Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
A última chance de Neymar
por Niko Bolontrin
Um olhada em jornais esportivos europeus mostra que o interesse na volta de Neymar ao Santos é mínimo e geralmente cauteloso. Ninguém dúvida mas ninguém avança em previsões sobre a real capacidade do jogador atuar em alto nível. Craque é, mas terá resistência física para exercer técnica e talento?
A mídia brasileira parece acreditar. Canais nas redes sociais vibram e vários dão sinais de impulsão encomendada. Um ex-jogador chegou a viralizar uma "informação": um time da Premier League teria colocado na mesa uma proposta para levar Neymar. Não apareceu. Nem mesmo Miami sinalizou qualquer interesse.
Tudo isso indica que os próximos seis meses no Santos definirão o futuro de Neymar em termos de desempenho e imagem. Seis meses é exatamente a duração do contrato. Os números alcançados em campo dirão ou não se o Neymar voltou. Se mostrar resistência e confiança certamente atrairá interesses. Em paralelo, um retorno à seleção brasileira também a vitrine.que ele precisa. Sabe-se que Neymar buscou propostas de times que jogarão o mundial da FIFA nos Estados Unidos. Esse seria um display ainda mais vistoso, mas não aconteceu. Então, boa sorte para ele no Peixe e no trem ainda sem rumo de Dorival Júnior.
Trump joga War no Salão Oval
Por ordem de Trump Google passa a nomear o Golfo do México como Golfo da América. Isso, por enquanto, apenas para visualização dos usuários estadunidenses. Nos planos do desvairado, virão Oceano da América no lugar do Atlântico, Cataratas da América em vez de Niágara. O oligarca da Casa Branca administra o país como se jogasse War.
O clone de Trump
O bufão Milei vai construir cercas na fronteira da Argentina com o Brasil. Deve ser para impedir os hermanos de virem para Búzios e Camboriú.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Pela primeira vez a Lua é incluída pela WMF em lista de patrimônios mundiais em risco
Neil Armstrong já morreu, mas ele e outros astronautas deixaram 96 sacos resíduos orgânicos na Lua. Foto NASA |
por José Esmeraldo Gonçalves
A Lua acaba de ser incluída na lista de patrimônios mundiais ameaçados. A organização WMF (Fundo Mundial de Monumentos justifica a medida ao constatar que o satélite natural da Terra - tanto o meio ambiente local quanto os sítios históricos - está em risco. A pegada de Neil Armstrong, por exemplo, é uma dessas marcas memoriais de valor cultural. A sucata que sobrou dos módulos lunares, além de veículos dos astronautas (os pequenos "jipes"), robôs e sondas está espalhada na superfície lunar. Tudo junto soma mais de 180 toneladas, segundo a NASA admite. É lixo espacial, sim, mas tem significado histórico. A WMF teme que a retomada das missões tripuladas anunciadas por empresas privadas norte-americanas e países como China e Índia comprometa o acervo da exporação lunar. Estima-se que equipamentes e objetos largado na superfície lunar alcancem cifras de milhões dse dólares. Empresários como Elon Musk demonstram interesse nesse "tesouro". E não se pode ignorar a perspectiva de que, em alguns anos, o turismo espacial se consolide. Turistas costumam arrecadar lembrancinhas por onde passam. Devem ser alertados que em meio a colecionáveis há na Lua um item inusitado da época das missões tripuladas: a Apollo deixou lá 96 sacos com conteúdo orgânico. Isso mesmo, ao lado da famosa placa fixada pelos astronautas ("Por toda a humanidasde, nós viemos em paz"), os terráqueos presentearam possíveis visitantes extraterrestres com cocô e urina.
A iniciativa da WMF tem um objetivo em paralelo à questão ambiental. O predator Elon Musk, que já enviou ao espaço um carro Tesla, pode ter planos inacreditáveis. Por exemplo, levar à Lua um estátua de Hitler, do qual é um admirador, construir um condomínio para trilionaários no Mar da Tranquilidade ou, quem sabe, implantar uma usina nuclear para iluminar a face oculta da Lua. Não duvide, Musk já sequestrou até as estrelas. Experimente olhar para cima em uma noite clara, sem nuvens. Um belo céu estrelado? Não exatamente. Aquelas fileiras de luzes que parecem "constelações" ainda não nomeadas por astrônomos são os milhares de satélites estacionários da Starlink em uma altitude de 500 km. Além de poluir o visial estelar, a "constelação" de Musk tem outro problema. Periodicamente, os técnicos do magnata têm que derrubar satélites queimados, quase sempre danificados pela radiação solar. Diz a Stasrlink que essas quedas são "controladas". Mas se até os foguetes da empresa explodem no ar... vai saber.
domingo, 26 de janeiro de 2025
Oscar 1960 - O Brasil esteve lá. O filme Orfeu Negro foi premiado mas a França levou a estatueta
por Ed Sá
No momento em que o Brasil comemora a histórica performance de "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, indicado ao Oscar nas categorias Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, vale lembrar o feito igualmente épico de "Orfeu Negro". Lançada em 1959, a coprodução francesa, italiana e brasileira dirigida por Marcel Camus ganhou o Oscar 1960 de Melhor Filme Estrangeiro. Embora falado em português, com elenco quase todo formado por atores e arrizes brasileiros, baseado na peça "Orfeu da Conceição ", de Vinícius de Moraes, com trilha sonora de Tom Jobim e Luis Bonfá, além de canções de Vinicius e Antonio Maria (o cantor Agostinho dos Santos interpetrou a célebre "Manhã de Carnaval"), filmado no Brasil , "Orfeu Negro" foi inscrito pela França, que levou a estatueta. Vinícius se inspirou no mito grego de Orfeu e Eurídice e ambientou a trama em uma favela carioca.
O filme de Camus foi também a primeira produção em lingua portuguesa a vencer o Oscar. Um pouco antes, em 1959, ganhou também a Palma de Ouro, em Cannes. No elenco, Breno Mello como Orfeu, a norte-americana Marpessa Dawn como Eurídice, Lourdes de Oliveira, Léa Garcia, Adhemar Ferreira da Silva, Alexandre Constantino, Waldir de Souza, Chico Bôto, Jorge dos Santos,Tião Macalé e |Cartola.
sábado, 18 de janeiro de 2025
Os saraus da Ceres: patrimônio imaterial da República de Ipanema • Por Roberto Muggiati
Ceres Feijó. Ao fundo, pintura de Ana Maria Maiolino |
Uma vista da mesa do pato, com as amendoeiras à janela. Fotos Theca Vasques |
Começo do começo, por um casal corajoso: Ceres Feijó e Flávio de Aquino, que deixaram seus cônjuges para formar uma união eterna – ela com três filhos, ele com quatro. Um casal com um dom genial para compartilhar sua alegria de viver com uma seleta legião de amigos. Eu os conheci na Manchete em 1966 e, depois de uma temporada na Veja em São Paulo, aprofundei meu relacionamento com o Flávio na redação do EleEla, um antro de intelectuais, dirigido pelo escritor Carlos Heitor Cony. Enquanto “revista masculina”, entregávamos muito pouco ao leitor, ou quase nada: o que o Cony chamava de “mulherio” de nossas páginas coloridas eram fotos da franquia alemã da revista Jasmin, robustas valquírias de biquínis largões, pois na época toda nudez era castigada pela ditadura militar. Procurávamos valorizar nossa edição mensal com matérias inteligentes e sofisticadas: Mário Pontes com seus achados literários, Paulo Perdigão com as últimas novidades de Hollywood, Cinecittà e adjacências, Flávio der Aquino com sua fabulosa erudição em artes plásticas (lembro de um texto seu sobre a Vênus de Willendorf com suas nádegas e seios fartos) e eu tentando contestar o Sistema com o rock e a contracultura, depois do AI-5, ficou totalmente proibido escrever sobre política. O próprio Cony – nas generosas sobras de tempo do fechamento – escreveu ali o romance Pilatos, que considerava sua obra mais criativa e transgressora.
