domingo, 11 de abril de 2010

Equívoco

por Gonça 
Aí embaixo há um comentário equivocado do meu amigo debarros. Este é um blog coletivo, aberto para o debate de opiniões. O administrador formal não interfere, a não ser em caso de ofensas ou acusações claramente infundadas ou  levianas,.como já aconteceu. Debarros diz que foi cassado no seu direito.Como? O post está aí, ele mesmo o publicou livremente. Posts assinados são, aliás, de responsabilidade de quem os escreve. O debarros opina que as leis, sejam quais forem, devem ser respeitadas. Não é bem assim. Leis são feitas por grupos eventualmente majoritários e no poder. Podem e devem ser contestadas, sempre. Escravidão, no Brasil, era lei.Sorte que os abolicionistas não pensaram como o debarros. Os generais-ditadores no Brasil recente também produziram leis, muitas infelizmente em vigor até hoje, entre elas muitas dessas normas eleitorais não democráticas. São legítimas? Não. Devemos respeitá-las? Claro que não. O presidente Lula protestou contra os casuísmos da Lei Eleitoral, que muda a cada eleição, e especialmente contra as interpretações variadas de juízes pelo Brasil afora. Reforma política com voto distrital, financiamento público de campanhas, ficha limpa para candidatos, candidaturas livres sem filiação partidária, acabar com os tais três senadores por estado (armação política da ditadura que persiste até hoje), rever salários e mordomias de políticos etc, há muito o que mudar. Um cidadão honesto e bem intencionado que pretenda se candidatar a um cargo político, vereador que seja, da sua cidade, não consegue. A não ser que se submeta às leis que a "máfia" dos partidos políticos impõe. Há quem pague para conseguir legenda. Isso é legítimo? Não. É a cassação dos direitos de um cidadão. Mas debarros diz que lei é lei, deve ser obedecida a ferro e fogo. As ditaduras sempre produziram leis. O nazismo, inclusive. Legitimidade é outra coisa. Houve até um juiz que alegando preceitos legais quis proibir debates políticos como este, em blogs, em ano eleitoral. Vamos obedecer? Claro que não. Amigo debarros, desobediência civil, já!

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