quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Remédios doentes

por Eli Halfoun
“Vai um remedinho aí?" – remedinhos de todos os tipos e para todos os fins são oferecidos (e, o que é pior, aceitos) como um delicioso bombom. Medicamentos são formulados quase que diariamente (tem sempre uma novidade, muitas vezes nem tão eficiente, no mercado) para enriquecer cada vez mais os laboratórios e para minimizar as mazelas de saúde que inevitavelmente enfrentamos durante a vida. Esse quase vício de tomar um comprimidinho para isso, outro para aquilo acaba transformando-se em sério risco com a auto-medicação, que é também consequência da falta de orientação médica para a maior parcela da população que sem ter onde buscar uma consulta e um atendimento eficaz aceita o conselho quase sempre milagroso dos vizinhos, dos parentes e até de quem mal conhece. Assim se expõe a um nada saudável risco que pode estar até no mais popular dos comprimidos como, por exemplo, a aspirina. Recente pesquisa realizada na Inglaterra garante que a tão popular e consumida aspirina pode causar sangramentos internos sérios e não previne como ainda se acredita doenças cardiovasculares. A pesquisa realizada com base em estudo britânico publicado recentemente em respeitada revista médica recomenda que os médicos revejam a prescrição de aspirina como preventivo para asa doenças do coração. Pesquisas e estudos com medicamentos conhecidos são anunciados diariamente, sempre com uma suposta novidade deixando a medicina. Nenhuma pesquisa impede inicialmente a auto-medicação - essa sim e também uma doença gravíssima.

2 comentários:

Eliane Furtado disse...

Bem colocado. sempre que a gente vai operar ou fazer um simples exame de sangue, a primeira recomendação é "suspenda a aspirina" ou vem a pergunta " toma alguma aspirina?"
Agora, brasileiro adora um remedinho e se auto medicar então...todos sabem tudinho sobre medicina. Não é sobre futebol só não...

Gonça disse...

Até farmácia por aqui parece supermercado. Nunca prestei atenção se existe esse hábito lá fora, mas quando vejo as pessoas com cestinhas catando produtos nas prateleiros penso em um supermercado. A qualquer momento alguém pode pedir açucar e café e perguntar onde é a bancada de frios.