Em 1978, editor da Manchete, pedi ao Flávio que escrevesse uma série sobre a História dos Papas. O tema se tornara atualíssimo com a morte de Paulo VI e a primeira eleição no Vaticano em 15 anos. E ganhou ainda mais força quando o sucessor, João Paulo I, morreu misteriosamente após apenas 33 dias de pontificado, o que levou a uma nova eleição, a do polonês Karol Wojtyla. Flávio ficou tão satisfeito com a publicação que ofereceu um jantar comemorativo no seu apartamento da Rua Alberto de Campos, em Ipanema, perto da Lagoa.
Muggiati, com o filho Roberto, Ceres, Flávio de Aquino, Burle Marx e Zulema Rida. Fotos de Lena Muggiati. |
O bom Flávio sofria de insuficiência renal e submetia-se a sessões regulares de hemodiálise. Nosso último encontro memorável foi uma viagem ao sítio de Burle Marx em Guaratiba. Flávio escreveria uma grande matéria sobre o paisagista, minha mulher Lena faria as fotos. Marx fez questão de nos levar para ver as molduras de portas e janelas de pedra de cantaria que havia comprado de um prédio demolido no centro do Rio. As preciosidades estavam numa parte elevada do terreno. Na descida, debilitado pela doença, Flávio chegou atrasado à biblioteca, onde Burle Marx tocava uma peça barroca num antigo harmônio de igreja. Mirou um convidativo sofá de couro e desabou sobre ele com todo o seu peso. Do couro ressecado, cheio de furos, jorrou um jato de pequenas penas brancas do enchimento, que se chocaram contra o teto e caíram lenta e silenciosamente como neve ao som de uma fuga de Bach. Fellini puro!
Os anfitriões lendários de Ipanema eram o casal Guguta e Darwin Brandão, encastelados no seu apartamento da Rua Redentor, até a morte dele, em 1978. Flávio, o florianopolitano de alma carioca, também nos deixou, em 1987, no dia de São Sebastião. Passado o luto, a discreta Ceres começaria a empunhar o facho dos Brandão, com seu talento natural para a arte de receber. Em sua agenda anual destacavam-se duas datas: a feijoada do seu aniversário, no sábado mais próximo do 28 de julho; e o pato com lentilhas do Ano Novo. Simbolismos não faltam aqui: as lentilhas remetem à prosperidade e fartura. E Ceres na mitologia é a deusa da agricultura, vem dela a palavra cereal.
Lembro-me de meus primeiros patos, no início dos anos 2000, na cobertura da Visconde de Pirajá, acessada por uma escada em espiral. Você tomava o elevador até o sexto andar, abria a porta e se via enclausurado num cubículo retangular forrado de espelhos, a única saída era escalar os três metros da pesada escada de madeira em caracol. A subida até que era fácil. A descida, difícil – quase impossível para alguns – depois de umas e muitas outras... Ao entrar no apartamento, você respirava o clima de montanha do ar condicionado e os aromas convidativos que recendiam da cozinha. Mas, antes do pato, o papo, noblesse oblige. Ele rolava, animado pelo reencontro de velhas amizades e pelo nascimento de novas amizades, estimulado pelos melhores vinhos e uísques.
Da rica entourage, devo esquecer alguns nomes, mas vou me esforçar para lembrar. Em certa ocasião, um décimo da Academia Brasileira de Letras estava presente: Cícero Sandroni, Ferreira Gullar, Zuenir Ventura (e sua primeira-dama Mary) e Ana Maria Machado, então presidente da ABL. A pintora Marília Kranz – a misteriosa Madame K das degustações do crítico de gastronomia Apicius – era assídua. O crítico de teatro e cinema Wilson Cunha e o dramaturgo e autor de musicais Flávio Marinho também, quando não estavam de férias na Europa. O mestre do design Karlheinz Bergmüller era outro dos comensais, ex-colega de Flávio como professor da pioneira Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) carioca, casado com a ex-fotógrafa Zulema Rida, mãe (do primeiro casamento) de Júlia Pentagna. Júlia casou com o cônsul da Alemanha no Rio, Michael Geier. Amigo da Intelligentsia esquerdista e simpatizante do PT nos seus prolegômenos, Michael prodigalizava viagens oficiais à Alemanha para seus amigos, de A[quino] a Z[iraldo]. Fui incluído na lista em fevereiro de 1979, com minha mulher, Lena Muggiati, fotógrafa de Manchete. Visitei as principais revistas semanais do país: Stern e Der Spiegel em Hamburgo, Bunte Illustrierte em Offenburg, Quick e Bravo em Munique. Fomos também a Berlim, com direito a um concerto da lendária Philarmoniker. Michael Geier, que, depois do Rio, serviu em rincões remotos como Ouagadougou, capital de Burkina Faso, se aposentou com brilho, como embaixador da República Federal da Alemanha em Roma e passou a morar em Berlim com Júlia. Esporadicamente, o casal veio ao Brasil, dando o ar de sua graça na casa da Ceres.
Nos últimos anos, o endereço da festa mudou: um belo apartamento de cobertura na Saddock de Sá, sombreado na frente pelas verdes copas das amendoeiras e, na varanda traseira, com uma vista deslumbrante da Lagoa Rodrigo de Freitas. Foi nesse novo cenário que reencontrei Beatriz, ex-Sra. Fernando Sabino quando ele era, em 1964, o Adido Cultural do Brasil em Londres e eu trabalhava no Serviço Brasileiro da BBC. Sabino e eu formávamos, com o jornalista Narceu de Almeida, os Três Mosqueteiros do Ronnie Scott’s Jazz Club, assistindo a shows memoráveis do pianista Bill Evans e do saxofonista Stan Getz.
O Pato do Jubileu • Compareci ao pato deste ano na companhia de minha agente literária, Thereza Cavalcanti Vasques, que veio de São Paulo passar o réveillon no Rio e combinar a minha agenda de compromissos para 2025. Senti a falta de meu colega bolsista de jornalismo na França Zuenir Ventura, teria feito forfait por problemas de mobilidade. A gravurista Teresa Miranda, 96 anos, estava lá, lépida e fagueira. Guguta Brandão, aos 87, esbanjava jovialidade, como nos tempos em que recebia na Rua Redentor. Karlheinz Bergmüller, 96 anos, era esperado, mas não apareceu, talvez ainda estivesse pegando umas ondas na praia. Com certeza vai dar as caras no Pato de 2026. Dos filhos da Ceres, Quinca, com o marido Noronha, e Nando, com a namorada Verônica, prestigiavam a festa, assim como os filhos de Flávio de Aquino, Maria Helena e Roberto, que concilia miraculosamente as funções de funcionário da Receita Federal e percussionista de escola de samba. Conversei muito com Rosa Freire D’Aguiar, viúva de Celso Furtado e correspondente da Manchete em Paris nos anos 1970, recém-premiada pelo Jabuti por seu livro Sempre Paris. Atualmente ela traduz com Mário Sérgio Conti Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust. Perguntei a Rosa como se pode traduzir uma obra que começa com uma frase intraduzível: “Longtemps, je me suis couché de bonne heure”.
