terça-feira, 3 de maio de 2016

A intolerância religiosa fica a um passo do terrorismo religioso. Às vezes, nem isso... Família do pequeno fã de Messi foge do Afeganistão para não morrer


O Mashable publica hoje uma matéria sobre o drama do pequeno Murtaza Ahmadi, o garoto, 5 anos, que foi fotografado usando uma "camisa" de plástico que imitava a já lendária número 10, de Messi, do Barcelona.

A foto correu o mundo e Murtaza recebeu do craque uma camisa autêntica autografada.

O irmão mais velho de Murtaza fez a foto acima
que foi postada no Facebook e viralizou na web.
A Federação de Futebol do Afeganistão e a UNICEF, da qual Messi é Embaixador, pretendiam promover um encontro entre o menino e seu ídolo.

O encontro ainda pode acontecer, mas não poderá ser mais no Afeganistão.

Ameaçado de sequestro e até de morte por fundamentalistas que condenam reverência a "ídolos", o que contrariaria o Alcorão. Murtaza foi obrigado a deixar o país. Com a família, ele fugiu para o Paquistão. Segundo o pai do garoto, Mohammad Arif Ahmadi, desde que a foto da tosca "camisa" de plástico viralizou na rede, a vida da família foi afetada. Quando Murtaza recebeu a camisa de Messi, as ameaças tornaram-se mais sérias, ainda mais porque a família Ahmadi pertence à minoria xiita em um país que sofre o terror dos talibãs, que são sunitas.

Ahmadi contou que vendeu tudo o que possuía e deixou o país para salvar as vidas do garoto e da família.

Segundo ele, Murtaza ainda sonha em conhecer Messi.

Tocha Olímpica chega a Brasília


Fabiana Claudino, do vôlei. Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Nuzman, a presidente da República Dilma Rousseff e a atleta Fabiana. Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Paula Pequeno, do vôlei. Foto de Francisco Medeiros/ME

O ex-maratonista Vanderley Cordeiro de Lima. Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto Elza Fiuza/Agência Brasil
A Tocha Olímpica chegou ao Brasil. Nos próximos 95 dias, percorrerá 327 cidades até chegar ao Rio, no dia 5 de agosto.

Como na Copa do Muindo de 2014, o país enfrentará muitos desafios para que tudo corra bem no campo esportivo.

Como na Copa, os mais de 4 milhões que irão aos estádios, quadras, ginásios, piscinas e demais espaços de competições e os mais de 100 milhões que estarão ligados na TV e na Internet (no mundo, serão bilhões de espectadores) aplaudirão o esporte, os medalhistas, os atletas em geral, as competições, os pódios .

O que não quer dizer que a política não estará presente.

Na chegada da tocha a Brasília, havia manifestantes contra e a favor do golpe. A própria Dilma Rousseff, na sua fala, citou a crise. “Sabemos das dificuldades políticas que existem em nosso país hoje. Conhecemos a instabilidade política. O Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico da nossa história e da história da democracia do nosso país, conviver porque criamos todas as condições para isso com a melhor recepção de todos os atletas e de todos os visitantes estrangeiros. Tenho certeza de que um país cujo povo sabe lutar pelos seus direitos e que preza e sabe proteger sua democracia é um país onde as Olimpíadas terão o maior sucesso nos próximos meses”, afirmou, no Palácio do Planalto.

A lanterna contendo a Chama Olímpica chegou ao aeroporto de Brasília no começo da manhã de hoje. Entre os primeiros condutores, estavam atletas consagrados em outros Jogos.

Eles, ao lado dos competidores da Rio 2016, do público e dos visitantes que aplaudirão o esporte olímpico, são os verdadeiros donos da festa.

Com o Whatsapp bloqueado, o rival Telegram ganha adeptos e decola no Brasil

Quando o Whatsapp foi bloqueado no Brasil pela primeira vez,  o Telegram, aplicativo que permite troca de mensagens, fotos, vídeos, documentos em pdf e outros formatos, ganhou mais de 5 milhões de novos usuários.
O fenômeno se repete agora: em menos de 24 horas, cerca de um milhão de brasileiros baixaram o Telegram. São tantos que o sistema de confirmação de códigos de verificação via SMS para novos adeptos está congestionado. O Telegram foi desenvolvido pelo russo Pavel Durov e é considerado a melhor alternativa ao Whatsapp.
CONHEÇA O SITE DO TELEGRAM, ONDE VOCÊ PODE, SE QUISER, BAIXAR O APLICATIVO. CLIQUE AQUI

Juiz desliga Whatsapp porque aplicativo criptografado não possibilita acesso a informações sobre traficantes. Mas antes do Whatsapp existir como é que a autoridade levantava provas contra bandidos?





Dizem que o Brasil tem uns 15 mil juízes espalhados aí pelo interior do país, fora os das capitais. Alguns desses juízes de primeira instância têm sido alçados a uma espécie de patamar de alta autoridade e tornaram-se protagonistas de casos de grande repercussão. É cada vez mais frequente que algumas dessas autoridades emitam decisões de impacto nacional. Muitas vezes, as instâncias superiores (Tribunais Regionais até o STJ e o STF) acabam acionadas para resgatar o bom senso e a lei.
Um juiz mandou prender um funcionário de uma companhia aérea que o impediu de embarcar porque quando chegou ao check in o avião já estava com porta fechada rumo ao taxiamento; outro foi com quatro policiais a uma agência bancária para prender um gerente sob a acusação de que faltavam 700 reais na sua conta; um outro mais mandou prender um advogado porque este quis exercer seu direito de acesso a um inquérito. Diz-se que não há censura prévia. Certo. Não mais a cargo da Divisão de Censura da Polícia Federal. Mas decisões de juizados regionais conseguem impedir que rádios, websites e jornais, especialmente de cidades menores, divulguem informações sobre determinados e rumorosas casos de suspeita de corrupção. É a censura prévia em vigor.

E você se surpreende com a decisão que mandou desligar o Whatsapp?

Vários dos juízes autores de mandados polêmicos foram punidos pela própria Justiça. Suas decisões são soberanas até que sejam eventualmente contestadas em instância superior. E isso, às vezes, demora. E aí, em muitos casos, os prejuízos já serão irrecuperáveis. Um juiz de São Bernardo e outro do Piauí também já bloquearam o aplicativo embora suas decisões tenham sido revistas.

Proibir o Whatsapp de operar no Brasil por três dias, prejudicando pessoas, empresas e instituições (com uma canetada, o juiz desconectou 100 milhões de usuários) é um fato que, desde ontem, deixa perplexa a mídia internacional. O mesmo juiz já o tirou da tomada há dois meses e mandou prender o vice-presidente do Facebook (dono do aplicativo) para a América Latina.

O juiz quer que a empresa repasse para uma investigação de quadrilha informações supostamente trocadas em mensagens. Essa operação foi divulgada pelos jornais no ano passado. Foram presas 27 pessoas, aprendida grande quantidade de drogas e armas. Pelo menos um preso teria confessado. É surpreendente que a prova que faz falta esteja no aplicativo. Em todo caso, o Whatsapp afirma que não tem essas informações. Em função de numerosos casos espionagem de governos e empresas, o tráfego de dados foi criptografado para proteger a privacidade dos usuários. Com isso, não apenas governos e empresas não têm acesso às conversas: a criptografia impede que o próprio Whatsapp possa decifrar conteúdos.

Obviamente, há muitos caminhos para se investigar tráfico de drogas sem que essa investigação afete uma país inteiro. Digamos que um traficante escreva uma carta para um cúmplice e um juiz queira que Correio localize e abra a carta. O gerente de uma agência diz que é impossível fazer isso simplesmente porque a carta está em uma montanha de sacos em qualquer lugar do país e a empresa não sabe o endereço do remetente nem do destinatário. E aí? Um juiz vai fechar os Correios?

E, por último: antes de o Whatsapp existir, como é que eram investigados, levantadas provas e finalmente condenados os traficantes?


LEIA A SEGUIR A NOTA OFICIAL DO WHATSAPP
"Depois de cooperar com toda a extensão da nossa capacidade com os tribunais brasileiros, estamos desapontados que um juiz de Sergipe decidiu mais uma vez ordenar o bloqueio de WhatsApp no Brasil. Esta decisão pune mais de 100 milhões de brasileiros que dependem do nosso serviço para se comunicar, administrar os seus negócios e muito mais, para nos forçar a entregar informações que afirmamos repetidamente que nós não temos."

ATUALIZAÇÃO ÀS 12:30

(Comunicado do TJSE)

Desembargador nega recurso do Whatsapp

"O Desembargador Cezário Siqueira Neto,, manteve, nos autos do Mandado de Segurança (MS) nº 201600110899, durante o plantão noturno, a medida cautelar, deferida pelo juízo criminal da Comarca de Lagarto, que suspende o aplicativo WhatsApp por 72 horas, em todo território nacional.
De acordo com o Desembargador Plantonista, para a concessão de liminar em MS, necessária se faz, além das condições gerais da ação, a existência concomitante do periculum in mora e do fumus boni iuris, nos termos do artigo 7º, III, da Lei nº 12.016/2009. “É regra comezinha do cabimento do mandado de segurança o disposto na Súmula nº 267 do STF: ‘Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição’. Entretanto, a jurisprudência dos Tribunais Superiores admite, excepcionalmente, a impetração de mandado de segurança contra ato jurisdicional, desde que esse seja flagrantemente ilegal ou teratológico, passível de causar dano irreparável à parte. Analisando o conjunto probatório dos autos, não visualizo teratologia ou ilegalidade na decisão combatida”, afirmou o magistrado.
Analisando o argumento trazido no MS sobre a desproporcionalidade da decisão cautelar da suspensão do aplicativo, o desembargador explicou que a empresa impetrante vale-se da alegação de que deve resguardar o direito à privacidade dos usuários do aplicativo para refutar a ordem judicial, encobrindo o interesse patrimonial da Empresa Facebook.
“Em verdade, o direito à privacidade dos usuários do aplicativo encontra-se em conflito aparente com o direito à segurança pública e à livre atuação da Polícia Federal e do Poder Judiciário na apuração de delitos, em favor de toda a sociedade. Neste primeiro momento, percebo que a impetrante, em verdade, minimiza a importância da investigação criminal de componentes de organização criminosa que utilizam o aplicativo em questão, escamoteando a gravidade do delito supostamente praticado (tráfico interestadual de drogas), sob a pecha de garantir o direito à intimidade de seus usuários. Ora, o uso do aplicativo por quem quer que seja e para qualquer fim não pode ser tolerado sem ressalvas. Deve, sim, sofrer restrição quando atinge outros direitos constitucionalmente garantidos, como no caso em comento”.
O magistrado ponderou ainda que, o caso em tela vai muito além do que a interceptação de “apenas 36 números de telefonia celular”. “Na hipótese dos autos, vejo que está em jogo a ordem social e o direito à segurança de toda uma sociedade. Convém ressaltar que outras medidas anteriores foram determinadas, visando ao acesso à interceptação da comunicação, em tempo real, pelo aplicativo, entre os investigados, a exemplo da aplicação de multas diárias, posteriormente majoradas, em desfavor da empresa reincidente, culminando com a ordem de prisão do seu Vice-Presidente na América Latina, Sr. Diego Jorge Dzordan, reformada em sede de liminar de habeas corpus, ainda pendente de julgamento definitivo. Porém, todas sem o êxito pretendido. Assim, está claro que o Poder Judiciário não pode ficar de mãos atadas frente à resistência de empresas internacionais, com atuação no território brasileiro, em cumprir ordens judiciais legitimamente emanadas”, completou.
No tocante à alegação de que inexiste previsão legal apta a autorizar a suspensão do Whatsapp, o Desembargador Cezário Siqueira Neto constatou que a decisão ora impugnada não ofende o Marco Civil da Internet. “Pelo contrário, a aludida legislação dá suporte à medida imposta. Por certo que a decisão ora impugnada vai desagradar a maioria dos brasileiros, que desconhecem os reais motivos de sua prolação. Porém, deve-se considerar que existem inúmeros outros aplicativos com funções semelhantes à do Whatsapp, a exemplo daqueles citados pelo julgador de primeiro grau (Viber, Hangouts, Skype, Kakaotalk, Line, Kik Messenger, Wechat, GroupMe, Facebook Messenger, Telegram etc). Além disso, o juiz não pode decidir contra a ordem jurídica, pensando apenas em agradar a determinados setores da sociedade. Deve, sim, pautar seu ofício no cumprimento do nosso ordenamento, nem que para isso seja preciso adotar medidas, à primeira vista, impopulares”.
Ao final, o magistrado, denegando a liminar, registrou que as possibilidades técnicas para o cumprimento da ordem judicial da quebra de sigilo das mensagens do WhatsApp são as mais diversas. “Há de ressaltar-se que o aplicativo, mesmo diante de um problema de tal magnitude, que já se arrasta desde o ano de 2015, e que podia impactar sobre milhões de usuários como ele mesmo afirma, nunca se sensibilizou em enviar especialistas para discutir com o magistrado e com as autoridades policiais interessadas sobre a viabilidade ou não da execução da medida. Preferiu a inércia, quiçá para causar o caos, e, com isso, pressionar o Judiciário a concordar com a sua vontade em não se submeter à legislação brasileira”, concluiu o desembargador plantonista.

