domingo, 18 de dezembro de 2016

Memes "a culpa é da Russia" viralizam na internet



(do Sputnik Brasil )

As redes sociais mundiais estão em polvorosa com uma nova safra de memes para debochar do refrão favorito das autoridades de Washington: “a culpa é dos russos!”








Foto-depressão...


por Omelete

Essa foto aí é praticamente um logotipo do governo ilegítimo de Temer e companhia. Não é fácil reunir sete crianças e nenhuma delas oferecer um único sorrisinho para a câmera.

Vai ver a meninada está conectada nas redes sociais, sabia perfeitamente que estava em terreno pantanoso, e ficou constrangida com a papagaiice de pirata na foto.

Já vi velórios bem mais animados do que esse encontro artificial.

Obviamente, isso aí foi mais uma grosseira invenção dos marqueteiros para "melhor a imagem" de um governicho amplamente rejeitado pelos brasileiros, segundo três pesquisas recentes de diferentes institutos. Da esquerda para a direita: a primeira menina deve estar expressando seu tédio; o garoto uma indignação no olhar; a seguinte parece irônica; a quarta não acredita no que vê; a quinta e a sexta mostram total indiferença.

Crianças costumam não perder a franqueza quando posam ao lados de poderosos de plantão. Na simbologia, essa foto de André Coelho, publicada na primeira página do Globo de ontem, lembra a famosa foto de Guinaldo Nicolayevski, que eternizou a imagem de uma criança que se recusou a cumprimentar o ditador João Figueiredo.


sábado, 17 de dezembro de 2016

Facebook vai vigiar notícias falsas. É mentira, Terta?

por Ed Sá 
Com justificada cautela, o Facebook começará a implantar nos Estados Unidos um projeto-piloto para checagem de notícias falsas que circulam na rede social.  Não será uma tarefa leve. A plataforma fará uma parceria com veículos, como a ABC News e organizações de "fact-checking". Sempre que for flagrada uma mentira, o posto será marcado como 'duvidoso" e o usuário poderá ir a um link que explicará porque a nota não é confiável.

A disseminação de notícias falsas - o Brasil já provou disso em pelo menos três campanhas eleitorais, incluindo a última, para prefeito, especialmente no Rio de Janeiro e São Paulo - chamou a atenção do Facebook só após a recente campanha eleitoral norte-americana quando a luta política na internet foi de foice cibernética.

O problema é que notícias falsas também são geradas pela mídia tradicional que pratica envolvimento político-partidário. Muitos veículos têm conta na plataforma. O Facebook não deixa claro se vai entrar nesse terreno - e, aí, a tarefa será enorme - ou se vigiará apenas os posts pessoais. Páginas oficiais de políticos e de governos municipais, estaduais e federal também geram notícias falsas. Números podem ser manipulados, versões distorcidas etc. No Brasil, houve até casos de vídeos políticos que foram provados falsos mas postados na rede.

Os "fact-checking" do Face vão comprar essas brigas?

Em todo caso, é esperar para ver o projeto em prática.

Donald Trump: "lembra dos meus cabelos? Quanta diferença..."

por O.V.Pochê

Uma questão começa a ser debatida entre os americanos: o custo da tinta para manter na validade a pintura do cabelo de Donald Trump, a partir da sua posse, deverá ser debitado ao contribuinte ou classificado como despesa pessoal?

Não se sabe se ele usa a Blondme, Christophe Robin, Hot Huez, Grayban, Tectaly ou alguma mistura sofisticada especialmente preparada.

Reprodução Instagram
Trump no começo da carreira tinha cabelos castanhos claros, mas começou a realçar o louro antes mesmo de surgirem os cabelos brancos. Queria parecer "mais americano".

Hoje, além disso, a tintura é uma maneira de disfarçar as vésperas dos 71 anos. Trump tem pavor de ficar careca. Gasta muito com tratamento capilar permanente.

Os americanos perguntam se os cuidados crônicos com o visual serão parte da verba pública de representação.


Reprodução
O presidente eleito não é um careca clássico, mas perdeu cabelos no alto da testa, daí a fixação na franja. E ele tem "entradas" bem acentuadas nas linhas laterais que avançam a partir da fronte, em ambos os lados. São "estradas" desbravadas que levam às profundezas do couro cabeludo.

Seja qual for a opinião majoritária dos contribuintes sobre os gastos com o visual de Trump, o fato é que, a partir da posse, o problema deverá ser do Estado. Presidentes têm direito a verba de representação. E a tinta está incluída nisso, já que Trump a considera fundamental.