Ano que vem, muitos de nós estaremos de novo reunidos no sarau da Ceres. Esta história daria um belo filme. Eu o chamaria A um pato da eternidade.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Suécia já deu cartão vermelho ao VAR. Agora a Noruega quer acabar com a verificação eletrônica que só traz confusão para o jogo
No jornal português Público, edição de hoje, matéria sobre times da Noruega que se unem para acabar com o VAR nos jogos de futebol no país. Noruegueses alegam que a checagem eletrônica foi idealizada para aperfeiçoar as arbitragens. Ao contrário do previsto veio para confundir e despertar suspeição.
Imaginem se os noruegueses conhecessem o VAR brasileiro, um foco frequente de confusões e desconfiança. Os times noruegueses ainda se queixam que pagam por algo que prejudica o futebol.
A Suécia já deu cartão vermelho ao VAR há muito tempo.
No Brasil a estrutura de verificação digital custa uma fortuna, empresas faturam em cima da geringonça e dificilmente o lobby instalado vai abrir não da bocaça.
Boquita presidencial - Responda rápido: quem inspirou quem?
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Musk quer mesa no Salão Oval
A capa da New Yorker com data de 20 de janeiro, dia da posse de Donald Trump, antecipa uma competição de egos que promete transformar a Casa Branca em um octógono de UFC. De um lado Donald Trump, do outro Elon Musk, o "czar" a quem o presidente eleito delegou podres poderes. Musk não vai aceitar papel de figurante. Desde que seu nome foi anunciado para "reorganizar os Estados Unidos" e torná-lo uma "corporação" eficiente, ele circula em Washington como se pisasse em tapete vermelho o tempo todo.
A ilustração da New Yorker manda a mensagem: Trump está de olho.
Bolsonaro tem representante no BBB 25
Reprodução X
por Ed Sá
Viralizam nas redes sociais fotos do ex-atleta Diego Hypolito em momentos "fofos" ao lado de Bolsonaro e Michelle. Independentemente de qualquer coisa, ele entra na casa já com torcida dividida, no mínimo. Diego não pode reclamar. A cena bozotoca de sorrisos e afetos tem um preço. Provavelmente, ele agradecia o que Bolsonaro não fez pelo esporte.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
domingo, 12 de janeiro de 2025
Comentaristas de economia de correm sério risco de morrer de susto
por Flávio Sépia
A reprodução acima é apenas um dos exemplos que registram as previsões erradas dos chamados "especialistas" em qualquer coisa. São profissionais convidados pela mídia onde lançam toda a empáfia sobre temas diversos: finanças, inflação, mercado, geração de emprego, PIB, futebol, turismo, renda do trabalhador, serviços etc.
Os "especialistas" se surpeendem tanto com as suas próprias previsões que a qualquer hora terão síncopes em série. Economistas, cientistas políticos e comentaristas de geopolítica tombaram grogues de sustos. Os jornalões adoram ouví-los. Quanto os números reais vêm melhores do que esperado invariavelmente admitem que são acometidos de pânico com as estatísticas reais fora das suas métricas de mercado especulativo. Claro que não são motivados pela ciência mas pela política.
Embora tenham errado previsões para 2023 e 2024, os trêfegos "especialistas" estão em campo para anunciar que 2025 vai ser uma mer4a. Como têm sofrido tantos choques emocionais, é recomendável que façam eletrocardiograma, que examinem as carótidas entupidas, que aproveitem o começo do ano para esquiar na Europa e que visitem as Bahamas para ver como anda o saldo nas contas secretas. Façam isso porque tomaram muitos sustos em 2025.
Fogo nos imigrantes
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
domingo, 5 de janeiro de 2025
sábado, 4 de janeiro de 2025
Virou piada - 2025 começa entre o ridículo e o bizarro. Basta dizer que o hit desse verão é " Nóis vai descer pra BC"
Parece um reality com roteiro medíocre. É impossível prever como será 2025. Por enquanto neste início, o ano dá sinais de que será bizarro. Vejam os primeiros sintomas:
* Janaína Lima, vereadora de direita do PP, não foi reeleita para a Câmara Municipal de São Paulo e mandou retirar privada e pia que, diz ela, foram instaladas com "recursos próprios". O vereador e ex-BBB Adrilles, que assumiu o gabinete desfalcado de vaso sanitário, ficou temporariamente impedido de evacuar no recinto. Provavelmente fez coligação sanitária com a bancada dos com- oanheiro. Janaína, que recebeu descargas de críticas, devolveu as peças sequestradas.
* Outra crise fecal aconteceu em um voo da Air France Paris-Rio após a virada do ano. O avião fez uma escala não prevista em Fortaleza porque um passageiro fez "uso excessivo" do banheiro. Não se sabe o que o indivíduo comeu, mas ele foi capaz de sobrecarregar o sistema de contenção dos resíduos.
* O cantor sertanejo Gusttavo Lima procura partido para se candidatar a presidente em 2026. Bolsonarista fanático, ele passou a ser considerado "traidor" pelos adeptos de Jair Bolsonaro que, apesar do impedimento legal, se diz presidenciável para 2026. As redes sociais se dividiram entre chamar Gusttavo Lima de "o novo padre Kelman", achar que é jogada para aparecer, estratégia política da extrema direita que deve escalar vários candidatos para somar votos no primeiro turno e outras especulações.
* A próxima campanha eleitoral deverá ser recordista em candidaturas de influencers, coachs, e "laranjas" de organizações criminosas.
* Um dos processos menos graves a que Donald Trump responde chega ao fim e magnata corre risco de pagar multa e cumprir 10 dias de prisão antes mesmo da posse.
* A oposição planeja abrir várias CPIs para paralisar o governo Lula. Mídia de direita e o mercado transformarão cada uma delas em "crise" na bolsa, na cotação do dólar etc. Isso é tática de bandido e não de parlamentares sérios.
* A ex-atriz e atual extremista religiosa e ideológica Cassia Kiss agora ataca em público jovens que usam biquíni. A ex-atriz agrediu verbalmente uma menina que usava a parte superior do biquíni ao fazer compras em um supermercado. Cássia desconhece que está no Rio, que confunde com Cabul. Bolsonarismo associado a fanatismo religioso é doença. As redes sociais acham que a "irmã" Cássia andava sumida porque estava no Afeganistão fazendo estágio de como ministrar opressão religiosa em praça pública.
* O primeiro sucesso musical do ano tem a cara desses tempos. "Nóis vai descer, descer pra BC". O clipe de Breno e Matheus está estourado nas redes sociais e no streamings da vida. É hit de verão e tem chance de se tornar hino da praia mais brega do Brasil. BC aí não e Branco Central, refere-se ao reduto dos novos ricos e assemelhados, Balneário de Camboriú, a "Dubai" nacional e bolsonarista. Dizem os críticos que BC deveria construir um monumento à lavagem de dinheiro. Seria uma wash machine gigante cercada de ricaços do agronegócio.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Desengaveta, Congresso! O ano já virou e a proposta de lei para regular a internet continua barrada pela extrema direita.