É importante lembrar que o MS foi ingressado durante o plantão noturno, sendo o magistrado Cazário Siqueira Neto o desembargador plantonista. Porém, o MS foi distribuído, mediante sorteio eletrônico no sistema, para a Des. Osório de Araújo Ramos Filho, que será o relator da presente ação mandamental."


ATUALIZAÇÃO ÀS 13H
OS SITES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SERGIPE, DA JUSTIÇA FEDERAL DE SERGIPE E DO GOVERNO DE SERGIPE FORAM TIRADOS DO AR EM AÇÃO PROMOVIDA POR HACKERS DO GRUPO ANONYMOUS BRASIL EM PROTESTO CONTRA O BLOQUEIO DO WHATSAPP.



ATUALIZAÇÃO ÀS 14H32

JUSTIÇA DE SERGIPE LIBERA WHATSAPP

O Desembargador Osório de Araújo Ramos Filho acaba de revogar a decisão de bloqueio do Whatsapp no Brasil, anulando decisão anterior do juiz platonista Cezário Siqueira Neto. 
O juiz Marcel Montalvão, de Lagarto (SE), havia tirado o aplicativo do ar, ontem, por 72 horas.

domingo, 1 de maio de 2016

Ku Klux Klan e neonazistas se juntam nos Estados Unidos no ano em que os Panteras Negras completam 50 anos

Reprodução/ADL (Anti-Defamation League)

por José Esmeraldo Gonçalves 
A imagem acima é chocante. Foi feita há poucos dias. Ativistas da Ku Klux Klan, na Geórgia (EUA), comemoram um acordo "operacional" com uma organização neonazista. A aproximação entre os dois grupos foi marcada pela queima de suásticas e cruzes. Trata-se de uma aliança inédita e que se efetiva em um momento em que a direita norte-americana está em franca ascensão.

Uma das razões para a fusão das duas organizações é o atual perfil das novas gerações de klansmen que, nesse ressurgimento, não diferem muito dos skinheads. A mídia americana analisa que a KKK se nazificou.

Há registros de fundação de novos grupos até em comunidades nas quais o problema racial não era crítico nas últimas décadas. Os métodos de divulgação também foram atualizados: a internet é agora o veículo preferencial para propagação de mensagens contra negros, judeus e imigrantes.

Coincidentemente, este 2016 mais conflituoso marca os 50 anos de fundação do revolucionário Black Panther Party, os lendários Panteras Negras. Ao longo do ano e até o dia 15 de outubro (a exata data de criação do BPP, em 1966), estão previstas referências à rebelião negra dos anos 60/70, além de debates, estudos, pesquisas acadêmicas, documentários de TV etc.
Os Panteras Negras, que defendiam a luta armada, envolveram-se em conflitos: 28 membros do grupo morreram em ações que também registraram algumas mortes de policiais e prisões de centenas de "panteras".

Apesar de passados tantos anos, as cicatrizes permanecem abertas. Os Estados Unidos elegeram seu primeiro presidente negro, Barack Obama, mas as tensões raciais não foram assim tão aliviadas. Ao contrário, em 2015, a cada nove dias a polícia branca americana assassinou um jovem negro. A matança provocou uma onda de violentos protestos em dezenas de cidades.
Beyoncé e suas "panteras".
Reprodução TV.
A cantora Beyoncé recebeu ameaças por ter feito o que os supremacistas brancos consideraram uma provocação. Convidada para cantar em um evento que é um símbolo ianque, o Super Bowl, em fevereiro último, ela ousou homenagear os Panteras Negras relembrando o visual  típico e dramatizando a lenda com uma impressionante coreografia. Um tapa na cara. Associações de policiais tentaram organizar um movimento de boicote à cantora, sem sucesso, e ativistas brancos, através de redes sociais e telefonemas de intimidação, prometeram revide. Em geral, as críticas foram histericamente fascistas, o que só mostra que a cantora estava certa ao cutucar os bolsões da intolerância.

Apesar dos protestos do ano passado contra os assassinatos de negros, não há indícios de um renascimento de organizações que sequer se aproximem do espírito de luta dos Panteras. Nem líderes que encarnem, digamos, um braço armado dos movimentos negros. Quando foi fundado na Califórnia por Huey Newton e Bobby Seale, o grupo pretendia ser um instrumento de autodefesa e patrulha dos bairros negros para impedir ações violentas da polícia contra as comunidades (não por acaso, um tema atual). Reivindicavam, entre outros pontos, empregos. educação, isenção de serviço militar, já que não se sentiam representados na sociedade, o fim da exploração capitalista, o fim da brutalidade policial, direito à habitação, e que negros acusados de crimes fossem julgados por juízes negros e júri formado por  negros etc. Os Panteras apoiaram o movimento Black Power, voltado para políticas culturais e sociais, e fizeram alianças com movimentos esquerdistas, mas foi principalmente em função do aumento da tensão racial na época - Malcolm X havia sido assassinado em 1965 e Martin Luther King fora morto em abril de 1968 -, que as alas revolucionárias dos Panteras passaram a predominar na organização e partiram para a luta armada.

