por Gonça
A questão se arrasta há muito tempo, desde o governo FHC. A mídia, pesquisadores e os cidadãos reivindicam acesso menos burocráticos a documentos históricos. Atualmente, jornalistas que apuram fatos políticos relevantes, por exemplo, são obrigados a solicitar autorização judicial, e geralmente não conseguem. Um caso recente foi o da Folha de São Paulo, no ano passado, que teve negado acesso ao processo de Dilma Rousseff, dos anos 70; já o Globo, na semana passada, conseguiu examinar os documentos da Bamba do Riocentro, de 1981. Mas a regra é dificultar ao máximo os caminhos que levam a aprofundar pesquisas em torno de acontecimentos polêmicos.
Resistência por parte de alguns dos principais aliados do governo no Senado deve frustrar os planos do Palácio do Planalto de sancionar, até o início da semana que vem, o projeto de lei que regulamenta o acesso público a documentos sigilosos. A presidente Dilma pretendia promulgar a lei que estabelece regras mais flexíveis e novos prazo para abertura de documentos públicos em 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Mas as pressões contrárias vêm de todos os lados. Um dos mais atuantesd é senador de Alagoas Collor de Mello, aquele que foi posto pra fora do Planalto. O relatório já foi aprovado na Câmara e por três Comissões do Senado, mas parou na Comissão de Relações Exteriores, presidida, o que é bizarro, pelo homem que os brasileiros demitiram por justa causa da Presidência da República. Se sair da gaveta de Collor, o projeto ainda dependerá de o presidente do Senado, Sarney, levá-lo ou não projeto a votação dentro do prazo. A nova lei libera documentos da ditadura, da qual Sarney foi funcionário atuante. Além de Collor, o ex-presidente Itamar Franco também teria dados sinais de que é contra o projeto. Atualmente, os documentos são amantidos secretos por 50 anos, prazo que pode ser renovado até à eternidade. A caixinha de segredos é, sem dúvida, confortável para uns e outros.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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3 comentários:
Caro Gonça, ainda hoje a Folha publica uma foto do Sarney e o Renam abraçados carinhosamente. Esses dois abraçados demonstram muito bem que pais é esse. Não podemos nos queixar, se eles estão abraçadinhos no Congresso foi porque nós os colocamos lá.
O Requião agride um repórter, rouba-lhe seu instrumento de trabalho e ainda ameaça bater nele para o Sarney chamar esse ex-governador truculento e desclassificado de cavalheiro"?
Esse, caro Gonça, é o brasil de hoje depois de oito anos de desmandos, desrespeitos, mensalões, safadezas, dólares nas cuecas, aloprados em S.Paulo, vendendo "dosiers"falsos, filhos de políticos recebendo financiamentos de Empresas Telefônicas de milhões de reais.E você quer liberação de documentos históricos que comprovam que eles, esses políticos, roubaram e mataram o que puderam e não puderam?
Imagina, que a liberação do projeto de liberaçào de documentos sigilosos, está nas mãos de quem? do Collor de Mello gente. Isso é brincadeira ou estão gozando com a nossa cara? E o Renam que sofreu 5 processos por quebra de decoro foi eleito integrante do Conselho de Ética do Senado?
Você ainda quer levar esse país a sério?
debarros, boas observações.
Apenas a criticar a a falsa impressão de localizar os males em "oito anos". Esse discurso da mídia não colou nem nas campanahs acirradas que fizeram. Qualquer crianças sabe que são problemas que independem de partidos. Os três que vc citou foram aliados queridos do FHC. Não esqueça que na segunda eleição do Lula o PMDB estava na coligação do intelectual, o que pede que "esqueçam o povão". O mensalão foi inventado por um político aliado do sociólogo. No período, houve escândlos sério e CPis que foram abafadas à custa de ouro. Mesmo hoje no governo do partido do sociólogo em Sp escândalos pipocam, a´te com envolvimento internacional envolvendo construção do metrô etc. Entender que isso não é um problema partidário pode ajudar a resolver ou pelo menos a levar o eleitor a retirar da vida pública certas figuras carimbadas.
Todos os citados foram e ainda são muito amigos do tal operário que por um fenômeno de casualidade conseguiu se eleger e reeleger às custas da coligação com o partido que o seu PT mais acusava e renegava, que era o PMDB. E o execrável Collor, que foi chamado de ladrão pelo seu operário querido, hoje são amigos cravados ao ponto do execrável defende-lo tão veementemente na bancada do Congresso que causou um OH!, geral, ao verem tanto cinismo da parte do execrável.
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