Mais uma vez um ser político vem defender em público a implantação do trem-bala, ligando Rio a Campinas e, é claro passando – antes – por São Paulo. O que causa espanto é que esse defensor de tal veículo é membro efetivo – já tendo sido prefeito e governador do Estado de São Paulo – do Partido do Trabalhadores. Causa espanto porque esse político deveria defender não a implantação de um sofisticado trem que na sua construção sorverá a quantia ainda não bem determinada de 32 bilhões de reais, mas sim, com essa verba astronômica, a reconstrução da malha ferroviária, que existia, desde o Império, espalhada por todo o país e que atendia do humilde colono nordestino ao gaúcho pampeiro que cruzava o Brasil na sua migração procurando o seu novo ninho em terras vizinhas.
Mas esse político, que se intitula representante da classe trabalhadora, não se preocupa em atende-la, se preocupa em atender as classes privilegiadas, que tem condições financeiras de pagar o alto preço que custará o bilhete de passagem competindo com o transporte aéreo.
Mais uma vez o trem, essa máquina que desbravou e conquistou o velho oeste norteamericano, atravessou as planícies e cordilheiras indiana, corta a velha Europa de norte a sul e de leste a oeste, atravessa o milenar deserto do Saara, cruza o Continente Africano revelando ao mundo a natureza selvagem e animal dessa fantástica terra que até hoje assombra o homem no Brasil, essas intrépidas máquinas que do Império até o Governo do JK transportava as riquezas produzidas pelo homem são sucateadas e enferrujadas em depósitos, abandonadas inúteis, em terrenos baldios.
Mas é assim que os políticos brasileiros pensam e agem. Não pensam em atender o grande público, afinal o seu eleitor, mas no seu conforto pessoal, sim porque um trem- bala, foi concebido e criado para servir os ricos países do Primeiro Mundo e não os países ainda emergentes e pobres como o Brasil.
Pense no povão, "Senhora Política" antes de pensar em si mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário