terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Série sobre assassinato de embaixador russo ganha o World Press Photo 2017. Brasileiro Lalo Almeida, com imagem dramática sobre vítimas de zika vírus, fica em segundo lugar


Foto de Burhan Ozbilici, vencedor do World Press Photo 2017.

por Jean-Paul Lagarride

Entre quase noventa mil fotografias inscritas por profissionais de 125 países, a 60ª edição do concurso World Press Photo apontou como Fotografia do Ano a série de imagens capturadas por Burhan Ozbilici, da Associated Press (AP), focalizando o assassinato do embaixador russo Andrei Karlov, na Galeria de Arte Contemporânea de Ancara, na Turquia em dezembro do ano passado. A série denominada "Um Assassinato na Turquia" mostra o terrorista islâmico Mevlüt Mert Altintas, um policial que fazia parte do dispositivo de segurança, com arma na mão, logo após disparar contra o embaixador.

A escolha da foto vencedora provocou polêmica até entre o júri que se dividiu entre a crueza de um fato jornalístico que não se pode ignorar e a publicidade que se dá indiretamente a um cruel ato de terrorismo.

Além de Ozbilici, 45 fotógrafos de 25 países foram premiados este ano.

Foto de Lalo Almeida, segundo lugar na categoria Prize History do World Press Photo. 

O fotojornalista brasileiro Lalo Almeida, colaborador do New York Times e da Folha de São Paulo no Brasil e na América do Sul, ficou em segundo lugar na categoria Prize History com a foto "Vítimas do Zika Vírus".

VEJA A GALERIA COMPLETA NO SITE DO WORLD PRESS PHOTO, CLIQUE AQUI

Revista Playboy americana só ficou um ano vestida. Vai tirar a roupa de novo...

por Niko Bolontrin

Faz parte da síndrome da Internet que assola o meio impresso. Muitas revistas tradicionais não sabem bem o que fazer e executivos estressados não param de anunciar novos modelos e ferramentas que, aliás, implantam e abandonam com velocidade de Fórmula 1.

Há um ano, a edição americana da Playboy decidiu acabar com a nudez em suas páginas sob a alegação de que os tempos e o mercado eram outros, a expectativa do leitor diversa etc etc.

Não deu certo. O faturamento caiu e a receita das versões digital e impressa não correspondeu às metas do grupo.

Muitas edições da Playboy franqueadas para outros países mantiveram a nudez, o que também não significa que levem vida boa nas vendas. A edição brasileira, por exemplo, que no ano passado deixou de ser da Abril para ser bancada pela PBB Editora, perdeu fôlego e passou sua periodicidade a bimestral, em vez de mensal. E acaba de determinar que a nudez frontal não será mais "obrigatória" nas suas páginas. Isso, antes de da Playboy americana revisar sua política de anti-nudez.  

Ontem, Cooper Hefner, 25, filho do fundador da Playboy, Hugh Hefner (atualmente com 90 anos) admitiu que vestir as playmates foi um erro. A Playboy está divulgando a edição de março já com a hastag #NakedIsNormal (nu é normal).

Outra mudança de conceito: a revista retira da capa o rótulo "Entretenimento para homens". Isso significa que os editores agora reconhecerão a diversidade de gêneros na publicação.

Cooper mantém, contudo, a opinião de que a nudez publicada pela Playboy era "antiquada". Supõe-se que ele deverá "modernizá-la". Seja lá o que isso significa tratando-se de atributos milenares desde que Eva comeu a maça ou foi comida por qualquer outro fruto ou hortaliça bíblicos.
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O JB vai voltar? Empresário Omar Peres adquire a marca Jornal do Brasil. O objetivo seria relançar versão impressa .


Segundo o colunista Maurício Lima, da Veja, o empresário Omar Peres adquiriu de Nelson Tanure a marca Jornal do Brasil. O titulo do jornal carioca foi a leilão há alguns meses por determinação da Justiça do Trabalho: uma das sessões acabou sustada e outra não teria obtido lances mínimos.

A renda do leilão frustrado deveria ser destinada ao pagamento de indenizações trabalhistas devidas pelo antigo proprietário aos ex-funcionários do JB.

A nota da Veja não entra em detalhes da operação de venda agora anunciada e nem de como ficarão os interesses dos jornalistas que levaram calote de gestões anteriores.

Nos últimos anos, Peres adquiriu algumas marcas-símbolo do Rio, como os restaurantes Fiorentina e Bar Lagoa. Ele é também sócio de Ricardo Amaral no projeto de reabertura mítico Hippopotamus. E constrói o Rian na Av. Atlântica, no Leme. O nome remete ao de um cinema que era point nos anos 1950 e 1960 na mesma avenida.

Desde agosto de 2010, o JB se mantém em versão digital. Omar Peres, que ainda não confirmou a notícia, teria planos de relançar a edição impressa do Jornal do Brasil.


A pedido de Michel Temer, Justiça passa a tesoura no jornalismo. Os golpistas de hoje imitam os golpistas de ontem...

Teoricamente, a Constituição de 1988 acabou com a censura instituída no Brasil pela ditadura militar. Teoricamente porque alguns juízes de vários estados passaram a acolher ações  - geralmente movidas por políticos - para censurar meios de comunicação ou mandar retirar conteúdo que supostamente atingem autoridades ou pessoas a elas ligadas.

O atual e ilegítimo governo Michel Temer parece estar com saudades da ditadura militar.

A pedido da Presidência da República, um juiz de São Paulo acaba de passar a tesoura em reportagens da Folha de São Paulo e do Globo sobre o rumoroso caso envolvendo troca de mensagens entre Marcela Temer e um hacker, já condenado, que tentava chantageá-la usando informações e fotos roubadas do celular e do email da primeira-dama.

Não cabe à Justiça impedir a publicação de uma reportagem. Isso aí é censura prévia. Qualquer pessoa tem direito a processar meios de comunicação caso se sinta ofendida ou difamada por conteúdos publicados. Mas a censura prévia não está entre esses direitos.

Várias entidades manifestaram repúdio à censura judicial.

Vai ver Temer é seguidor do twitter de Donald Trump, que mete o pau na mídia post sim, post não.

Na semana passada, ele baixou portaria restringindo a circulação de jornalistas no Palácio do Planalto. Repórteres e fotógrafos agora devem ser contidos no Comitê de Imprensa. Antes, os jornalistas credenciados tinham acesso aos andares, com exceção do terceiro piso, onde fica o gabinete presidencial.

O Planalto anda tão frequentado por figuras citadas em delações da Lava Jato que, provavelmente, a turma precisa de um pouco de privacidade para pensar na vida pregressa.


Checagem de notícias na velha mídia: falso ou verdadeiro?

A mídia digital alternativa incomoda a velha mídia. Simplesmente porque expõe fatos que por interesses empresariais e políticos são omitidos ou apenas parcial e seletivamente abordados pelos veículos do main stream.

Daí, empreende uma espécie campanha para desmoralizar a mídia independente buscando confundi-la como derrame de falsas notícias que circulam em redes sociais ou em correntes de emails.

Foi a mídia independente que criou ferramentas e processos para checar a veracidade de informações nos vários meios. Daí, surgiram as agências de checagem que se proliferam e se propõem a confirmar com várias fontes notícias e dados oficiais ou privados manipulados por políticos em empresários. Essa, a checagem criteriosa, deveria ser um premissa do jornalismo mas alega-se, hoje, falta de tempo ou de pessoal para cumprir esse paradigma da profissão.

Com isso, a velha mídia aderiu ao formato inovador e passou a utilizar serviços de agências de checagem, o que é saudável, mas a honestidade precisa se confirmar na prática ou não passará de um louvável intenção.

Um mero exemplo: os principais veículos do país apregoam há meses que Alexandre de Moraes, indicação política de Temer para o STF, é um "respeitado constitucionalista" lotado de títulos e autor de vários livros sobre o tema. Coube ao site Jornalistas Livres revelar que os livros têm trechos plagiados. Moraes não negou, apenas botou a culpa em um coautor.

Agora, descobre-se que o futuro ministro do STF, ao contrário do que informa seu currículo Lattes, não tem doutorado pois não chegou a fazer a dissertação de mestrado obrigatória. Há sinais também de que o ministro da Justiça licenciado do atual e ilegítimo governo mostrou velocidade incomum no cumprimento de etapas da carreira. Seria uma espécie de Usain Bolt do Direito. Moraes não negou, apenas botou a culpa em uma secretária.

Nos dois casos, a velha mídia limitou-se a reproduzir passivamente a "notícia alternativa" e não foi capaz de checar o currículo e a autenticidade absoluta da obra do citado personagem. Mal comparando, embarcou amadoristicamente na "corrente de email".

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Jornal publica foto do ator Alec Baldwin, que imita Trump, como se fosse imagem do presidente americano...




por Jean-Paul Lagarride

O jornal El Nacional, da Republica Dominicana, confundiu política com humor, o que quase sempre dá no mesmo. O jornal publicou na última sexta-feira uma foto do ator Alec Baldwin, que faz uma elogiada caricatura de Donal Trump no programa Saturday Night Live, como se fosse o presidente americano.
A foto foi enviada ao jornal pela AP, mas estava identificada corretamente. Na edição, o estagiário trocou as bolas. El Nacional pediu desculpas. E as redes sociais se encarregaram de divulgar a mancada.


Deu no MSN Esportes: circula na internet um vídeo inédito do GP de San Marino, em Ímola, gravado no fim de semana em que Ratzenberger e Senna morreram

Senna pouco antes da corrida fatal, em Ímola. Reprodução de vídeo inédito (link abaixo)

O fim de semana de 29, 30 de abril e 1° de maio de 1994 marcou tragicamente a história da Fórmula 1. Ainda durante os treinos, na sexta-feira, Rubens Barrichelo capotou como seu carro, feriu-se sem gravidade mas ficou fora da corrida no domingo.

No sábado, um acidente matou o piloto austríaco Roland Ratzenberger.

No domingo, na largada, os carros de J.J. Lehto e Pedro Lamy se chocaram, sem gravidade, mas dois pneus de um dos carros foram arremessados em direção às arquibancadas e feriram espectadores..

Naquele GP, Senna liderou movimento dos pilotos que reivindicaram revisão de normas de corrida e pretendiam restaurar uma extinta Comissão de Segurança onde eles tinham participação e voz. Apesar de identificarem problemas no circuito, os pilotos, inclusive Senna, decidiram correr no domingo.

As imagens do vídeo inédito feitas por um espectador que estava posicionado em frente aos boxes mostram que na F1 a fria norma daquele domingo foi fazer o show continuar, mesmo após Ayrton Senna bater no muro de concreto da curva Tamburello (o brasileiro foi declarado morto poucas horas depois, no hospital, embora paramédicos que o atenderam no local tenham afirmado que Senna faleceu ainda no carro). Os organizadores teriam adiado a confirmação das mortes, tanto no caso de Ratzenberger quanto no de Senna, para evitar o cancelamento das provas. A FIA desmentiu essa informação.

O link do vídeo foi enviado ao Panis por Roberto Muggiati. 

- "É uma visão caótica, ao contrário daquela pasteurizada exibida pelas Globos da vida, mostra o lado sujo e barulhento da Fórmula-1 e a morte sempre rondando o espetáculo (me deu um pouco a impressão de uma tourada...).

E a lembrança do jornalista: nove horas da manhã, assistindo a TV deitado no sofá em minha casa, acontece aquilo e eu vou correndo para a Manchete para fechar a edição naquele domingo mesmo e sair de lá na madrugada de segunda.

A correspondente Ivy Fernandes foi acionada em Roma e partiu para Bolonha, a 30 km de Ímola", recorda o ex-diretor da Manchete.

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Com o tema "Imprensar-te-ei" bloco Imprensa Que Eu Gamo 2017 trola os corruptos do poder e da cadeia






Fotos bqvMANCHETE
Com o samba "Imprensar-te-ei", uma referência ao linguajar pernóstico e brega do presidente ilegítimo, o "Imprensa que eu gamo" animou Laranjeiras, ontem. Foi o vigésimo-terceiro desfile do bloco. "Primeiramente, diretamente se escolhia o presidente/Seu editor, o que aconteceu/Entrei no Uber e a gente se perdeu/ Ai, ai, Eike confusão/Bangu é o novo point de grã-fino no verão/ tá virando lema, a sacanagem suprema/ e eu que sempre trabalhei, sei lá se aposentar-me-ei", cantava o samba do Imprensa. Em outra estrofe, mais recados: "Ó seu Cabral.../ Ganhou anel, perdeu a nau/ Tá esculachado/ Réu e juiz até parecem namorados/ Tenho convicção, não precisa delação, é fato/ Eles afogam o ganso/O povo é quem paga o pato".


