quinta-feira, 30 de julho de 2009

Indiferença...

Será? Deu no New York Times: George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como revisor numa firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 funcionários. Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana.. O seu chefe, Elliot Wachiaski, disse: 'O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho.' A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias, depois de um ataque cardíaco.

4 comentários:

debarros disse...

Imagina gonça, que morte esse cara teve. Morrer sem chamar a atenção de ninguem, principalmente daqueles que estão ao seu lado, trabalhando? Imagina, morrer numa cama, de madrugada, ao lado de uma mulher que só vai perceber que o cara morreu tres dias e tres noites depois? Isso quer dizer que a indiferença. que as pessoas tem em relação as outras, até mesmo a pessoas amadas é uma constante na vida. Acho que nem Freud explica.. Explica????

Maria Alice disse...

as pessoas estão muito voltadas pra si mesmo, não olham pro lado, não vêem niguém, nem mesmo a morte ... será que ele gostava de fazer as coisas sozinho? Ou esperou em vão que alguem se preocupasse com ele, ou lhe desse uma palavra de carinho ... talvez se isso tivesse acontecido, ele ainda estaria vivo.

Fatos & Fotos disse...

nas grandes cidades, é crescente a indiferença. Acredito que a violência leva à desconfiança que leva as pessoas a se fecharem cada vez mais nos seus mundos e interesses. Nos anos 60/70, havia um sentido ou pelo menos tentativas nesse caminho de ações coletivas. A filosofia hoje soterrada dos kibbutzs, fazendas comunitárias,o ideal do movimento cooperativista, até mesmo a ideologia beatnik e hippie. Diz-se que os anos 80/90 foram as décadas do individualismo, do deus mercado, do salve-se quem puder. A história acima que circula na internet é um triste retrato disso. Outras, semelhantes, anônimas, acontecem a cada momento.

Mariana disse...

triste...