por Eli Halfoun
Certamente foi com um misto de decepção e tristeza que a torcida brasileira recebeu a notícia de que a atleta Daiane dos Santos foi flagrada no teste antidoping. Mesmo que consiga provar (o que certamente acontecerá) sua inocência a carreira de Daiane, que encantou o mundo com seus saltos e nossa música (emocionante ouvir “Brasileirinho” ao final de cada salto) ficará com uma cicatriz definitiva, que a partir de agora inclui a descrença da torcida e sem dúvida enfraquece o mérito de suas conquistas e esforço. Daiane não estava competindo, portanto, não visava obter qualquer vantagem quando utilizou o medicamento que a reprovou no teste antidoping. Ainda assim haverá em torno dela e por muito tempo uma mistura de orgulho e desconfiança.
Não há dúvidas de que Daiane não utilizou o medicamento “dedo-duro” por conta própria, embora a perigosa auto-medicação seja comum no Brasil. Uma atleta do porte de Daiane não correria o risco de automedicar-se: foi orientada por um médico. Nesse caso se faz necessário orientar os médicos, todos os médicos, sobre medicamentos que podem funcionar com um paciente qualquer, mas são prejudiciais para um atleta. Daiane superará o drama (sim,é um drama para uma atleta ver, mesmo que apenas temporariamente, sua dedicação condenada). Com saltos e movimentos precisos Daiane dos Santos terá de mostrar que é uma atleta acima de qualquer suspeita. E mostrará.
Um comentário:
Acho que a Diane é inocente. Ela não estava competindo e sofreu uma cirurgia.
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