# "Se eu quisesse fazer (*), eu estava rica. Em São Paulo, o que liga pro hotel é industrial, fazendeiro, etc. pra dizer: então vamos jantar e tal. A gente tem de dizer: companheiro, o caso não é esse, não é bem assim etc. Eu fico danada. Um dia disse pra um cara: meu amigo, se você por acaso me encontrasse, fosse ao cinema, fosse jantar, eu podia até dar para você, mas assim não. O cara naquela de vamos e tal, aí fica chato paca, não é? O cara está querendo pagar uma (*), deve ser um (*) de cama."
# "Eu deixei de ser professora por covardia porque eu tinha de brigar muito com os pais, e com os dieretores do colégio. (...) Na minha sala, eu aboli a mesa da professora, não existia, minha mesa era igual à deles, minhas coisas eram guardadas como a deles, eu mexia nas coisas deles tanto quanto eles mexiam nas minhas, não tinha problema. A gente trocava lanche, eu levava coca-cola e eles gostavam mais do que leite e a gente trocava, eu fazia a maior zona. As mães, porém, não gostavam."
# "Quebro a cara toda hora. Mas só me arrependo das coisas que não fiz. Das coisas que fiz, não me arrependo nada. Só me arrependo do que deixei de fazer por preconceito, problemas e neurose. Já amei muita gente, já corneei essa gente e elas já entenderam e não teve problema nenhum. Somos todos uma grande família."
# "Censuram filmes e não censuram programas em que as pessoas, pra casar, são vendidas como alface, ou são esculhambadas como se fossem cocô, como acontece nos programas do Flávio Cavalcanti. Aí, digo que é burrice minha porque não quero achar que as pessoas sejam tão (*) assim."
# "Na minha caminha dorme algumas noites, mais nada. Nada de estabilidade"
# "No fundo, sou uma mulher meiga, adoro amar, não quero brigar nunca, e queria mesmo é fazer amor sem parar. Eu adoraria isso. Mas enquanto não posso, não vou me acomodar a uma série de coisas (*) que pra mim não significam nada." (de O Pasquim - Antologia - Volume I - 1969-1971 (Editora Desiderata)
Um comentário:
Essas pessoas que marcaram tanto o Rio de Janeiro, daquela época, não foram substituidas. Elas se foram e nos espaços deixados ninguem apareceu para ocupar a vacância. Leila Diniz, era uma dessas pessoas. O seu espaço está vazio até hoje, até porque dificilmente aparecerá uma criatura igual a ela. E o Rio vai ficando cada vez mais vazio e o pior: sem graça.
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