Uma gigantesca operação de repressão do FBI que se estendeu até meados dos anos 1970 obteve êxito total e o grupo foi dizimado. Ainda atuou até o começo dos anos 1980, mas apenas como uma pacífica organização social de apoio a programas comunitários, que também se extinguiu.

Há poucas semanas, foi solto o último "pantera", Albert Woodfox, 69 anos, que passou 43 anos na solitária, condenado pela morte de um policial de Lousiana. Ele sempre negou o homicídio e foi condenado sem provas apenas com o depoimento de três outros presos. Tornou-se o detento americano a passar mais tempo em uma solitária.


Poucos meses após o atentado que vitimou Luther King, os atletas Tommie Smith e John Carlos fizeram um histórico protesto no pódio olímpico, no México, durante os jogos de 1968, com punhos fechados e luvas negras. Medalhistas dos 200 metros rasos, eles foram banidos das competições.

Em agosto, o Brasil recebe as Olimpíadas: não há previsão de que o pódio da Rio 2016 seja palco de gestos semelhantes.

O Black Panther Party compete, hoje, tão somente na categoria História.

Mas, nessa modalidade, jamais saiu do pódio.

Do Observatório da Imprensa: "Os jornais e a destruição criativa"

por José Tadeu Gobbi (para o Observatório da Imprensa)
A situação da indústria do jornal impresso é desalentadora. Sua cadeia de valor foi comprometida, produção, geração e distribuição de informação pelo modelo de negócios da plataforma impressa perdeu sustentabilidade e administra uma situação de tempestade perfeita com a recessão e crise econômica acentuando os efeitos da revolução digital que desestruturou o seu mercado e comprometeu o caixa.

Toda cadeia produtiva do jornal atravessa uma crise sem paralelo, não há mais sentido ter grandes e modernos parques gráficos. O impressor perdeu o emprego, a indústria de máquinas impressoras precisa se reinventar, o fabricante de filme, de tinta, a indústria de reflorestamento, o fabricante de papel, de equipamentos de pré-impressão, a destruição de valor em toda cadeia produtiva é incomensurável.

Joseph Schumpeter em 1942 descreveu o fenômeno da destruição criadora na economia de mercado. Em apertada síntese se caracteriza por um processo que tira o mercado de seu equilíbrio com inovações em produção, produtos e serviços. A incorporação destas inovações provoca a substituição de produtos e serviços e gera novo ciclo econômico.

Se considerarmos que a indústria do jornal impresso passa por um processo de destruição criadora cabe avaliar quais inovações estão provocando sua substituição e o que esta surgindo em seu lugar.

É preciso constatar um paradoxo. Num contexto em que o mercado mais demanda e consome informação de qualidade a crise estrutural pela qual passa o impresso mostra-se anacrônica.

A busca de soluções como assinatura digital, paywall poroso e outras precisam de escala para serem sustentáveis. Num país onde a cultura da gratuidade na rede esta arraigada isto é um desafio hercúleo mesmo para grandes e consolidados grupos de comunicação. Os pequenos e médios mal conseguem respirar.

Até agora o efeito de redações desmanteladas, estruturas reduzidas, jornais que alucinadamente enxugam editorias, cadernos, suplementos ou encerram suas operações produzindo somente para o digital é transformar em arremedo o jornalismo de qualidade. O resultado é acelerar a migração do leitor para o ambiente digital mais amigável e interativo onde encontra informação gratuita.

Se as empresas de tecnologia, beneficiárias desta migração, não produzem uma linha sequer de conteúdo, apenas indexam o conteúdo produzido por empresas jornalísticas, como será o futuro da imprensa quando as grandes usinas de informação tiverem sucumbido à destruição criadora?

Neste cenário até as marcas tradicionais do jornalismo perdem força em função dos novos modelos de publicidade no digital. A mídia programática, por exemplo, alcança o consumidor onde ele estiver seja no portal da Folha ou navegando pelas páginas do canal de entretenimento Porta dos Fundos fragilizando as marcas geradoras de tráfego e audiência na rede.

Junto com a indústria do impresso também a função do jornalista entra na equação. O que fazer com a grande reserva de profissionais qualificados descartados neste novo ecossistema da informação? Serão substituídos, como o foram no passado os pastups, por um novo software? Alguma inteligência artificial vai ser programada para apurar, checar, refletir, opinar, processar, fazer a curadoria e distribuir informação pela rede? O bom senso nos induz a pensar que em algum momento serão engajados pela indústria de tecnologia que, quando não mais tiverem fontes para indexar, terão que produzir informação de qualidade. Terá sido concluído o processo de substituição, resultado da destruição criadora. Tai o exemplo Netflix que de distribuidor passou a ser também produtor de conteúdo.

A questão é mais abrangente e transcende a sobrevivência da indústria do jornal impresso ou o destino dos profissionais que a mantém nestes dias heroicos. O que esta em jogo é a redefinição, pela revolução tecnológica, do papel da imprensa na manutenção da democracia em sociedades modernas.

