquistas e de sonhos porque a
maioria das pessoas ainda não aprendeu que a única maneira de vencer o medo é enfrentá-lo.
O medo pode não acabar, mas diminui muito quando é enfrentado com coragem e de
peito aberto. Além do mais a Copa do
Mundo não é uma guerra. É só uma competição esportiva que se limita ao campo de
jogo e que por isso mesmo não impede ninguém de participar da festa. Com
coragem e precaução, mas medo. (Eli Halfoun)
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