Outra consequência: talvez os horários do presidente eleito para compromisso não possam ser tão rígidos. Trump leva um tempinho arrumando a franja principalmente para deixá-la "casual", como se não tivesse sido cuidadosamente delineada com um tipo de laquê vintage.

Reprodução
E, quase sempre, ao embarcar em helicópteros, uma assessora leva à mão e oferece ao chefe um boné para que ele passe sob as pás da aeronave sem que isso seja catastrófico para a franja. A segurança também deverá ser instruída para não permitir a presença de fotógrafos muito próximos de Trump no caso de solenidades ao ar livre em dia de ventanias. O verdadeira extensão da testa do presidente eleito será um espécie de top secret oficial.

A vaidade de Trump não chega a ser uma má notícia. Quanto mais tempo ele gastar com o cabelo, menos disponibilidade terá para apertar o botão vermelho da bomba A contra o México. Ou China, Cuba, Coréia do Norte, Irã e até o Vietnã se alguém não o alertar de que Ho Chi Minh e o general Giap já morreram e a guerra contra os 'v.c' acabou há muito tempo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Tem fogo aí?


Essa foto está bombando na web. Foi feita em Brasília,
no último dia 13. Durante manifestação contra a
aprovação da Pec da Morte, um ônibus foi incendiado.
Segundo o portal UOL, o fotógrafo da Reuters
Adriano Machado registrava a cena quando
um rapaz, de passagem, aproveitou o fogaréu e calmamente acendeu um cigarro. Prático. Segundo o fotógrafo, o rapaz aparentemente não participava dos protestos
e foi embora depois tranquilão. 









Travel Photographer of the Year 2016: brasileiro Ricardo Stuckert ganha Menção Honrosa e português Joel Santos vence concurso mundial

Foto de Ricardo Stuckert


Ricardo Stuckert, que foi fotógrafo oficial da Presidência da República no governo Lula e trabalhou no Caras, Globo, Istoé e Veja acaba de receber Menção Honrosa no Travel Photographer of the Year 2016, um dos maiores concursos do mundo. Stuckert foi premiado pela foto dos índios Kalapalo no Kuarup, no Xingu.

O vencedor do concurso foi o português Joel Santos, com trabalhos fotografados na Etiópia e em Gana.
Foto de Joel Santos

As imagens vencedoras serão exibidas na  galeria de arte UK City of Culture, em Londres, de 18 de maio a 30 de junho de 2017.

Você pode vê-las do site do Travel Photographer of the Year. Clique AQUI

Perdeu Folha, pode "chupar"

por Niko Bolontrin

Lembra do "Chupa Folha"? Quando o repórter Pedro Ivo foi demitido e em seu último texto usou as iniciais de cada parágrafo para mandar uma mensagem ao jornalão? Pois é. Na época, declarando-se ofendida, a Folha processou o jornalista. Perdeu em primeira instância e acaba de ser derrotada no Tribunal Regional de São Paulo.

A notícia está no Comunique-se. Os desembargadores avaliaram que "é incoerente que o veículo de comunicação vete a 'liberdade de expressão' do réu quando a atitude o desagradou e não está seguindo a sua parcial visão de liberdade”.

Os juízes ainda registraram que a própria Folha já usou a expressão referindo-se a terceiros e nem por isso achou que os ofendia.

A Folha é dada a tais processos censórios. Desde 2010 corre na justiça um ação do jornal contra os irmãos Mário e Lino Bocchini, autores do site "Falha de São Paulo". O jornalão da família Frias alega que está defendendo a marca e conseguiu uma liminar para censurar o site.

Assim como no caso do "Chupa", expressão que o próprio jornal usou em outra ocasião, o McDonalds também poderia processar a Folha por "uso da marca". O jornal já publicou uma charge sobre o Wikeleaks usando o conhecido M da lanchonete em posição invertida. O que a Folha não admite, então, é ser trolada.

Eva Braun manda nudes

Reprodução Bild

Reprodução Bild

por Jean-Paul Lagarride

O Bild publica matéria sobre um suposto lote de fotos coloridas de Eva Braun, mulher de Hitler, nua. No título, o jornal não endossa a autenticidade, apenas lança a pergunta. O material foi revelado pelo colecionador austríaco Bernard S., que o comprou de um pequeno antiquário. Há cerca de dez anos, uma mulher não identificada levou à loja uma caixa contendo as imagens. Um historiador militar teria autenticado as fotos.

