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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Gol de letra: jornalista Paulo Cezar Guimarães lança amanhã, na sede do Botafogo, a biografia de Sandro Moreyra


por José Esmeraldo Gonçalves

O jornalista, escritor e professor Paulo Cezar Guimarães, que foi competente repórter do Globo, da Manchete, e se destacou também na Comunicação Empresarial, lança na amanhã, 22 de agosto, a partir das 19h, o livro “Sandro Moreyra – Um autor à procura de um personagem”, da Editora Gryphus.

Uma obra que fazia falta. Sandro Moreyra foi uma representação completa de uma era luminosa do jornalismo esportivo, aquela com um toque de classe romântico que fazia embaixadinhas com a crônica. Passou pelo Diário da Noite, Placar, foi comentarista da Rede Manchete e cronista da revista Fatos, mas se tornou referência para gerações de jornalistas quando atuou no dream team da editoria de Esporte do Jornal do Brasil, uma espécie de academia da crônica esportiva. Ali, assinou por três décadas a coluna Bola Dividida.


O autor é botafoguense como Sandro e muitos dos cerca de 100 entrevistados que o conheceram e compartilham histórias e momentos ao lado do biografado.

O livro do PC Guimarães será lançado na sede social do Botafogo.

Bem ali atrás ficava o antigo estádio, épico local de trabalho de Heleno, Paulinho Valentim, Garrincha, Nilton Santos, Amarildo, Didi, Quarentinha, Manga e tantos outros craques.

Do gramado, bom que se diga.

Porque na tribuna de imprensa brilhava uma escalação de jornalistas que por baixo do crachá guardava no peito, com a discrição possível e uma sofrida isenção, a Estrela Solitário: além do próprio Sandro, João Saldanha, Armando Nogueira, Maneco Muller, Claudio Mello e Souza, Oldemário Touguinhó, Roberto Porto...

Serão presenças virtuais na fila de autógrafos do PC Guimarães.

sábado, 30 de abril de 2016

Memórias da redação: há 30 anos, a imprensa esportiva já discutia se a seleção brasileira devia formar um time-base de "locais" ou se era melhor insistir nos "estrangeiros" não liberados pelos seus clubes para treinar

(do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou")
Em 2007, a imprensa esportiva debatia: a seleção brasileira deveria convocar os jogadores que atuavam na Europa e que raramente são liberados para um período mínimo de treinamento ou se seria melhor formar um time-base com os craques que estavam aqui e que, por isso, podem treinar mais?
A discussão não era nova. Às vésperas da Copa do México, em 1986, o colunista da Fatos, Sandro Moreyra, escreveu:
"Voltou, então, Telê, para dirigir as Eliminatórias e sob aplausos gerais convocou os "italianos", base do seu time em 1982: Zico, Falcão, Sócrates, Edinho, Cerezo, Júnior. 
Da convocação para a Copa do México em fevereiro e até agora, Telê só fez esperar que o joelho de Zico se comportasse bem, que Falcão, Oscar e Sócrates voltassem à forma. Como nada disso aconteceu, a seleção, a duas semanas da estréia, só tem um jeito: é apelar para um milagre".
Sandro Moreya estava certo na sua previsão: o milagre não veio e o Brasil perdeu a Copa nos pés da "geração perdida", na definição do cronista aquele grupo de craques que embora excepcional não foi campeão do mundo.