Segundo o site de checagem Aos Fatos, em cada 10 anúncios sobre saúde veiculados em grandes portais de notícias do Brasil, nove são enganosos.
E a gangue da extrema direita brasileira ainda tenta impedir a regulação da internet. Excelências, o que acontece no mundo virtual tem impacto na vida real. Essa cascata de anúncios falsos, especialmente tratando-se de saúde, pode matar. E esse é apenas um dos exemplos da terra sem lei no ambiente virtual.
A proposta de criação da Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet em trâmite no Congresso Nacional tem sido barrada por bolsonaristas, eles mesmos produtores em massa de fake news. Uma delas espalha uma fake preferida dos meliantes: a regulação vai interferir na liberdade de expressão. Não passa nem perto disso.
Bom andar rápido porque a IA é um instrumento que em teclados errados vai botar pra quebrar. A democracia pode ser a maior vítima.
domingo, 29 de dezembro de 2024
Previsões de Allan Richard Way II - 2025? Tem mas acabou
Allan Richard Way II diz que 2025 é um ano que nem deveria começar. O problema, ele garante, é o enredo repetitivo somado ao elenco monótono que desempenha papel medíocre. As eleições estão previstas para 2026, mas só se falará nisso em 2025.
Confira alguns tópicos enviados pelo vidente. Se você procura boa notícia, tire as crianças da sala ou não leia essas previsões, aqui não tem auto ajuda, só perrengue . Confira.
* O mercado de criptomoedas continuará crescendo, mas dará sustos nos investidores. Em duas ocasiões muita gente perderá dinheiro virtual em 2025..
* Cantor sertanejo morre em acidente de carro.
* Um grande ídolo da canção brasileira sofrerá um infarto fulminante.
* Acidente aéreo no Sudeste enlutará o Brasil.
* Times brasileiros fracassarão no Mundial de clubes da FIFA realizado nos Estados Unidos.
* Donald Trump mobilizará estados para proibir o aborto nos Estados Unidos sob qualquer circunstância.
* O Palmeiras será campeão brasileiro. O Flamengo vice. O Fortaleza terceiro lugar, São Paulo em quarto, Corinthians em sexto. Bahia, sétimo, Internacional, oitavo.
* Um caso de traição conjugal vai abalar a cúpula e a cópula de elemento da extrema direita brasileira.
* Crise na Alemanha contaminará outros países europeus. Manifestações nas principais capitais agitarão a política no continente ao longo dos anos.
* Um vírus de origem desconhecida dizima os influencers brasileiros. Não há vacina para o mal, mas eles lotam aviões rumo a Orlando em busca de tratamento.
* Um vírus de origem desconhecida extermina os coachs brasileiros. A população sugere que o governo os isole na Ilha da Trindade.
* Um vírus de origem desconhecida fará a turma do stand up mudar para espetáculos "sitting".
* Em 2025 o ex-presidente de Câmara, Arthur Lira entrará na lista de bilionários da Forbes. Alagoas decretará feriado de uma semana para homenagear o filho ilustre.
* A polêmica Jojo Todynho, que estuda advocacia e é a nova musa da extrema direita do Rio de Janeiro, anuncia que em 2025 fará estágio em gabinete de juíza. A jurista vem aí.
* Depois de mudar letra de canção em acesso de intolerância religiosa, Claudia Leitte, fervorosa fundamentalista evangélica, pode estar sem saber o que vai fazer no próximo carnaval da Bahia. Como se sabe, ela substituiu Iemanjá, a Orixá da religião Yorubá, por Yeshua (Jesus) em letra de canção para evitar citar a entidade do candomblé. No próximo carnaval baiano, a cantora não poderá falar acarajé, nem abadá, nem cuíca, nem dendê, nem vatapá, nem pirão, bobó, zabumba, batucada, não pode pedir um cafuné, nem falar que vai na quitanda, não deverá cantar samba, nem comer jiló, não poderá usar tanga... Essas palavras são todas de origem africana e a maioria tem a ver com religiões de matriz africana. A essa altura, Cláudia Leitte deve estar cogitando incluir no trio elétrico um consultor de preconceito religioso para providenciar substituição "cristã" de todos os termos afros.
* É possível que em 2025, a Cãmara dos Deputados crie as emendas "Meu uisquinho", "O Ford Ranger Raptor do papai", "Miami lá vou eu", "Jatinho da Família", "Show de Gustavo Lima no aniversáro da vovó", "Meu touro de raça", "A vaca lá de casa", "Fundo Beneficente Braga Neto, Festa no ap no Balneário Camboriú", "Chá revelação de Damares"e "Jóias para o nosso líder". É para atender o STF e mostrar a destinação do capilé.
* Elon Musk vai convencer Donald Trump a implantar no cérebro um chip mais avançado do que o seu próprio dispositivo microeletrônico. Trump desenvolverá habilidades para identificar imigrantes ilegais em um raio de 300km e poderá se atualizar em 3D sobre a Melania Trump, cujas atividades extra Salão Oval ele desconhece há muitos anos.
* Trump, aliás, será configurado para jogar WAR na vida real. Ele conquistará Panamá, Venezuela, Groelândia, Canadá, Vaticano, os paraísos fiscais Bahamas, Mônaco, Uruguai e será sócio de Milei na concessionárias que administrará a Argentina privatizada.
* Trump virá ao Brasil para avaliar pedido feito por Jair Bolsonaro e seus filhos. O clã Bozo quer que Trump transforme o Brasil no 52 º estado estadunidense.
* Ronaldo Fenômeno não realizará ainda seu sonho de presidir a CBF.
* Filme "Ainda estou aqui" poderá concorrer em duas categorias do Oscar. Ganhará uma estatueta.
* Depois de legalizar as emendas, Câmara dos Deputados tornará constitucional a chamada raspadinha em níveis federal, estadual e municipal. Modalidade será administrada por inteligência artificial.
* Em 2025, Neymar reconhecerá a paternidade de mais três filhos.
* Desabamento de prédio deixa dezenas de vítimas A indicação é imprecisa, segundo o vidente não é possível antever o local da tragédia.
* Bolsonaristas acreditam que Trump decretará sanções contra o Brasil caso Bolsonaro não seja liberado para concorrer à Presidência em 2026.
* Pastor acusado de pedofilia se diz inocente e culpa "algorítmos plantados pelo demônio".
* Guerra na Ucrânia não terminará em 2025. Israel continuará em guerra na Palestina, Líbano, Síria e Iémen. A alegação é que a paz custará empregos na indústria armamentista.
*O conflito Afeganistão-Paquistão escalará em intensidade.
* Morre um ex-beatle.
* Turista erra caminho e é baleado em entrada de favela no Rio de Janeiro.
* Chega ao Brasil a centésima "nova cepa" da Covid.
* Na falta do que privatizar na Argentina, Milei privatiza seu bem mais querido: a irmã.
* Trump invadirá a Groelândia e, em seguida, tomará a cidade de Governador Valadares para deter futuros imigrantes.
* "Minha colega a vidente Baba Venga - diz Allan Richard Way II - afirma que o "fim dos tempos começará em 2025". O primeira sinal do Apocalipse até que não será tão terrível: um ataque cibernético destruirá todas as cópias de música sertaneja que circulam nos bancos virtuais de música.
