terça-feira, 14 de julho de 2009

Woodstock, o livro




Com tradução do jornalista Jamari França, repórter e crítico de música que trabalhou na revista Manchete nos anos 80, está na praça o livro Woodstock - quarenta anos depois, o festival dia a dia, show a show, contado por quem esteve lá (Agir). "Quem esteve lá" foi Pete Fornatale, radialista, autor de livros sobre música e cultura pop, como The story of rock'n roll e The rock music source book. Fornatale conta como o festival, realizado entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969, por pouco não foi considerado uma calamidade pública e dispersado pela Guarda Nacional. O radialista e escritor entrevistou mais de cem pessoas entre artistas, espectadores e pessoal da produção, Joe Cocker, Joan Baez, Santana... Certamente há muitas versões sobre Woodstock, dependendo do que a testemunha ocular ingeria, fumava, mascava ou bebia na época. Foram três dias de sexo e drogas, 32 shows, lama e chuva. E política. O festival não inventou a oposição à guerra do Vietnão, por exemplo, então uma grande bandeira, mas deu visibilidade e voz à luta pelos direitos civis, ao fim da violência, do individualismo, promoveu um congraçamento racial, coisa que o conservadorismo americano abominava na época, e deixou rolar muita loucura. No seu depoimento, Santana conta: "Eu estava chapado de mescalina porque me disseram que eu só ia tocar às duas da manhã. Assim que tomei o lance e comecei a pirar, subimos, eram duas da tarde". E, mesmo assim ou por isso, foi a performance de Santana em Soul Sacrifice que o tornou famoso naquela tarde. E quem não se lembra da recriação gritada de Joe Cocker para With a Little Help from my Friend, de Lennon e McCartney, até hoje apontada como uma espécie de logotipo sonoro e hipnótico de Woodstock. (Nas reproduções, imagens de divulgação: a capa do livro e fotos de Santana e Joe Cocker, da Warner Bros.)

2 comentários:

Eliane Furtado disse...

Jamari estou comigo na Puc. Nunca encontrei com ele na Manchete. Uma pena.
Talentoso ele. Muito.
Boa quarta para todos.

Eliane Furtado disse...

O verbo é "estudou" Acordei na madruga e os olhinhos estão confusos.