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José Tadeu Gobbi é publicitário

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sábado, 30 de abril de 2016

Memórias da redação: há 30 anos, a imprensa esportiva já discutia se a seleção brasileira devia formar um time-base de "locais" ou se era melhor insistir nos "estrangeiros" não liberados pelos seus clubes para treinar

(do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou")
Em 2007, a imprensa esportiva debatia: a seleção brasileira deveria convocar os jogadores que atuavam na Europa e que raramente são liberados para um período mínimo de treinamento ou se seria melhor formar um time-base com os craques que estavam aqui e que, por isso, podem treinar mais?
A discussão não era nova. Às vésperas da Copa do México, em 1986, o colunista da Fatos, Sandro Moreyra, escreveu:
"Voltou, então, Telê, para dirigir as Eliminatórias e sob aplausos gerais convocou os "italianos", base do seu time em 1982: Zico, Falcão, Sócrates, Edinho, Cerezo, Júnior. 
Da convocação para a Copa do México em fevereiro e até agora, Telê só fez esperar que o joelho de Zico se comportasse bem, que Falcão, Oscar e Sócrates voltassem à forma. Como nada disso aconteceu, a seleção, a duas semanas da estréia, só tem um jeito: é apelar para um milagre".
Sandro Moreya estava certo na sua previsão: o milagre não veio e o Brasil perdeu a Copa nos pés da "geração perdida", na definição do cronista aquele grupo de craques que embora excepcional não foi campeão do mundo.

Jornalista que fez perfil de Melania Trump, candidata a primeira-dama da Casa Branca, é ameaçada

Apoiadores do republicano Ted Cruz, concorrente de Donald Trump nas primárias, usam a imagem da mulher do milionário:  "Conheça Melania Trump, sua próxima primeira-dama" e "Ou você pode apoiar Ted Cruz na próxima terça". 

Melania em matéria de promoção de sua linha de joias.

Em antiga matéria para a GQ, em 2000. Se chegar à Casa Branca, Melania será a primeira primeira-dama dos Estados Unidos a ter posado nua para uma revista. Jackie Kennedy não vale, pois foi fotografada nua por paparazzo e já não era first lady. 
por Ed Sá
Nos Estados Unidos, como aqui, a direita monta seus pelotões de intolerância e ameaça quem discorda dos seus agentes e mecanismos para chegar ao poder. A jornalista Julia Ioffe escreveu há poucos dias, para a GQ, um perfil da mulher de Donald Trump. Foi o que bastou para receber ofensas e até ameaças de morte por parte de pessoas que diziam saber dos seus passos, endereços, dados etc. Traçar o perfil de uma eventual primeira-dama não é invasão de privacidade mas interesse jornalístico. Melania Trump, uma ex-modelo eslovena que pode chegar à Casa Branca deve ser decifrada. Foi o que a jornalista fez.

Alguns tópicos que irritaram os Trump e seus seguidores:

* Melania afirma na entrevista que Jackie Kennedy, viúva de um democrata, será seu modelo de primeira-dama.
* O filho, Barron, veste ternos quase sempre. "Ele não é uma criança moleton", diz Melania.
* Uma das qualidades que Trump vê em Melania: ela não peida (!). Já ela afirma que a chave do sucesso para o casamento dos dois é manter banheiros separados. Deduz-se que Trump não seria modesto em gases e odores.
* Um repórter perguntou certa vez a Trump como ele reagiria se Melania sofresse um acidente e tivesse seu rosto atingido, um braço mutilado etc. "Ficaria com ela"? Trump respondeu: "Como é que ficaram os seios?". O repórter afirmou que os seios, um dos belos atributos de Melania, não foram atingidos no hipotético acidente."Então, sim, claro, ficaria com ela", concluiu Trump.
* A revista revela que um empresário de Melania, na sua época de modelo, costumava enviar suas contratadas, "com o intuito de promovê-las",  para festas que reuniam milionários e playboys. Foi em uma dessas que ela conheceu Trump. O empresário chegou ao local da festa acompanhado por outra jovem, mas foi imediatamente levado a conhecer Melania. Na época, segundo a matéria, a carreira de modelo de Melania declinava em função da idade, quase 30 anos.
* Ela admitiu na matéria que encontrou em Trump "poder e proteção". E confessa que o acha muito parecido com o seu próprio pai.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Parou na "lei seca": menina tenta subornar policiais com nota de 100 e jogo de pernas. Não evita prisão mas vira musa na internet. Veja o vídeo...

Lorena Aguirre tenta subornar os policiais. 

Dá um jeito de mostrar o pernão

Abaixa a alça...

...do vestido, mas não tem jeito...
...uma policial feminina acompanhada de um colega que parece o Sarney não se sensibiliza e leva a menina em cana por dirigir alcoolizada. 
por Ed Sá
A internet pode fazer uma pessoa comum entrar em modo celebridade das maneiras mais surpreendentes possíveis. Dessa vez, fez a fama de uma bela estudante mexicana, Lorena Aguirre, 18 anos, que em poucos dias já obteve perto de 500 mil fãs e milhares de curtidas. 

Tudo porque ao sair de uma balada, em Guanajuato, fez um strike em dois carros estacionados. Visivelmente "borracha", ela primeiro tenta subornar os policiais com uma nota de 100 pesos. 

Sem sucesso - 100 pesos são pouco mais de 20 reais -, apela para a sedução: de vestido curto, exibe belas pernas, focaliza os olhos verdes nos homens da lei e, como último recurso, até abaixa as alças do vestido. 

Não deu sorte: aparece uma policial feminina jogo duro que a leva em cana por dirigir alcoolizada. Só que toda a cena foi filmada por mais de um celular. Os vídeos e memes bombam na web e o caso virou matéria até em jornais europeus.
Houve uma época em que Nelson Rodrigues escrevia crônicas a partir de pequena notícias de jornal. Era a seção "A vida como ela é" do antigo "Última Hora". Hoje, a internet produz esses mini docudramas a cada minuto.
Lorena foi globalizada, ganhou uma hastag - #lady100pesos -, passou nove horas detida e foi liberada após pagar uma multa de 500 pesos. Ela pediu desculpas pela confusão através do Facebook.



VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI


Jornalistas processam diretores do New York Times por discriminação

Dois executivos do jornal The New York Times respondem na justiça por discriminar dois ex-funcionários. Em comunicado interno, Mark Thompson e Meredith Levien citaram o funcionário ideal como sendo "jovem, branco e solteiro".  Os autores da ação são Ernestine Grant, de 62 e Marjorie Walker, 61, que acusam a dupla de gestão prática para formar a "equipe ideal" baseada em princípios preconceituosos e racistas. Thompson, CEO no NYT, é ex-chefe da BBC onde também foi acusado de discriminação. Nas redes sociais, os executivos foram criticados por adotar um "estilo inspirado no nazismo", a partir de uma "purificação" genética, etária e civil.
No Brasil, tal prática é de certa maneira institucionalizada, sem grandes contestações. Há métodos formais e informais para esse tipo de procedimento seletivo. Mas pelo menos um grupo de comunicação estipula formalmente como data limite para seus funcionários na empresa os 60 anos de idade.

Chernobil: o drama e as sequelas dos fotógrafos que, há 30 anos, cobriram o acidente nuclear

Valery Zufarov e Volodymyr Repik em Chernobil, 1986. Foto UNC Museum 

por Jean-Paul Lagarride
Nos últimos dias, a mídia mundial publicou muitas matérias recordando a tragédia nuclear de Chernobil, em 26 de abril de 1986, há 30 anos. Foi quase que uma pauta obrigatória.

Coube ao Le Monde abordar um ângulo que a maioria dos veículos esqueceu: o drama dos poucos fotógrafos que conseguiram chegar ao local duas ou três horas após o acidente.

Um deles, Anatoly Rasskazov, sobrevoou em helicóptero o reator 4, com o núcleo ainda exposto. Outros três fotógrafos - Igor Kostin, Volodymyr Repik e Valery Zufarov - chegaram ao local no mesmo dia da explosão. Os quatro trabalhavam para instituições estatais.

A maioria das imagens foi recolhida pelas autoridades soviéticas, outras danificadas pela forte emissão de raios beta e gama que velava negativos. Uma das fotos de Rasskazov foi publicada doze dias depois da tragedia.

Foto de Anatoly Rasskazov/UNC Museum
Repik e Valery Zufarov também também fizeram fotos aéreas, a cerca de 25 metros de altura sobre o reator ainda com as placas de grafite fumegantes. Rasskazov foi exposto a uma radiação quase fatal e passou por processo de descontaminação.

Kostin desceu do helicóptero direto para um hospital. Ele foi o único a saltar do aparelho em pleno telhado da usina. Passou a sofrer de depressão e dizia sentir permanentemente um "gosto de chumbo" na boca. Até sua morte, em 2015, continuou voltando ao local do acidente e acompanhando a vida de sobreviventes contaminados.

Anatoly Rasskazov morreu em 2010, aos 66 anos, de câncer. Valery Zufarov também teve sequelas e morreu em 1993, sete anos depois de Chernobil.

Volodymyr Repik morreu em 2012 e foi o único a não sofrer sequelas provocadas pela cobertura fotojornalística da explosão do reator.

Brasil dá exemplo e Chile adota leis para proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em casas particulares

Foto Ministerio del Trabajo/Chile.
Poucos países têm leis próprias para trabalhadores em casas particulares. O Brasil foi um dos pioneiros ao legislar sobre a categoria, reconhecendo o trabalho digno e impedindo a exploração, a falta de proteção, o excesso de horas trabalhadas e garantindo, enfim, os direitos trabalhistas das "domésticas" (aliás, um nome impróprio adotado aqui). Em 2014, o Chile aprovou lei semelhante, posteriormente sancionada. Nessa semana, a presidente do Chile, Michele Bachelet deu uma passo a mais ao assinar a convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que que conclama os países a assumirem o compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras em casa particulares. Bom lembrar que recentemente, jovens brasileiras que foram para a Irlanda trabalhar como babás e assim custear estudos denunciaram abusos, casos de assédio sexual, de exploração financeira, segundo denúncias apuradas pela ONG Migrant Rights Centre, sem amparo na legislação local.


UTILIDADE PÚBLICA


Vai pro altar ou não vai?

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Na Maxim, Sara Sampaio, a modelo portuguesa que é formada em matemática avançada


por Clara S. Britto
Sara Sampaio. O nome é familiar, mas não é de uma brasileira. A portuguesa, de 24 anos, capa da Maxim americana, é uma modelo em ascensão. Ou já no topo. É uma das angels da Victoria Secret. Segundo a revista, ela podia ter começado a carreira aos 16 anos, quando ganhou um concurso para estrelar uma campanha publicitária, mas os pais a convenceram a não deixar os estudos. Sara entrou para uma universidade onde se formou em matemática avançada. Durante uma viagem a Londres, chamou a atenção de agências e tornou-se modelo profissional. Em passarelas de louras, os cabelos negros da portuguesa valem milhões. Depois de fazer campanha mundial para a Axe, ela é vista em outdoors em toda a Europa como musa da grife italiana Calzedonia, que também tem como modelo a brasileira Adriana lima.

A polêmica comediante Amy Schumer está na Vanity Fair fotografada por Annie Leibovitz. E com a vagina em chamas


Reproduções Vanity Fair


por Niko Bolontrin
A capa da Vanity Fair de maio é a atriz e comediante Amy Schumer, do canal Comedy Central, onde apresenta o polêmico "Inside Amy Schumer". Amy é também a protagonista do filme  "Trainwreeck", algo como "Descarrilada ou "Descompensada", uma comédia romântica ainda não lançada no Brasil.
Ela está na moda, seu programa está na terceira temporada. Contudo, Amy tem sido criticada por suas piadas consideradas racistas, foi acusada de plágio mais de uma vez e de explorar estereótipos sobre mulheres, mas é elogiada por Woody Allen.

Foto de Annie Leibovitz para a Vanity Fair. Reprodução Instagram
Annie Leibovitz fotografou a atriz para a capa da Vanity Fair em clima hollywoodiano clássico. Uma sessão de fotos comportada até que Amy implorou para que a fotógrafa a clicasse usando apenas uma camiseta, sem nada por baixo, nem muito embaixo. Amy gosta de fazer piadas sobre vagina. Brinca frequentemente sobre "coisas de mulheres", daí a acusação de usar estereótipos. No Globo de Ouro mencionou no palco sua compulsão por se coçar na região. No show, falou da sua ideia de lançar o iogurte Yo-Puss próprio para minimizar eventuais odores íntimos.

A atriz ficou tão empolgada com a foto de bastidores -  photoshopada como uma vagina literalmente em chamas -  que postou a imagem no Instagram. "Expliquei a Annie o quanto era importante para mim e ela finalmente concordou. Eu me senti poderosa e bela. Ela entendeu. Ou talvez ela correu para o banheiro para vomitar. Foi um dos momentos mais significativos da minha vida ", escreveu.

Ao estilo Amy, a camiseta também é provocativa e não tem nada de politicamente correra: "No coffee, no workee" ironiza o inglês típico dos chineses de lavanderia de Los Angeles que costumam avisar aos cliente: "No tickee, no washee".

Estudo revela detalhes do faturamento publicitário da mídia em 2015

A Kandar Ibope Mídia acaba de lançar um detalhado relatório sobre o comportamento do mercado publicitário em 2015. Confira alguns tópicos: 

* O volume de verbas aplicadas na mídia em geral cresceu em 9% em relação a 2014, alcançaNdo R$ 132 bi, mas descontada a inflação registrou-se uma retração de 0,9%. Mesmo assim, um desempenho acima da totalidade da economia do país.

* TV e TV paga ficaram com 70% dessas verbas, patamar semelhante ao ano anterior.

* O meio Jornal perdeu 15% das verbas publicitárias em relação ao ano anterior.

* O meio Revista perdeu 5% dos anúncios.

* O meio Rádio cresceu 2% em 2015.

* O meio Cinema foi o que mais cresceu: 37%.

* O meio digital com um faturamento de R$8,7 bi alcança 7% do bolo total de R$132 bi em 2015. Como a metodologia da pesquisa foi mudada não é possível comparar 2015 com 2014. Mas o estudo considera expressivo os números do meio. Revistas, por exemplo, alcançaram no ano passado um total de R$ 5,3 bi. O meio Jornal, que faturou R$16,8 bi.

* Apesar da crise, vários setores aumentaram seus investimentos em publicidade. Entres estes, varejo, produtos farmacêuticos, alimentação, mercado financeiro e seguros, serviços ao consumidor, segmentos de cultura, esporte, lazer e turismo.

* Diminuíram suas verbas publicitárias: setores de veículos, combustíveis, bebidas, higiene pessoal e beleza, mercado imobiliário.

VEJA O RELATÓRIO COMPLETO DO KANDAR IBOPE MÍDIA, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Cantora Malu Gavassi protesta contra excesso de photoshop e de produção na sua capa para a revista VIP: "Robô editada".

Reproduçõa/Instagram
por Clara S. Britto
As revistas tanto abusaram no photoshop que há uma espécie de rebelião das modelos, celebridades  e mulheres comuns contra o artificialismo das fotos retocadas, produzidas demais e alteradas pelo soft. Às vezes, os diretores de Arte perdem a linha e criam verdadeiros clones das fotografadas.

A cantora Manu Gavassi reclamou no Instagram dos resultados do ensaio que fez para a revista VIP. Ela afirma que não se reconheceu "com tanto photoshop".

Também nos Estados Unidos e na Europa muitas estrelas de capa botaram o bloco na rua contra essa mania de fotos perfeitinhas. Elas alegam que as meninas, desde cedo, passam a ser vítimas de uma padrão de beleza que é uma mentira. Depois de revelar que ela mesmo, aos 15 anos, se sentia um "patinho feio", Malu postou no Instagram seu  próprio e  autêntico ensaio.

Ela escreveu:

"Olhando agora essa minha capa, resolvi fazer o meu próprio ensaio sensual com uma fotógrafa que além de ser uma das minhas melhores amigas é uma das mulheres que mais admiro @maqui.nobrega. Fotografamos na minha casa, de manhã, com pouca maquiagem e sem retoque nenhum, do jeito que me sinto mais linda e confiante (foto da direita) bem diferente da robô editada tentando ficar confortável em um maiô, sem poder de escolha sob sua própria imagem, como na foto da esquerda. Isso não é ser linda e sexy. Pra mim ser linda é acordar descabelada e se amar, é amar suas curvas e seus ossinhos, ser linda é sorrir sem motivo, é ser feliz, é não precisar impressionar ninguém nem se desesperar pra se encaixar em padrões surreais, é ser inteligente. É ser especial com seus defeitos e qualidades. É ser você. Você tem o direito de se sentir linda. Depois de anos sofrendo pra que a minha imagem agrade as pessoas e a mim, anos tentando ser parecida com capas de revista, percebo que ser linda e sexy na vida real é o oposto disso". 


    Malu Gavassi publicou o ensaio pessoal no Instagram: sem maquiagem, descabelada com "curvas e ossinhos". Foto: Reprodução Instagram

Jornal do Commercio: o segundo impresso mais antigo do Brasil chega ao fim


A redação do Jornal do Commercio, no Rio de Janeiro, conclui hoje, no começo da noite, a edição que vai para as bancas amanhã. E, em seguida, desliga pela última vez os computadores. O último a sair apagará a luz. Infelizmente, um triste gesto que tem se tornado rotina na vida profissional de muitos jornalistas.

Fundado em 1827, o segundo jornal mais antigo do Brasil - o Diário de Pernambuco, dois anos mais velho, é o líder do ranking dos veículos ainda em circulação - é mais uma vítima das novas mídias. Mas seu desgaste, que se acentua há anos, também é atribuído à cartelização dos meios de comunicação. no Brasil, que torna impossível a concorrência com os poucos grupos predominantes.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Edward Snowden: filme de Oliver Stone sobre o herói que denunciou a máquina policial de espionagem americana já tem trailer oficial...


por Ed Sá
Previsto para ser lançado no ano passado mas adiado sem maiores explicações - provavelmente porque em 2015 chegou aos cinemas documentário "Citizen Four", também sobre o monitoramento global de cidadãos e empresas por parte dos Estados Unidos -, o filme "Snowden", dirigido por Oliver Stone, acaba de ter seu trailer oficial lançado na web.

Edward Snowden, o ex-analista de sistemas que, por questões de ética pessoal, abriu a caixa- preta da espionagem promovida pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a poderosa NSA, instituição policial de controle político, informações e vigilância totalitária do governo americano, tem Joseph Gordon-Levitt como protagonista. Além dele, estão no elenco, Shailene Woodley, Zachary Quinto (no papel do jornalista Glenn Greenwald, que publicou o material obtido por Snowden, Nicholas Cage e Rhys Ifans.

"Snowden" estreia nos Estados Unidos em setembro e não tem data ainda para chegar ao Brasil.

Procurado pela CIA e alvo de ameaças de morte - o Parlamento europeu recebeu denúncia de que agentes americanos tentavam assassiná-lo-, Edward Snowden pediu asilo político a 21 países, entre ele, o Brasil, mas só a Rússia aceitou recebê-lo. O americano foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz e já recebeu homenagens de centenas de organizações que  o consideram um herói da integridade, da ética e dos valores democráticos.
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Argentina sob arrocho neoliberal é um alerta: o Brasil da chapa Temer-Cunha será a bola da vez...

(Daniel Oiticica, de Buenos Aires para o Blue Bus) 

“Quero voltar a estar mal” | 
A Argentina vê renascer 
a música de protesto
 Ignacio Copani é um cantor e compositor argentino de 58 anos, autor de mais de 1.200 canções em mais de 30 anos de carreira. É também um artista comprometido com as causas sociais. E como grande parte da classe artística e intelectual argentina, vem sofrendo, angustiado, a realidade imposta pela política de arrocho do governo de Mauricio Macri.

Em menos de 5 meses no poder, o empresário Macri realizou a maior transferência de riqueza de que se tem notícia na história pós-ditadura, das classes mais pobres para os empresários mais ricos. Com sua caneta presidencial, legitimada por uma maioria democrática, mas suspeita por voraz e veloz, Macri isentou de impostos grandes empresários mineiros e agroexportadores, ao mesmo tempo em que desvalorizou o peso (o que fez triplicar a inflação dos alimentos); aumentou em até 500% as tarifas públicas de luz, gás e transporte; demitiu milhares de funcionários públicos. Sem falar do brutal endividamento do país que promoverá para pagar o acordo fechado com os fundos abutres, um punhado de especuladores financeiros, liderados por Paul Singer.

Apesar de representarem menos de 7% do universo total de credores da dívida argentina pós-moratória de 2001, Macri pagará a esses especuladores quase a metade do valor já pago aos outros 93%, durante o difícil, mas elogiado e bem sucedido processo de reestruturação da dívida, lançado em 2005 por Nestor Kirchner. Além disso, o governo Macri conseguiu dobrar com pressões o até então combativo sindicalismo argentino, exigindo negociações salariais com aumentos bem abaixo do índice projetado para a inflação anual, fato jamais ocorrido durante a Era Kirchner. Apesar de uma inflação anual que rondava os 30%, até o ano passado, a Argentina ostentava o salário mínimo com maior poder de compra de toda a América Latina.

E o desastre não é apenas econômico. Macri também destruiu importantes conquistas democráticas, como a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, que teve vários artigos eliminados, ficando reduzida a uma lei de livre mercado. Já não tem a prerrogativa de reestruturar a injusta concentração do espectro audiovisual argentino. Algumas semanas atrás, legitimado pelas modificações na lei, Macri deu sinal verde para um negócio de milhões de dólares: a compra da Nextel pelo Grupo Clarín, o imbatível king-kong local das comunicações, amigo e protetor midiático do presidente.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA E OUÇA A CANÇÃO E IGNACIO COPANI 
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Deu no Adweek: Quadro de Renoir ajuda instituição de São Paulo a encontrar crianças desaparecidas

Reprodução/MASP

O quadro "As Meninas" (também conhecido como "Rosa e Azul"), de Renoir, pertence ao Museu de Arte de São Paulo, onde está desde 1952.

O site Adweek, especializado em publicidade, publica uma matéria onde destaca e elogia uma nova e nobre função da obra do pintor impressionista francês.

O PLID (Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos), do Ministério Público de São Paulo, em parceria com dezenas de instituições, utiliza o quadro como um dos elementos - ao lado de depoimento de mães de crianças desaparecidas -, para divulgação do trabalho do PLID, em peça de uma campanha assinada pela agência VML.

O filme é bem realizado e comovente.

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Assembleia para escolha da Comissão Eleitoral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro será amanhã (27/04), às 19h

A eleição da Comissão Eleitoral do pleito para a renovação da diretoria do SJPMRJ este ano será realizada na quarta-feira (27/04), a partir das 19h, na sede (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar - Centro). Participe!
De acordo com o Estatuto, a Comissão Eleitoral será responsável pela preparação, convocação, divulgação e realização da eleição sindical para a diretoria do Sindicato, Comissão de Ética e Conselho Fiscal. Serão eleitos para formar a comissão 3 jornalistas titulares e dois suplentes, todos sindicalizados.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro

terça-feira, 26 de abril de 2016

Desculpe, entreouvi mal...


Reproduzido do Globo 

por Omelete 
Charge que precisa de explicação, já é complicado. O que dizer de uma charge que precisou de uma matéria como bula? Sob o título "Avenida Centenária não é em homenagem ao arquiteto", o Globo corrige hoje a charge de ontem que atribuiu o nome da Av. Niemeyer ao arquiteto Oscar Niemeyer, quando  o nome se deve a Conrado Niemeyer, que também inspirou o nome do bairro que a avenida liga ao Leblon. Caruso é paulistano, entende-se. O que não dá para entender é a desculpa esfarrapada para o erro: teria sido uma "pegadinha". Chico justificou dizendo que "Niemeyer escrito do mesmo jeito, todo mundo imagina que é o arquiteto". Todo mundo quem, cara-pálida?  E não é que seja escrito do "mesmo jeito". É igual, é o nome no crachá da família. Oscar Niemeyer era primo de Conrado Niemeyer.

Deu no Sensacionalista... Cadê tu?

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Viu isso? Não é bem um drone, é uma câmera voadora que faz selfie... sem 'pau-de-selfie'


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