por Eli Halfoun
Dói de chegar às lagrimas ver através da televisão a tragédia que matou e deixou quem está vivo ainda está sem rumo e sem nada. Ao mesmo tempo em que nos comovem essas tragédias, que embora cada vez maiores, não são novidades no Rio, nos mostram que essa solidariedade da qual tanto falamos ou escrevemos também mora nos locais atingidos pelas tragédias. Os heróis bombeiros e a Defesa Civil estão sempre lá no local se desdobrando para minimizar uma situação que é uma grande dor para a qual por mais que se faça não há solução imediata: só o tempo - e não o meteorológico – curará as feridas dessa tragédia, mas sem dúvida deixará medo e cicatrizes para sempre. Repare só como são as próprias vítimas que juntam toda a dor para transformá-la em solidariedade. As pessoas que não tem materialmente mais nada é que se desdobram, para ajudar quem ficou com menos ainda. Essas pessoas - verdadeiros heróis de um povo heróico - ficam sem nada, mas não perdem o amor próximo e em consequência a solidariedade. Não me lembro de algum dia ter visto nas classes melhor favorecidas exemplo tão intenso de ajudar. Fica claro que a tal da solidariedade da qual falamos muito da boca pra fora existe sim, mas mora nas chamadas áreas de risco. Ainda bem que mora lá. Do contrário as tragédias seriam sempre maiores.
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário