Mostrando postagens com marcador Léa Garcia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Léa Garcia. Mostrar todas as postagens

domingo, 26 de janeiro de 2025

Oscar 1960 - O Brasil esteve lá. O filme Orfeu Negro foi premiado mas a França levou a estatueta


por Ed Sá

No momento em que o Brasil comemora  a histórica performance de "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, indicado ao Oscar nas categorias Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, vale lembrar o feito igualmente épico de "Orfeu Negro". Lançada em 1959, a coprodução francesa, italiana e brasileira dirigida por Marcel Camus ganhou o Oscar 1960 de Melhor Filme Estrangeiro. Embora falado em português, com elenco quase todo formado por atores e arrizes brasileiros, baseado na peça "Orfeu da Conceição ", de Vinícius de Moraes, com trilha sonora de Tom Jobim e Luis Bonfá, além de canções de Vinicius e Antonio Maria (o cantor Agostinho dos Santos interpetrou a célebre "Manhã de Carnaval"), filmado no Brasil , "Orfeu Negro" foi inscrito pela França, que levou a estatueta. Vinícius se inspirou no mito grego de Orfeu e Eurídice e ambientou a trama em uma favela carioca.

O filme de Camus foi também a primeira produção em lingua portuguesa a vencer o Oscar. Um pouco antes, em 1959, ganhou também a Palma de Ouro, em Cannes. No elenco, Breno Mello como Orfeu, a norte-americana Marpessa Dawn como Eurídice,  Lourdes de Oliveira, Léa Garcia, Adhemar Ferreira da Silva, Alexandre Constantino, Waldir de Souza, Chico Bôto, Jorge dos Santos,Tião Macalé e |Cartola.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Fotomemória da Manchete: a trajetória inconfundível da atriz Léa Garcia



Léa Garcia (à dir.) com Vinicius de Moraes e Breno Melo, em Cannes, 1959

A atriz brasileira aplaudida no Maxim's, Paris



Folha noticia a morte de
Léa Garcia com um "erramos de novo":
a foto é da atriz Jacyra Silva 
A Folha de São Paulo imagina, provavelmente, que todas as negras se parecem. Se enxergassem suas individualidades, o jornalão não teria publicado um foto da atriz Jacyra Silva, que faleceu em 1995, como se fosse a também atriz Léa Garcia, que morreu na última terça-feira.

Léa Garcia teve uma carreira de sucesso no cinema, teatro e TV. A Manchete acompanhou passo a passo a trajetória da atriz e cobriu o festival francês que a consagrou, mas ela frequentou as páginas da revista muito antes de brilhar em Cannes, em 1959, quando o filme francês Orpheu Noir ganhou a Palma de Ouro. E a brasileira ficou em segundo lugar na categoria Melhor Atriz. Simone Signoret, em Almas em Leilão (Room at The Top, no título original) foi a vencedora. No ano seguinte, Orfeu Negro venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. No filme, baseado na peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes e dirigido por Marcel Camus, Léa se destacou no papel de Serafina. Ela estreou nos palcos em 1952, em Rapsódia Negra, produção do Teatro Experimental do Negro e tornou-se conhecida do grande público na novela Escrava Isaura. Ainda na TV, fez, entre outras, as novelas Assim na Terra como no Céu, Minha Doce Namorada, Selva de Pedra, Os Ossos do Barão e Fogo Sobre Terra e Anjo Mau, todas grandes sucesso da Rede Globo. Na Rede Manchete, atuou em Dona Beija, Xica da Silva, Tocaia Grande e Helena. Na sua filmografia, além de Orfeu Negro, estão longas como As Filhas do Vento, Ganga Zumba, A Noiva da Cidade, Quilonbo, Vinicius, 2010 Mon Père (filme belga) e Boca de Ouro. 

Léa Garcia, morreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde participava do 51º Festival de Cinema. Ela seria homenageada com o Troféu Oscarito. A atriz também participaria de uma das próximas novelas da Globo: o remake de Renascer. Um infarto a levou em plena atividade, aos 90 anos. Léa Garcia será velada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro no sábado, 19.