por Eli Halfoun
Parece inacreditável, mas dessa vez não foi necessário nenhum ato secreto para o senador José Sarney decidir o destino do acervo da Fundação José Sarney, que, como muitas outras coisas, fechou as portas por falta de patrocínio e sem apoio (ou seja, grana) é, segundo o senador, “impossível mantê-la em funcionamento”. Nem com todo o seu hoje tanto prestígio o senador conseguiu mexer seus pauzinhos, que é, convenhamos, uma prática muito comum no Brasil. Fechou a Fundação e enviará todo o material para a Fundação Getulio Vargas, no Rio, onde já estão os acervos de Getúlio Vargas, Café Filho, João Goulart, Ernesto Geisel e Tancredo Neves. No “pacote” enviado por Sarney estão documentos, fotos, presentes, recibos e outras recordações da época em que comandou o Palácio do Planalto Sarney só não sabe ainda se destina à Fundação Getulio Vargas as obras de arte. De qualquer maneira todo o material poderá ser visto pelos brasileiros, o que é uma grande vantagem para o discutido senador José Sarney: dessa vez ele não precisará esconder o jogo.
Um comentário:
Enquanto o povo pagava o seu Memorial, num convento do Estado do Maranhão, tudo ia muito bem. Nada saia do seu bolso. Não pagava a ninguem, o que é uma caracterísrica desses políticos brasileiros, principalmente os do Nordeste, que gostam de viver às custa do Estado, quer dizer, do povo. Como o Estado não quer mais pagar os custos do Memorial ele vai mandar o acervo para a Fundação Getúlio Vargas. Quer dizer vai transferir essas despesas para o Tesouro Nacional. Quem vai pagar continua sermos nós, o povo.
Agora, eu perguinto: quem vai querer perder o seu tempo para ver as quinquilharias, em um Museu, daquele que foi o pior presidente que esse país já teve, administrando uma inflação de 90% ao mês, com os maiores índices de roubo ao patrimônio público. Quem vai perder o seu tempo para se lembrar de um canalha, que por acaso chegou a ser presidente do Brasil?
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