* Um vulcão tido como extinto entrará em erupção e destruirá todos os quadros de Romero Britto.
* Um tsunami levará no aguaceiro os livros de Olavo de Cavalho, as apostilas restantes do seus "cursos" e o acervo da editora que o lançou no Brasil.
* As calotas polares continuarão derretendo. A inundação decorrente privilegiará certos locais: a redação do Antagonista, a goiabeira onde Damares viu Jesus e todas as gravações do Rogercl Ultrage Bozo serão engolidas pelo aguaceiro.
* Depois dos policiais, médicos do Conselho Federal de Medicina serão obrigados a usar câmeras.
* Militares que prestam serviço em colégios militarizados, também.
* A turma do Banco Central perderá cidadania brasileira. Alguns vão trabalhar no jogo do Tigrinho e em bets.
* Sexólogo denunciará que mulheres estão usando IA para fingir orgasmo.
Democracia em jogo. Para a extrema direita 2025 é o ano do golpe
Matéria da Revista Fórum analisa o golpe em gestação |
por Flávio Sépia
Os indícios estão aí. O Congresso ensaia um figurino semelhante ao enredo do golpe que atingiu Dilma Rousseff.
Os golpistas acreditam que a posse de Donald Trump nos Estados Unidos será o fermento que turbinará o bolo dos insensatos. Mercado, agro e a mídia neoliberal potencializam fatores econômicos, preconizam o caos que não existe. No Legislaticvo, a oposicão deforma propostas fiscais em nome de intresses suspeitos e trava a votação do orçamento. Facções de meliantes chantagistas atuam nos corredores e falam abertamente em impeachment do presidente.
Na vida real do bolso e do emprego do povo, os números são bons, indústria, serviços, consumo e emprego avançam. Isso é minimizado na mídia neoliberal e negado pela tempestades de fake news que inunda as redes sociais. O país assiste a uma revolta dos bolsões corruptos indignados não porque o STF lhes tirou provisoriamente o acesso às tetas que expelem emendas escandalosas, mas por exigir que tais verbas sejam rastreadas, nominadas, fiscalizadas e comprovados seus destinos.
Ainda é possível acreditar que os golpistas não passarão. Resta saber se o povo irá às ruas para defender a democracia ou se aceitará que uma espécie de estilo "PCC" de governar seja entronizado na República.
domingo, 22 de dezembro de 2024
CINEMATECA BRASILEIRA RECUPERA ACERVO DO CINEJORNAL CANAL 100
Camila Boehm, repórter da Agência Brasil, entrega boa notícia: a Cinemateca Brasileira lança projeto de recuperação do acervo do cinejornal Canal 100. Segundo a matéria, os arquivos do Canal 100 reúnem cerca de 21.793 segmentos de notícias, em 8.044 latas, e 15.252 folhas de documentos textuais. Todo esse material está sob guarda da Cinemateca, que é responsável pela preservação. São materiais de imagens positivas em cores e em preto e branco, além de negativos originais de imagem e de som.
As gerações que acompanharam o Canal 100 entre 1057 e 1986, cinejornal criado pelo diretor Carlos Niemeyer, poderão reencontrar momentos épicos do futebol. Para os jovens, será a oportunidade de conhecer peças jornalísticas que revolucionaram o modo visual de cobertura dos jogos de futebol. O acervo do Canal 100 também guarda noticiário político, factual e cultural da época e era exibido em todos os cinemas do Brasil, no início das sessões de cinema.
“O acervo do Canal 100 ficou muito tempo guardado em função de todas as crises da Cinemateca e agora, então, nós estamos com o projeto no Pronac [Programa Nacional de Apoio à Cultura], e já conseguimos captar uma boa parte que nos permitiu iniciar esse processo de verificação do material”, relatou Maria Dora Mourão, diretora geral da Cinemateca.
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Rio fará blackout e silêncio no Réveillon da Praia de Copacabana para "reflexão" da multidão. Deve ser uma última reverência ao celular roubado
por Ed Sá
A empresa que organiza o Réveillon de Copacabana anuncia entre as novidades da virada para 2025 um momento de introspecção para os milhões de cariocas e visitantes. Durante um instante as luzes serão apagadas. O cenógrado Abel Gomes, vice-presidente de criação da SRCOM, que produz o evento, explicou:
“Todos vão ficar alguns segundos no breu, para fazerem uma reflexão. Afinal, é o futuro chegando”.
Arrisco prever que, para o público, o "futuro" vai chegar no escurinho junto com os ladrões de celulares. a
Racismo no futebol feminino: a sexta-feira da vergonha protagonizada pelas jogadoras argentinas
A jogadora Candela Diáz, do River Plate, dirige-se ao gandula brasileiro e imita um macaco. Reprodução Brasil Ladies Cup/You Tube. |
São repetitivas as demonstrações racismo promovidas pelo futebol argentino. De resto, refletem um comportamento usual na maioria da sociedade portenha. Gritos de "monos" e imitação de macacos, além de canções ofensivas são as "armas" adotadas por muitos torcedores, jogadores e jogadoras que de "hermanos" nada têm.
Na última sexta-feira, o abuso racista tomou proporções maiores. Durante o jogo Grêmio e River Plate pela Brasil Ladies Cup, no estádio do Canindé, em São Paulo. A jogadora Candela Diáz imitou um macaco em direção a um dos gandulas. As atletas do Grêmio reagiram em defesa do rapaz. Com o placar de 1X1, uma confusão instaurou-se com as descontroladas jogadoras argentinas tentando agredir o gandula e as adversárias. Em protesto contra a exibição de racismo as jogadoras do Grêmio deixaram o campo. O árbitro expulsou seis jogadoras do River e, com isso, a partida foi encerrada. O Grêmio foi declarado vencedor. Quatro atletas do River foram encaminhadas à delegacia.
Em geral, os racistas argentinos são premiados com a impunidade. No máximo, experimentam o desconforto de passar algumas horas detidos e invariavelmente são liberados por algum juiz para retornarem ao seu país. Em todo caso, ainda bem que o Brasi ainda tem leis contra a discriminação. Infelizmente, a situação deve piorar no caso de racismo cometido durante jogo na Argentins. O governo Milei, de extrema direita, acaba de fechar a única instituição que tentava combater a discriminação e a xenofobia locai. Isso é praticamente um sinal verdepara o racismo. O ponto positivo do triste episódio foi a eliminação do River. Finalmente um time que cometeu racismo foi punido no ato. Deveria ser padrão daqui por diant especialmente para a FIFA, que se limita a fazer "campanhas educativas" e não pune com rigor exemplar os sucessivos episódios de racismo no futebol mundial. .
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Após falhar na tentativa de golpe, a aposta da extrema direita é no caos. Não duvidem, a maioria do Congresso pensa longe e demonstra que será o maior cabo eleitoral de Bolsonaro na campanha para 2026. A inelegibilidade não vai se sustentar
A PF está investigando quadrilhas que espalhadas por vários estados movimentaram a grana das emendas.
Rastreando os dólares aí ostentados pelos bolsonaristas seriam encontrados rastros das famigeradas emendas? Perguntar não ofende.
De resto, o que se vê no Congresso é a campanha eleitoral para 2026. Inelegibilidade de Bolsonaro? alguem acredita? Ora, a PGR sequer apreciou o caso das jóias que o sujeito roubou do patrimônio público? Quando examinará a conspiração militar-bolsonarista para assassinar Lula, Alexandre Moraes e Alckmin?
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Justiça Militar reduz penas de acusados de fuzilar carro que levava família para chá de bebê. O que isso tem a ver com o frango frito de D.João VI ?
por José Esmeraldo Gonçalves
Em 1808, provavelmente enquanto comia uma coxa de frango frita e limpava a gordura que pingava na barriga, D. João VI criou a Justiça Militar.
O pretexto foi manter a disciplina e a hierarquia das tropas. O objetivo verdadeiro era ultrapassar isso e dispor de uma estrutura punitiva a serviço do autoritarismo e com poderes de alcançar civis. A Justiça Militar foi mantida após o fim da Monarquia e foi servil à República. E ganhou ainda mais poderes na ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas como instrumento de perseguiçãos dos opositores políticos do regime. Durante a ditadura de 1964, foi repartição em ordem unida com os generais do Planalto para "julgar" alegados crimes contra o Estado.
Em uma democracia legítima e plena não há lugar para uma "justiça militar". Com o fim das ditaduras na América do Sul, a maioria dos países acabou com esses tribunais que cometeram horrores em uma das mais tristes eras do continente. O Brasil teve a chance de fechar a Justiça Militar durante a elaboração da Constituição de 1988. Apesar dos esforços de muitos constituintes, o lobby armado foi mais forte. Permaneceu como era, inclusive com o poder injustificável de julgar civis.
O Jornal Nacional de ontem trouxe a Justiça Militar ao noticiário mais uma vez relacionada a um capítulo inominável que começou em 7 de abril de 2019. Naquele dia, um domingo, militares do Exército fuzilaram um Fork Ka que transportava uma família. Os 11 soldados e um oficial alegaram depois que procuravam um suposto carro branco roubado por bandidos. O Ford K levava uma família para um chá de bebê era branco. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro foram disparados um total de 257 tiros. destes, 82 projéteis atingiram o veículo e mataram o músico Evaldo dos Santos Rosa e o catador de latinhas Luciano Macedo que se aproximou para socorrer as vítimas. Luciana, mulher de Evaldo, o filho do casal de sete anos e uma amiga não se feriram. No banco do carona estava o sogro de Evaldo, Sérgio Araújo Gonçalves, que foi atingido por dois tiros de fuzil, um deles tendo perfurado o pulmão. Serginho, como era conhecido na Manchete, onde trabalhou como auxiliar administrativo por mais de uma década, foi hospitalizado e sobreviveu. A fuzilaria ficou conhecida como o "Caso dos 80 tiros".
Dois depois do ataque insano dos militares, este blog publicou um post sobre a tragédia. O texto terminava com uma ingênua esperança.
"Que a Justiça se faça e que esse crime absurdo não permaneça impune como tantos outros".
Em 2021, o STM havia condenado os autores da chacina a penas que variaram entre 28 e 31 anos de prisão, mas ontem, por oito votos a seis, o Superior Tribunal Militar julgou recursos dos acusados e decidiu reduzir as penas para três anos de prisão e em regime aberto.
Em entrevista à CBN , a viúva de Evaldo, definiu o julgamento como "horrível e desrespeitoso". E acrecentou ao seu desabafo:
"Ter que ouvir que 257 tiros foram por legítima defesa no carro de uma família de bem... "
Mesmo cansada de buscar justiça, a família de Evaldo ainda avalia entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal contra a redução da pena.
A coxa de frango frito e a gordura banhando os pentelhos de D.João VI assombram o Brasil até hoje.
Intolerância religiosa leva Claudia Leitte a fraudar letra de axé músic
Após se converter a uma denominação evangélica, Claudia Leitte radicalizou na nova fé. A cantora passou a eliminar das letras que canta referências a Orixás e especialmente a Iemanjá. Ironicamente, ela expressou de novo sua intolerância à cultura do povo negro e às religiões de matriz afro exatamente no clima de comemoração dos 40 anos da axé music que a tornou conhecida. A Leitte azedou e Pedro Tourinho, secretário de Cultura de Salvador, lamentou sua atitude. "Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo", manifestou-se ele no Instagram.
Se quiser ser coerente no seu extemismo religioso, Claudia Leitte deve agora eliminar tambores e agogôs e até cortar o axé da sua playlist de shows: orixás estão fortemente presentes no ritmo e na origem do gênero musical baiano. Claudia Leitte vai sair para comer em Salvador? Cuidado. A culinária tradicional é também um legado espiritual africano. E como ela fará quando desfilar no carnaval de Salvador cercada de Filhos de Gandhy, Badauê, Ile Ayê, Araketu e Olodum? Vai descer do carro?
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Norwegian Wood: minhas estantes de bacalhau • Por Roberto Muggiati
O retrofit dos caixotes de bacalhau e... |
...o logotipo gravado nas embalagens de boa madeira norueguesa |
Para ler ao som de Norwegian Wood
Norwegian Wood (This Bird Has Flown) (Remastered 2009)
Em meus quatro anos de Baixo Glicério – deixando para trás 37 anos de casa de vila na Real Grandeza para a diáspora Botafogo-Laranjeiras – construí artesanalmente sessenta estantes a partir de engradados de madeira catados em feiras e mercados e os pintei com todas as cores do arco-íris, nada ideológico tipo LGBTQIAPN+, mas puramente viajando na pluralidade visual.
Na última Páscoa, com a chegada ao bairro de uma Casas Pedro, resolvi dar um upgrade nas minhas estantes. O bacalhau veio acondicionado naqueles caixotes maiores e mais sólidos de madeira norueguesa. Assim que as caixas ficavam vazias, a Casas Pedro fazia questão de se ver livre delas, mas, para os acumuladores como eu, elas representavam um verdadeiro tesouro. Valendo-me de esperteza, da vantagem de morar na vizinhança – e, com um little help da simpática xará Roberta Almeida, minha candidata a Gerente do Ano da Casas Pedro – consegui me apossar de três caixotes, um deles quebrado, mas que forneceu as prateleiras dos outros dois, perfeitamente finalizados por meu factótum do condomínio Parque das Laranjeiras, o grande Marcelo.
Como gosto de agregar sempre uma grife cultural às minhas coisas, lembrei logo do Norwegian Wood dos Beatles. Com o valor adicional de que a canção está vinculada à época em que John Lennon se mudou de Liverpool para Londres e foi morar com Cynthia e o bebê em Emperors Gate. Nossa proximidade era brutal, eu morava em Collingham Gardens, a meros quinhentos metros de John. Acho até que certa vez vi Cynthia passar com Julian num pram, abreviatura de ‘perambulator’, aquelas carruagens de bebê que são a glória do design vitoriano. E foi no apartamento de Emperors Gate que John traiu Cynthia pela primeira vez, com a mulher de um conhecido que morava no mesmo edifício, traição que ele transmigraria na letra da canção Norwegian Wood (This Bird Has Flown): “I once had a girl/Or should I say she once had me/She showed me her room/Isn't it good Norwegian wood?” – a única parceria da dupla famosa em que Paul McCartney não meteu o bedelho e o primeiro raga rock dos Beatles, em que George Harrison trocou a guitarra pela sitar indiana.
