quarta-feira, 20 de abril de 2011

Veríssimo, os déspotas e os padres

por Eli Halfoun
Mesmo quando não está escrevendo Luís Fernando Veríssimo mantém seu bom humor, apesar da também grande timidez. Mostrou isso em recente e casual encontro com a jornalista Glória Maria em uma feira literária de Miami. Glória acabara de ler uma crômica na qual Veríssimo cita uma frese de Diderot: “A humanidade só será livre no dia em que o último déspota for enforcado com as tripas do último padre”. Glória Maria perguntou ao escritor: “Você não gosta de padres?” A resposta foi tímida, mas definitiva: "Bem, gosto menos de déspotas." (Eli Halfoun)

Um comentário:

debarros disse...

Quando Lula começou a aparecer como o contestador das elites na figura do líder metalúrgico nos comícios e nas greves do operariado do ABC paulista, esse autor não perdia coluna sempre elevando o nome do operário que prometia fazer a revolução de classes no contexto político social brasileiro.
Mas, o seu líder operário, assim que eleito mudou a sua trajetória ideológica e passou a ser mais um burguês no poder. Decepcionado, talvez, com essa mudança de rumos o autor, em aprêço, nunca mais mencionou o nome desse líder em suas colunas.
Por que seria?