Não são os primeiros nudes da primeira dama do nazismo. A revista Life já publicou fotos em preto e branco de Eva Braun, com 17 anos, na intimidade. Teria sido material encontrado pelo exército americano.

No começo do ano, uma leilão em Londres vendeu uma calcinha, na verdade, uma calçola, um anel de ouro e uma caixa de prata também com as iniciais EB, além de outras fotos raras do casal. Com a ascensão do neonazismo na Europa, a procura por referências simbólicas da era do genocida é motivo de preocupação. Há algumas semanas, a Áustria, onde a extrema-direita perdeu recentes eleições, na contramão do que vem acontecendo em vários países, decidiu demolir, mas ainda não o fez, a casa mais famosa de Braunau am Inn, onde Hitler nasceu há 127 anos, para evitar que o local se torne foco de peregrinação.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

"A gente se viu por aqui": Jornalistas da Globo protestam por reajuste salarial diante da sede da emissora em São Paulo

Reprodução SJSP

Cerca de 50 jornalistas da Globo fizeram um protesto, ontem, diante da sede da emissora em São Paulo. Vale ressaltar que o movimento reúne, digamos, os jornalistas da planície. A turma de coleguinhas estrelados declinou.

A nota está no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Segundo o SJSP, "a manifestação teve o intuito de expressar a indignação dos jornalistas com a ausência de reajuste de salários e para deixar claro para empresas que os profissionais querem respeito, pois há dois anos estão sem reajuste nos salários e benefícios, apesar dos lucros bilionários do setor. As perdas decorrentes da inflação somam 19,17% no período. Para a Campanha Salarial 2016- 2017, a reivindicação é de 7,39% de reposição da inflação (INPC) e mais 3% de aumento real, pois o tempo de jornalismo aumentou na programação das emissoras, mas as redações foram enxugadas pelas demissões e, assim, aumentou a produtividade dos jornalistas".
LEIA MAIS AQUI

Sabia disso? Ronald Reagan já desejou um câncer como presente de Natal para todos os americanos...


Em 1952, Ronald Reagan dividia seu tempo entre a atuação no cinema e sessões de caguetagem premiada na Comissão de Atividades Anti-Americanas. Entre o mediocridade como ator e os benefícios da militância de direita, ele era garoto-propaganda dos cigarros Chesterfield. Na peça de propaganda, acima, RR deseja o melhor Natal que todo fumante merece ter.

E, por tabela, um câncerzinho.

Ronaldo Reagan acabou presidente do Estados Unidos. Na época, analistas perguntavam como um ex-salva vidas e ator foi parar na Casa Branca.

Eles não sabiam que o futuro traria à tona um Donald Trump.

Ameaças ao livre exercício do jornalismo


Celso Nascimento é colunista da Gazeta do Povo

Como esses dias demonstram, o poder político do judiciário está inflado e isso se reflete em várias áreas.
O jornalista Celso Nascimento, do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, acaba de ser condenado a nove meses de prisão. Nascimento está na lista da Odebrecht? Não. Tem um triplex no bairro Água Verde? Não. Uma Ferrari na garagem? Não. Comprou jóias em Mônaco? Não.

O jornalista foi condenado por revelar atraso no parecer de um relator de processo sobre edital para construção do metrô local. O colunista fez menção a uma conhecida e pública relação próxima entre o conselheiro Ivan Bonilha e o governador Beto Richa (PSDB). Por ter mais de 70 anos, Celso Nascimento teve a pena substituída por cassação de direitos políticos e multa de dez salários mínimos.

Outros três repórteres da Gazeta do Povo (Francisco Botelho Marés de Souza, Rogério Galindo e Euclides Garcia), um analista de sistemas (Evandro Balmant) e um infografista (Guilherme Storck) são alvo de mais de 30 processos em diferentes juizados por parte do Ministério Público do Estado do Paraná após a publicação de uma reportagem sobre vencimentos dos juízes - somadas gratificações - acima do teto constitucional. A ministra Rosa Werber, do STF, suspendeu provisoriamente o processo até definição posterior sobre competência.

Hoje, os jornais noticiam como parte da crise entre o STF e o Senado, a reação de juízes e promotores a projetos aprovados ontem que enquadram a prática dos supersalários. Irritou a classe o fato de os projetos determinarem a inclusão de auxílio moradia e outros penduricalhos, como indenizações e vantagens, no cálculo dos rendimentos totais que ignoram o teto constitucional. Levantamento realizado recentemente sobre dados oficiais mostram que três entre cada quatro juízes brasileiros driblam o teto.

Como dizia Bertolt, o Brecht, "a confiança pode exaurir-se caso seja muito exigida".

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Título de jornal repercute na rede. Mulheres reagem e editor pede desculpas


por Clara S. Britto
Com a repercussão negativa do título "Meninas dão de quatro", o "Manaus hoje" pediu desculpas. O título ofensivo buscava "celebrar" a vitória da seleção feminina de futebol sobre a equipe da Rússia, por quatro a zero, em torneio que está sendo disputado na capital amazonense.

Segundo o editor do jornal, Elton Rodrigues, foi feita uma autoavaliação e admitida a inconveniência do título. "Foi um aprendizado", concluiu. No dia seguinte, o jornal publicou o pedido de desculpas.

Não são poucos aqueles que ainda se revoltam contra o "politicamente correto". Há jornalistas e humoristas, notadamente aqueles que "corajosamente" investem contra minorias e cordialmente poupam os poderosos, que até escrevem indignados contra o que chamam de restrição à liberdade de expressão. Mas essa liberdade supõe responsabilidade e não justifica racismo, bullying, sexismo, homofobia, violência e agressões verbais.

Houve um tempo felizmente superado em que ofensas e preconceito contra a mulher dominavam a publicidade e eram considerados "normais". Hoje, felizmente, podemos reagir.

A título de ilustração, veja, abaixo, alguns anúncios ou peças de "humor"da primeira metade do século passado e até dos anos 60. O deboche contra a mulher era considerado apelo de vendas de produtos. Duvida?









Cartola agride jornalista



O ex-presidente do Internacional de Porto Alegre, Fernando Miranda, mandou o braço no jornalista Julio Ribeiro durante uma "mesa-redonda" no programa Cadeira Cativa, da Ulbra TV.
Ribeiro criticou a politicagem dos clubes que, segundo ele, foi um dos motivos para o rebaixamento do Inter. O jornalista foi chamado de "babaca" e reagiu: "babaca é tu, que está há meia hora falando eu, eu, eu, eu, e acha que o Internacional começou contigo". A tréplica foi um soco. VEJA O VÍDEO AQUI.

A Ulbra TV divulgou uma nota sobre o incidente no programa "Cadeira Cativa". 
"A direção da Ulbra TV vem a público repudiar e lamentar o ocorrido durante a transmissão do programa Cadeira Cativa, por volta das 19h30min do dia 12 de dezembro de 2016. A emissora reprova esse episódio e reforça seu compromisso com os telespectadores para entreter, educar e formar.
Lembramos que o programa é veiculado ao vivo, sem possibilidade de edição do conteúdo que acontece em tempo real. Tão logo a agressão ocorreu, a transmissão foi interrompida pelo diretor de imagem, como mostram os vídeos que circulam pelas redes.
Ressaltando nosso compromisso com a verdade dos fatos, o programa será disponibilizado às demais emissoras na forma como foi gravado.
Cordialmente.
Valter Kuchenbecker
Diretor Geral Ulbra TV"

Palácio do Planalto nas redes sociais: os "Temer Boys" da comunicação adotam modelo Trump e partem pra briga: "Não estamos nem aí", responde o funcionário a um internauta...

MODELITO TEMER DE POSTAR





MODELITO TRUMP DE POSTAR


´

Provavelmente inspirados por Donald Trump, os "boys" do Team Temer dão um tom mais agressivo às páginas do Palácio do Planalto nas redes sociais. O americano notabiliza-se por chutar na canela quem o incomoda no Face ou no Twitter. No exemplos acima - há muitos outros e uma revista chegou
Reprodução
a listar os 10 mais "assustadores" post do presidente eleito dos Estados Unidos -, Trump bate-bocas com jornalistas. Já na versão do PMDB no Planalto, um digitador mandou um "não estamos nem aí", para o comentário de um internauta. No Globo de hoje, o colunista Ilmar Franco registra o que parece ser a nova estratégia de comunicação. Mas dessa vez, o digitador tentou ser contundente, errou um número e foi trolado. Tudo indica que "bad boys" assumiram os computadores e smarphones da República. Agora é bateu, levou. Ui!

A Pec da morte na mídia internacional

por Jean-Paul Lagarride
A mídia internacional registrou com desconfiança, em geral, a aprovação da Pec da Morte. Em quase todas as matérias é destacado o envolvimento da alta cúpula do governo em denúncias de corrupção e não é omitida a forte reação popular às medidas que são uma espécie de contrapartida do golpe aos especuladores financeiros.

No Le Monde, referência às consequências na saúde e na educação publicas. 

Guardian fala em congelamento social

Protestos nas ruas contra as medidas impostas ao país por um Senado
onde muitos representantes são citados em denúncias de corrupção

Wall Street: mesmo a "biblia" financeira cita no texto da reportagem que a Pec 55
foi aprovada em sessão rápida, op que é inusual, e com pouca discussão. 
A repressão violenta aos manifestantes também ganhou espaço na mídia internacional.

Daily Mail; medidas controvertidas.

Para ler em qualquer época antes de botar o voto na urna. Confira como o Senado votou a Pec da Morte e veja quem disse sim ao presente de Natal para o mercado financeiro. Ho, ho, ho!




terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Acha que tá fácil? Grupo editorial passa a vender energético, meias, snacks e barbeador


por Niko Bolontrin 

A notícia acima foi publicada no Meio & Mensagem. Isso mesmo, a Abril vai vender energético por assinatura.

Não só no Brasil, mas em todo o mundo, discute-se o futuro das revistas e dos jornais impressos. São muitos os caminhos e, por enquanto, pouca luz no fim do túnel. Alguns grupos partiram para a promoção de eventos patrocinados vinculados ao veículo, que fatura na vendas de ingressos de shows, feira gastronômica, debates, palestras e cursos sobre temas atuais os mais variados, exposições etc, publica a matéria sobre o acontecimento citando os apoiadores e recebe destes anúncios nas suas páginas. Grandes grupos de comunicação brasileiros estão praticando esse modelo de sobrevivência, além de buscar e receber consideráveis volumes de publicidade estatal em valores que registraram aumentos espetaculares no atual governo federal.

A venda de produtos é rota menos comum para sair do sufoco. Mas, pelo visto, está valendo tudo. É um novo modelo de negócios, como eles gostam de dizer.

Duro vai ser se, por exemplo, o Supermercado Guanabara, um "case" de sucesso em vendas no varejo, se irritar com a concorrência e resolver entrar no mercado editorial. Competência, ele já demonstraram que têm.

Há vários jornais em crise. Se essa fórmula der certo, quem sabe, outros possam seguir a tendência apontada aí pelo executivos de marketing, diversificar o ramo de negócios e vender sacolé na praia, sandália havaiana no aeroporto, camisa de time na porta do estádio, guarda-chuva em dia de temporal na saída do metrô etc. Se isso ajudar a manter os empregos, quem vai ser contra?

O GoBox também vende por assinatura meias, cervejas especiais, barbeador, cápsulas de café e snacks.

Uma perguntinha de um leigo: as pessoas compram meias por assinatura? Jura?

O Brasil não quer a PEC da Morte. Deu no Datafolha

Reprodução Folha de Sâo Paulo 

João Vicente Goulart lança livro sobre o pai, Jango. O foco é a vida de uma família que, nos anos 50 e 60, foi tema de centenas de matérias da Manchete e Fatos & Fotos

Foto de Jáder Neves
Na capa do livro, um detalhe da foto de Jáder Neves

No momento em que o Brasil sofre com a ilegitimidade de um governo trôpego, João Vicente Goulart lança o livro "Jango e Eu —Memórias de um exílio sem volta". O filho do ex-presidente derrubado pelo golpe que instituiu a ditadura militar relembra a trajetória da sua família antes e durante os anos de chumbo e sangue, até a morte de Jango, no exílio, em 1976.

Nas reminiscências, há históricos pontos de contato com a revista Manchete. A foto acima, que mostra a família Goulart na fazenda, em São Borja, no Rio Grande do Sul, é de Jáder Neves, fotógrafo que por longos anos atuou nas revistas da Bloch.

A Manchete acompanhava literalmente o dia a dia do presidente João Goulart. Não apenas os fatos políticos mas, especialmente, a intimidade da família, no estilo consagrado pela revista francesa Paris Match.

Foram centenas de reportagens que contaram a história ilustrada do período, não apenas em Manchete, mas em outra semanal da Bloch, a Fatos & Fotos.

Um memorável capa da revista mostra Jango em Washington, ao lado de John Kennedy.

Jango em visita aos Estados Unidos, em 1963.
Na Fatos & Fotos


Maria Tereza Goulart na capa em 1962.

João Vicente, Maria Tereza e Denise.

O presidente, que visitava os Estados Unidos, também foi recebido com um desfile em carro aberto em uma festiva Quinta Avenida, em Nova York. A Manchete mostrava tudo isso, mas nutria uma especial predileção por registrar o lado pessoal da vida do presidente Jango. A bela Maria Tereza Goulart, assim como seus filhos, João Vicente e Denise, foram focalizados mais de um vez em coloridas reportagens de capa.

No livro, João Vicente conta o drama de Jango, a saudade, os diálogos, o exílio, enfim, visto por quem estava bem ao lado. Desde o olhar da criança - ele tinha sete anos quando o pai foi obrigado a partir para o Uruguai - ao do jovem de menos de 20 anos que, em 1976, trouxe o pai de volta à sua terra, morto, após 12 anos de exílio. João Vicente diz que optou por focalizar o lado humano, já que a memória política do período está registrada em livros e documentários. Mas, ao longo dos capítulos, vê-se que a história da família está indissoluvelmente ligada à história do Brasil.
E, de certa forma, às páginas da Manchete.

Leda Nagle e Laerte Rímoli, que demitiu a jornalista da TV Brasil, trocam acusações em rede social...


O site do jornalista Sidney Rezende revela mais um capítulo da demissão da apresentadora Leda Nagle, da TV Brasil.

(do SRzd)
A demissão da apresentadora do programa “Sem Censura”, da TV Brasil, Leda Nagle, trouxe consequências desastrosas à gestão do presidente da EBC – Empresa Brasil de Comunicação, Laerte Rímoli. Em meio a uma crise política sem precedentes que coloca o presidente Michel Temer como acusado de receber propina de R$ 10 milhões, a forma como Rímoli está conduzindo a EBC está preocupando a área de Comunicação do Palácio do Planalto, que também foi criticada neste fim de semana por Temer. O presidente da República está visivelmente insatisfeito e já externou isso ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
A situação se deteriorou ainda mais quando a EBC tornou público, através da coluna Radar, da “Veja”, os ganhos de Leda Nagle e equipe para produzir o “Sem Censura”. A apresentadora contesta o valor e apresenta depósito com cifra mais baixa.
Reprodução Radar on Line

A resposta de Leda Nagle na sua rede social dirigida à coluna foi contundente:

“Veja como o Laerte mente. A nota fiscal de outubro de 2016 foi de R$ 86.495.97. Veja o depósito da EBC na Conta Leda Nagle: 23/11/2016 TED-TRANSF ELET DISPON
REMET.EMPRESA BRASIL DE CO 6805040 78.322,11 e ainda faltam descontar os 5% de ISS.
Radar on Line você publicaria a nota fiscal? A nota fiscal do novo contrato seria de R$ 93.064.64, lembrando que diminuidos os impostos a Leda Nagle Produções contrata 4 pessoas dentro deste salário. Ou o Laerte não sabe fazer conta ou nem sabe o que acontece na EBC. Pronto. Agora tudo escancarado. Bora lá ver quem fala a verdade. Considerando que faço um programa de uma hora e meia ao vivo todo dia que ainda é reprisado à noite. Ele paga isto por três horas diarias de produção…. não existe programa mais barato na televisão brasileira. Olha o depósito da EBC: R$ 78.322.11. Dia 23/11/2016.

Laerte Rímoli também se pronunciou através da sua rede social:

“O SHOW DA LEDA NAGLE:
Na quarta-feira, 07/12, as 11:30, na sala da presidência da EBC, no Rio de Janeiro, comunicamos à jornalista Leda Nagle que a empresa não poderia manter, em 2017, o contrato dela, da forma como estava. R$ 1,3 milhão ao ano, com o uso de estúdios e 4 produtores da empresa, na rubrica investimento, por tratar-se de co-produção. Nos meses de janeiro e fevereiro, os programas eram gravados e a profissional desfrutava de 60 dias de folga. Simples relato, já que o contrato vigente permitia essa lassidão. Os dados estão disponíveis pela lei de acesso à informação. Neste ano de 2017, uma novidade: Leda recebeu um generoso convite de um amigo (relato dela) e ficaria mais 2 semanas fora, em março, para conhecer Dubai. Presentes à reunião, o Superintendente da Tv Brasil, jornalista Caíque Novis, a Diretora de Produção, jornalista Cida Fontes e o assessor jurídico da EBC, Marcelo Nascimento. Ela entrou na sala, perguntou quem era o Caíque e disparou: o programa está ótimo, não precisa de mudanças. Quando eu disse o contrário, o mundo desabou. Você está me demitindo, gritou, furiosa. Cida tentou argumentar: seria uma prorrogação de 2 meses, até 5 de janeiro e um novo contrato, semelhante ao que temos com a jornalista Roseann Kennedy, seria discutido pelas partes. Aí Leda foi a Leda que todos conhecemos: “Não sou Roseann Kennedy, tenho 40 anos de profissão. Você sempre quis me demitir, Cida Fontes, não entende nada de televisão. Não vou brigar com você, Laerte, que é meu amigo (imagina se não fosse). Os concursados da EBC são incompetentes, desinformados, não gostam de trabalhar”. Levantou-se, parou em pose dramática na porta da sala e pespegou: “vou tornar isso público”. (...)

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE SRzd. CLIQUE AQUI 


ATUALIZAÇÃO: O EX-PRESIDENTE DA EBC, RICARDO MELO, SE SENTIU OFENDIDO POR LAERTE RÍMOLI E TAMBÉM RESPONDEU ATRAVÉS DO SRzd. CLIQUE AQUI

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

PEC DA MORTE viola pactos internacionais: "Teto de 20 anos para o gasto público violará direitos humanos", alerta relator especial da ONU

A PEC 55, que será votada amanhã, virou uma espécie de boia de salvação dos integrantes do Executivo e do Legislativo apontados como suspeitos de corrupção. Os políticos na mira da Justiça certamente imaginam que ao aprová-la ganharão, no mínimo, a eterna gratidão dos apoiadores do governo Temer no meio financeiro, nas grandes corporações, na mídia de direita e entre os magistrados politizados. Não é pouca coisa pra quem está virtualmente encurralado. Dá pro gasto. 

Assim, a PEC da MORTE, uma espécie de plano plurianual da injustiça social e da concentração de renda entre os mais ricos da população, vai nascer, como se não bastasse a crueldade da proposta, com o estigma de algumas assinaturas nada ilustres. E ainda gerada por um governo sem voto, sem rumo, sem o apoio da maioria da população e sem vergonha. (do BQVManchete).

O relator especial da ONU para Extrema Pobreza e Direitos Humanos, distribuiu um contundente comunicado sobre o assunto. Leia, a seguir: 

(da ONU Br) 

"Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 foi considerada pelo relator especial da ONU para extrema pobreza e direitos humanos, Philip Alston, uma medida ‘radical’ e sem ‘compaixão’, que vai atar as mãos dos futuros governantes e que terá impactos severos sobre os brasileiros mais vulneráveis, além de constituir uma violação de obrigações internacionais do Brasil.

Para o especialista independente, debate sobre a PEC no Congresso Nacional foi conduzido apressadamente pelo novo governo e não contemplou de forma adequada os que serão mais afetados pelo congelamento dos gastos públicos. Alston lembrou que a medida vem de um governo que chegou ao poder após um impeachment e que, portanto, jamais apresentou seu programa a um eleitorado.

Os planos do governo de congelar o gasto social no Brasil por 20 anos são inteiramente incompatíveis com as obrigações de direitos humanos do Brasil, disse na sexta-feira (9) o relator especial da ONU para extrema pobreza e direitos humanos, Philip Alston.

Segundo o especialista independente, o efeito principal e inevitável da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, elaborada para forçar um congelamento orçamentário como demonstração de prudência fiscal, será o prejuízo aos mais pobres pelas próximas décadas. A emenda deverá ser votada pelo Senado no dia 13 de dezembro.

“Se adotada, essa emenda bloqueará gastos em níveis inadequados e rapidamente decrescentes na saúde, educação e segurança social, colocando, portanto, toda uma geração futura em risco de receber uma proteção social muito abaixo dos níveis atuais”, afirmou Alston.

O relator especial nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas recomendou ao governo brasileiro que garanta um debate público apropriado sobre a PEC 55; que estime seu impacto sobre os segmentos mais pobres da sociedade; e que identifique outras alternativas para atingir os objetivos de austeridade.

“Uma coisa é certa”, acrescentou o especialista independente. “É completamente inapropriado congelar somente o gasto social e atar as mãos de todos os próximos governos por outras duas décadas. Se essa emenda for adotada, colocará o Brasil em uma categoria única em matéria de retrocesso social.”

O plano de mudar a Constituição para os próximos 20 anos vem de um governo que chegou ao poder depois de um impeachment e que, portanto, jamais apresentou seu programa a um eleitorado. Isso levanta preocupações ainda maiores sobre a proposta de amarrar as mãos de futuros governantes, afirmou Alston.

O Brasil é a maior economia da América Latina e sofre sua mais grave recessão em décadas, com níveis de desemprego que quase dobraram desde o início de 2015.

O governo alega que um congelamento de gastos estabelecido na Constituição deverá aumentar a confiança de investidores, reduzindo a dívida pública e a taxa de juros, e que isso, consequentemente, ajudará a tirar o país da recessão. A medida, porém, terá um impacto severo sobre os mais pobres, alerta o relator especial.

“Essa é uma medida radical, desprovida de toda nuance e compaixão”, disse. “Vai atingir com mais força os brasileiros mais pobres e mais vulneráveis, aumentando os níveis de desigualdade em uma sociedade já extremamente desigual e, definitivamente, assinala que para o Brasil os direitos sociais terão uma prioridade muito baixa nos próximos vinte anos.”

Alston lembrou que “isso evidentemente viola as obrigações do Brasil de acordo com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que o pais ratificou em 1992 e que veda a adoção de ‘medidas deliberadamente regressivas’ a não ser que não exista nenhuma outra alternativa e que uma profunda consideração tenha sido feita dada de modo a garantir que as medidas adotadas sejam necessárias e proporcionais”.

O especialista independente apontou que, ao longo das últimas décadas, o Brasil estabeleceu um impressionante sistema de proteção social voltado para a erradicação da pobreza e o reconhecimento dos direitos à educação, saúde, trabalho e segurança social.

“Essas políticas contribuíram substancialmente para reduzir os níveis de pobreza e desigualdade no país. Seria um erro histórico atrasar o relógio nesse momento,” disse.

O Plano Nacional de Educação no Brasil exige um aumento anual de 37 bilhões de reais para prover uma educação de qualidade para todos os estudantes, ao passo que a PEC reduzirá o gasto planejado em 47 bilhões de reais nos próximos oito anos. Com mais de 3,8 milhões de crianças fora da escola, o Brasil não pode ignorar o direito deles de ir à escola, nem o direito de todas as crianças a uma educação de qualidade, afirmou o relator.

O especialista afirmou que o debate sobre a PEC 55 foi conduzido apressadamente no Congresso Nacional pelo novo governo com a limitada participação dos grupos afetados e sem considerar seu impacto sobre os direitos humanos. Um estudo recente sugere que 43% dos brasileiros não conhecem a emenda e, entre aqueles que conhecem, a maioria se opõe a ela.

O relator especial, que está em contato com o governo brasileiro para entender melhor o processo e o conteúdo da emenda proposta, ressaltou ainda que “mostrar prudência econômica e fiscal e respeitar as normas internacionais de direitos humanos não são objetivos mutuamente excludentes, já que ambos focam na importância de medidas cuidadosamente concebidas para evitar ao máximo consequências negativas para as pessoas”.

“Efeitos diretamente negativos têm que ser equilibrados com potenciais ganhos a longo prazo, assim como esforços para proteger os mais vulneráveis, especialmente os mais pobres, na sociedade”, afirmou Alston.

“Estudos econômicos internacionais, incluindo pesquisas do Fundo Monetário internacional, mostram que a consolidação fiscal tipicamente tem efeitos de curto prazo como redução da renda, aumento do desemprego e da desigualdade de renda. E a longo prazo, não existe evidência empírica que sugira que essas medidas alcançarão os objetivos sugeridos pelo governo”, salientou o especialista independente."

Fonte: ONU Br. Nações Unidas no Brasil

ATUALIZAÇÃO DO BLOG EM 13/1

Atos contra a PEC 55 e proposta de reforma da Previdência

Brasília
17h – Congresso Nacional

São Paulo
18h – Praça do Ciclista (Avenida Paulista)

Rio de Janeiro
14h – Praça da Candelária

Belo Horizonte
16h – Praça Sete de Setembro

Porto Alegre
18h – Esquina Democrática

João Pessoa
14h – Liceu Paraibano

Aracaju
15h – Praça Camerino

Recife
7h30 – Avenida Agamenon Magalhães (em frente a Caixa Econômica Federal)

Florianópolis
16h – Largo da Alfândega