quarta-feira, 1 de julho de 2009

Imprensa observada



O programa Observatório da Imprensa (TV Brasil), do jornalista Alberto Dines, permanece como boa opção para uma análise da chamada imprensa comercial, a grande mídia. Atualmente, os leitores se expressam através de blogs, twitters, sites de relacionamento ou em pesquisas interativas (na foto, a pergunta e o resultado sobre a polêmica do fim do diploma para jornalistas) como essa do Observatório. Mas os debates conduzidos pelo Dines são esclarecedores - mostram os acertos mas não escodem as distorções, interesses à frente da notícias e omissões -, e devem complementar essa nova postura do leitor, a de não comprar a notícia sem examinar a embalagem...

2 comentários:

Maria Alice disse...

Os leigos que me perdoem mas existe uma técnica para trabalhar na área de comunicação. Passei cinco anos numa faculdade para apreender técnicas na área de jornalismo como: leads, pirâmide invertida, técnicas vocais, impostação, assessoria, publicidade entre muitas outras. Tenho o maior orgulho do meu Diploma e não acho justa esta decisão para muitos jornalistas como eu que batalharam para consegui-lo.

Omelete disse...

A prática do bom jornalismo vai sempre exigir uma especialização. Em quatro décadas de vigência da lei, o diploma teve o mérito de regular o mercado de trabalho, com impacto nos níveis salariais. E ninguém tem dúvidas que elevou o nível cultural dos profissionais. Há um certo desmonte de regras que me preocupa. Foi-se a lei de imprensa e não há nada no lugar. Sou, é claro, a favor da liberdade de imprensa. Mas coisas como direito de resposta estão, nesse momento sem regulação. Claro, vôcê pode recorrer à Justiça e pedir reparação. Só um detalhe: a extinta Lei de Imprensa dava uma prazo de 24 horas para que a publicação se retratasse em casos de ofensas. Entrar na Justiça pode levar o cidadão ofendido ou injustamente acusado a aguardar anos por uma reparação. Profissionais de outras categorias já podiam, na antiga lei, colaborar com jornais, revistas e televisão. E isso é bom. Estão aí Gerson, Casagrande, chefs que fazem programas de culinária. O que muda é que, agora, poderão ser editores, repórteres, apresentadores etc. O debate es´ta em aberto e ainda vai correr uma proposta de emenda constititucional para tentar reorganizar tudo isso. E li que Gilmar Mendes (STF), por coerência, que ir além: pode cair a exigência de registro para outras profissões regulamentadas, como a de ator, por exemplo.