Prefeitura do Rio vai construir "templo" de lazer para evangélicos
por Ed Sá
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Memórias da redação: A noite em que mataram John Lennon • Por Roberto Muggiati
Na noite de domingo recebi um e-mail de meu filho, há dezessete anos fora do Brasil e atualmente cidadão de Edimburgo, onde se toma o melhor uísque nacional do mundo, mas ele é viciado em café... No seu laconismo de sempre, o assunto, It was 44 years ago e uma foto anexada, em que fundia seu rosto com o de John Lennon. Parafraseando o verso inicial de Sergeant Peppers’, meu filho aludia à noite de 8 de dezembro de 1980, em que Lennon foi morto a tiros por um fã na portaria do edifício Dakota, onde morava em Nova York.
Aproveitei a deixa para dar a ele informações que – não sei por que – nunca lhe foram passadas e acrescentam muito à sua mitologia pessoal. Escrevi:
“Você lembra onde estava aquela noite? Claro que não – nem poderia. Você estava no ventre da sua mãe. Naquela noite nós voltávamos para casa de uma sessão de cinema, um filme sobre outra figura trágica. Lenny [Bruce]. Tinha caído uma chuva leve e a calçada estava molhada, sua mãe escorregou e caiu, protegendo com as mãos o barrigão de nove meses. Você se dá conta de que correu o risco de juntar-se a Lennon naquela noite? Depois, quando soubemos pela TV da morte de Lennon, sua mãe reparou que meus olhos estavam marejados.
– Está preocupado que meu tombo possa ter afetado nosso filho?
– Não, estou chorando porque o John Lennon morreu.
Meu filho nasceu, lépido e fagueiro, em 29 de dezembro. Completei o e-mail mencionando outro cacoete familiar também ligado aos Beatles. Quando completei 64 anos, em 6 de outubro de 2001, meu filho tocou para mim, do LP Sergeant Peppers, a faixa When I’m Sixty-four, que comenta sobre a velhice (!). Completei a mensagem:
“Dia 29 você vai fazer 44. Está me obrigando a ficar ainda por aí para tocar When I’m Sixty-four pra você daqui a vinte anos...”
Voltando à redação: roubamos metade da melhor capa de Pelé na Manchete para colocar uma chamada sobre a morte de Lennon e editamos na manhã da terça-feira um encarte especial, sem mexer no corpo da revista – já praticamente rodada – e sem atrasar o lançamento nas bancas na manhã de quarta-feira.
Não resisto a escrever um pouco mais sobre o papel do DNA em matéria de gosto musical. E o “meu tipo inesquecível” aqui é o fotógrafo da Manchete Frederico Mendes, a quem o Alberto contemplou com um apelido-de-placa: O Encucadinho. Tivemos o primeiro filho à mesma época: Frederico, o Gabriel; eu, o Roberto. Um dia, num daqueles raros momentos de calmaria na redação, o Frederico se aproxima de mim com aquele seu ar de sofrência e o halo de dúvida hamletiana, e pergunta solenemente:
– Muggiati, você já tem alguma ideia de como vai fazer para o Robertinho gostar dos Beatles?
– Pô, Frederico, sem essa! Um pai tem de deixar que o filho faça suas próprias escolhas! O maior erro seria tentar “fazer a cabeça” dele...
Não só o Roberto, por conta própria, gostou dos Beatles, como me deu uns bons puxões de orelha apontando falhas no livro que publiquei em 1997, A revolução dos Beatles (Ediouro). E tinha então apenas dezesseis anos...
Azucrinado pelas doutrinações paternas, o Gabriel enveredou pelos meandros da alta literatura, estudando e doutorando-se em universidades norte-americanas. Só posso imaginar a decepção do encucado pai.
Encerrando, conto que a preferência maior do meu filho recai sobre o Bob Dylan. Confiram esta estatística: nestes dezessete anos de Europa, morando sucessivamente em Dublin, Milão e Edimburgo, o Roberto já assistiu a umas 50-60 apresentações do único roqueiro agraciado com o Nobel de Literatura. De Oslo a Praga, de Madri a Innsbruck (esse o 3.000º espetáculo da Never Ending Tour) e em três shows triunfais recentes no Royal Albert Hall de Londres.
COMENTÁRIO DE ROBERTO MENDONÇA MUGGIATI
* Faltou uma coincidência: no dia 9 de dezembro de 2009 vi em Arnhem, Holanda, meu primeiro show do Paul McCartney. Ontem, também um 9 de dezembro voltei a vê-lo, em Madri - pela última vez?”
E o Vampiro não ficou para o Nobel... • Por Roberto Muggiati
Não havia escritor com maior bagagem literária para se tornar o primeiro ganhador brasileiro do Prêmio Nobel do que Dalton Trevisan. Isso só não aconteceu porque a Academia Sueca só escolhe candidatos inscritos oficialmente por entidades do seu país. Curitiba – que se autodenominava Cidade Sorriso, mas é também o berço da famigerada Boca Maldita – sempre condenou ao ostracismo seus cidadãos mais bem sucedidos. Dalton sofreu ainda o boicote da velha guarda dos “imortais” por esta frase que publicou no conto-exaltação de 1968 Em busca de Curitiba perdida: “Curitiba, não a da Academia Paranaense de Letras com seus trezentos milhões de imortais, mas a dos bailes no 14, que é a Sociedade Operária Internacional Beneficente O 14 De Janeiro”. E, se dependesse do próprio Dalton, indiferente a prêmios e distinções, aí é que a coisa não andaria mesmo.
Mas, recentemente, com uma Academia Paranaense renovada – acolhendo escritores de destaque como o historiador Laurentino Gomes, autor da trilogia Escravidão – iniciamos uma campanha consistente, Ernani Buchmann e eu, para inscrever o nosso vampiro de estimação ao Nobel de Literatura. O movimento ganhou força a partir do dia 4 de dezembro, quando a jornalista curitibana Isabela França assumiu o cargo de cônsul honorário da Suécia em Curitiba, com jurisdição sobre os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em minha última visita a Curitiba, no início de novembro, discutimos e fizemos planos, entusiasmados com a ideia. Afinal, se o Dalton chegou aos 99, poderia muito bem alcançar os 100 anos. Mas o Vampiro fez forfait, refratário à luz da fama, que sempre o incomodou...
Obrigado, Kubrusly, pela bela parceria • Por Roberto Muggiati
Documentário da Globoplay (Kubrusly – Mistério sempre há de pintar por aí) |
Comoveram-me as imagens de Maurício Kubrusly deixando-se levar pela espuma dos dias na companhia do seu cão numa praia da Bahia. Quando recebeu o diagnóstico de Demência Fronto Temporal (DFT), chegou a pensar em recorrer à morte assistida, como o fez recentemente o poeta Antônio Cícero. “Não tenho mais o que fazer aqui”, falou. Sua mulher, a arquiteta Beatriz Goulart, o demoveu da ideia. Tudo começou quando ele não conseguia mais ler os jornais e esquecia fatos importantes. Aventou-se a possibilidade de Alzheimer, mas depois se confirmou a demência. Com um relacionamento de quase vinte anos em casas separadas, Maurício propôs a Bia morarem juntos. “Estou esquecendo todas as coisas...” Já são sete anos de luta e o casal tem vivido os últimos tempos no sul da Bahia, na placidez de Trancoso. Um pouco dessa história é contado no documentário da Globoplay Kubrusly – Mistério sempre há de pintar por aí.
Mesmo sem ter o physique du rôle, Kubrusly foi o apresentador de TV mais popular do país, do qual revelou facetas pitorescas e desconhecidas no quadro Me Leva, Brasil, ao longo de 17 anos em mais de 300 programas do Fantástico.
O que poucos sabem: antes disso, Maurício Kubrusly, um carioca que migrou para São Paulo, foi o bem sucedido editor da Som Três, referência entre as revistas sobre música no país. O trabalho editorial em Manchete não me impediu de engrenar uma parceria profícua com Kubrusly, que iria muito além de meras resenhas de discos. Escrevi a seu pedido uma História do Rock em fascículos encartados na revista, depois editados num volume único de 200 páginas. E cinco livretos de 13x10cm e 35 páginas cada sobre aspectos do jazz – encartados na Som Três com anúncio do patrocinador na 3ª e 4ª capas (o jornalismo do Kubrusly passava um bolão para a publicidade esperta da Editora Três): Mestres do jazz, O piano no jazz, A estória do blues, O trompete no jazz e O saxofone no jazz.
Da minha parte, reciclei o material descartável da revista para o formato mais perene do livro: A história do rock gerou dois volumes da série Tudo É História, da Brasiliense: Rock: de Elvis à beatlemania [1954-1966] e Rock: da utopia à incerteza [1967-1984], ambos publicados em 1985; e Rock: do sonho ao pesadelo, da L&PM (1984). Já os livrinhos de jazz deram Jazz: uma história em quatro tempos (L&PM, 1985) e Blues: da lama à fama (Editora 34, 1995) – foram cinco volumes ao todo.
Todos os homens são mortais e o Kubrusly já recebeu o seu bilhete azul. Mas as imagens recentes de filmes e reportagens o mostram se divertindo muito, quase em estado de graça. Eu diria que, para ele, a Demência está sendo uma Sala VIP do Céu.
Viralizou! Alguns dos assuntos mais toscos e chatos de 2024
por Ed Sá
*Qualquer coisa sobre Jojo Todinho.
* Malafaia pela obra completa..
* Notícias recorrentes de supostos novos filhos de Neymar.
* Depois de virar tanta notícia, DNA para provar suposto filho de Gugu Liberatto deu negativo.
* Vexame. Filme sobre Silvio Santos, um equívoco cinematográfico.
* TBTs sobre Xuxa, Senna e Adriane Galisteu.
* Desavenças da família real britânica. Enchem o saco e vivem de produzir conteúdo para tablóides ingleses.
* Briga por lugar na janela. O caso do menino birrento, a mãe sem noção e a advogada que expôs vídeo de passageira.
* Família Bolsonaro. Diaristas da família Trump em Mar-a-Lago.
* Influenciers. Simplesmente por existirem.
* Tiago Leifert: sempre que abre a boca ou tecla opiniões bizarras.
* Demétrio Magnoli: por produzir opiniões caóticas e extremistas travestidas de "análise".
* O imbroglio de Gabigol no Flamengo, que durou o ano inteiro.
* A Red Bull dá asas a Max Vestappen, o piloto mais mau caráter que a Fórmula 1 já viu. Detestado no paddock e na pista pelos golpes baixos que pratica e pelo favorecimento que recebe dos organizadores das provas.
* Zelenski e seu uniforme de Chuck Norris, sendo que não dá um tiro sequer.
* Netanyahu. Por ser o sanguinário Netanyahu.
* Trump. O autoritarismo pelo voto.
* Congresso brasileiro. Por ser uma casa que reúne maioria de legisladores que se auto representam e defendem interesses próprios, nunca os da população.
* Desvios de emendas parlamentares. São tantos e impunes que a safadeza "prescreveu" na mídia.
* Caso Ana Hickmann e ex-marido Alexandre. Também já deu. Um ano na mídia...
* Qualquer coisa sobre Yasmin Brunet.
* Tédio: brigas virtuais de fãs de Xuxa e de Adriane Galisteu sobre a a herança sentimental de Ayrton Senna. Sendo que Senna não está nem aí.
sábado, 7 de dezembro de 2024
Trio de ouro: lobbies que são sonho de consumo nas mesas de Brasília
Três lobbies poderosos balançam gavetas em Brasília. Um pressiona para que o governo aumente o número de voos no Santos Dumont prejudicando a recuperação do Galeão, ambos importantes aeroportos do Rio de Janeiro. Outro forte movimento quer a legalização dos cigarros eletrônicos comprovadamente mortais. Uma rica onda que recebe alegres "surfistas" é a da privatização das praias.
Independentemente do que acontece nos gabinetes, os três assuntos estão no cardápio de sucessivos encontros em mesas discretas dos restaurantes da capital.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
Na capa da IstoÉ, Janja, que incomoda os saudosos do laquê das primeiras-damas da ditadura
Comentário do blog - Se não tivesse feito mais nada, Janja guarda o mérito de ter argumentado junto a Lula para não decretar uma GLO em janeiro de 2023. Uma intervenção sob o pretexto de Garantia da Lei e da Ordem era, sabe-se hoje, a chave para a efetivação de um golpe de Estado precisamente no rastro dos atos terroristas na Praça dos Três Poderes no dia 8 de Janeiro. E parte da estrutura próxima a Lula, em, altos cargos, era a favor da GLO do golpe.
Aprenda a identificar jornalistas kids pretos da extrema direita brasileira
por O.V.Pochê
- É exibicionista ideológico. Exibe em público as partes baixas do seu fanatismo.
- É competitivo. Por isso, quando lê um texto de um concorrente radical apressa-se a escrever algo ainda mais extremo.
- Escreve para o patrão. E costuma ligar para saber: "gostou, chefe? Hoje eu estava afiado".
- Quando não tem patrão ou patrocinador, escreve para a bolha de extrema direita. A excitação é quase a mesma.
- Quando é processado por mentir pede Pix aos seguidores para pagar advogado e indenização.
- Deprecia o Brasil mesmo em questões que passam longe da ideologia.
- Geralmente é mal-amado, como as antigas seguidoras de Carlos Lacerda e a exemplo do seu supremo líder.
- Detesta os fatos. Estes, quando verdadeiros e checados, atrapalham suas "análises".
- Consequentemente é atraído por fake news que "sustentam" suas pensatas.
- Chama os Estados Unidos de "América". Bota a mão no lado esquerdo do peito quando ouve o hino da "América".
- Considera Orlando a capital cultural dos Estados Unidos.
- Não nega wet dreams com Musk e Trump.
- Vibra quando Trump ameaça taxar os Brics em 100%. Acha isso politicamente orgásmico.
- Sonha em ver Bolsonaro na posse do Trump. Espera que Trump venha buscá-lo com um pelotão de marines.
- Só não se inscreve para ser mercenário na Ucrânia porque não tem cuecas suficientes.
- Considerando apenas os mega radicais, a facção de jornalistas kids pretos tem representantes nas páginas de opinião do Globo, pelo menos dois, na Folha, vários, no Estadão, idem, no Metrópoles um ensandecido, nos jornais do Sul muitos, na Globo News dois abaixo da linha da ética, na Jovem Pan, todos, nos sites e canais de extrema direita são incontáveis.
- É fácil reconhecê-los. Sempre que analisam denúncias sobre os crimes de Bolosonaro preocupam-se em arranjar argumentos para a linha de defesa do "mito", "mito", "mito".