Gagárin em desenho de Pablo Picasso. Reprodução |
Foi há 50 anos. Às 9h7 do dia 12 de abril de 1961, Yuri Gagárin, então com 27 anos, decolou na nave Vostok 1, do cosmódromo de Baikonur, para a primeira viagem de um homem ao espaço. O vôo durou uma hora e quarenta e oito minutos mas mudou o mundo para sempre. O feito soviético foi um golpe nos Estados Unidos. Nos anos seguintes, a Nasa virou o jogo da corrida espacial. A roda da história girou, a União Soviética desfez-se, mas o programa espacial russo prosseguiu. Curiosamente, cinco décadas depois, os ônibus espaciais se transformam em peças de museu e os astronautas norte-americanos viram "passageiros" e terão que ir ao espaço, por um bom tempo, de carona nas naves Soyuz. Carona, em termos, a Nasa terá que pagar por cada "ticket de embarque" cerca US$ 63 milhões.
Ao aterrisssar, Gagárin foi direto para as primeiras páginas de jornais e capas de revistas do mundo inteiro. Na Brasil, a primeira revista a chegar às bancas com a cobertura do vôo foi a Fatos&Fotos, que se caracterizava pela agilidade. A Time americana também se rendeu ao heroi soviético.
Em meio à guerra fria da propaganda e à eterna paranoia de um guerra nuclear que dominava aqueles tempos, Gagárin ganhou de Picasso, em agosto do mesmo ano, um desenho simbólico.
Em vez da nave, uma pomba da paz.
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