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Fotomemória da redação - Gal Costa em dois cliques da Fatos & Fotos. Com Caetano e Gil, em Londres, e com Guilherme Pereira e Cláudio Segtowich em Ipanema

Gil, Gal e Caetano, Londres, 1970. Reprodução/Fatos & Fotos


Gal, Guilherme Pereira e Cláudio Segtowich, Ipanema, 1976. Foto Arquivo Pessoal

Em 1970, Gal Costa visitou Caetano e Gil. Tempos de chumbo, os dois estavam então exilados em Londres, onde moraram de 1969 a 1971, após terem sido presos pela ditadura militar.

A Fatos & Fotos registrou com exclusividade o momento Tropicália no terreiro de Elizabeth, mais precisamente em Chelsea, rua Redesdale, endereço da dupla, uma casa simples com móveis de brechó. Na foto, vê-se uma máquina de escrever, algo inusitado para as novas gerações, mas provavelmente foi daquele "aplicativo" diluviano que saiu a letra da antológica 'London, London", de Caetano

Seis anos depois, a FF reencontrou Gal, de visual novo, dessa vez em Ipanema, onde ela morava. O famoso Pier, do qual foi musa, havia sido desmontado um ano antes. A foto em P&B é de bastidores, foi feita na Rua Saint Romain, logo após Gal Costa dar uma entrevista e posar para a Fatos & Fotos.

Um trio bem humorado - a cantora, seu maquiador Guilherme Pereira e o produtor Claudio Segtowich - foi fotografado ao lado da "viatura", uma Rural da frota da Bloch.

Gal vivia um grande momento. Poucos meses antes, de abril a outubro de 1975, sua voz abriu a novela 'Gabriela', um dos maiores sucessos da TV. Com Gal, o Brasil cantou "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi. A matéria da FF tinha a ver com esse fenômeno musical da época: naquela semana, era lançado o LP  "Gal canta Caymmi", com dez faixas de autoria do genial compositor.

Gal continua na estrada. Neste domingo, 17, se apresenta em São Bernardo do Campo. Guilherme Pereira morreu em 2008. Claudinho Segtowich, produtor de dezenas de capas para revistas da Bloch como Manchete, Fatos & Fotos, Amiga e Desfile mora em Búzios, onde é atuante em eventos e em movimento de defesa e preservação do balneário.

O tempo rodou num instante, como diz o poeta Chico Buarque.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Meme resume o Brasil: tá tudo dominado...

Reprodução Instagram

A meme acima está dando o seu recado a milhares na web. É precisa, mas não faz rir. Diante de um rolo compressor do atraso manejado por políticos denunciados, por podres poderes econômico e financeiros, sob a claque da velha mídia, parece dizer que os brasileiros pouco podem fazer para reagir a não ser desabafar com memes. E constatar o óbvio.
Além disso, a imagem desmente a teoria de evolução das espécies.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Capa de revista abala legiões Trumpianas do coração da América... O motivo é a área sul de uma foto ousada


por Clara S. Britto
A supermodelo americana Grace Hartzel, 19, provoca polêmica na terra de Donald Trump em capa e ensaio para a revista Purple, de fevereiro.

O motivo da reação está, claro, na região sul da foto revelada por um macacão de jeans. Tal detalhe é algo inédito em capas de revistas que não são exatamente do segmento editorial masculino. Até publicações como a Playboy já abriram mão do explícito.

O detalhe é que Hartzel, top em ascensão que já fez campanhas para Saint Laurent e posou para editoriais e matérias na Vogue francesa, Interview e Love, nasceu e cresceu no rígido e conservador Meio-Oeste americano. E teve infância tão certinha e puritana quanto a "América profunda" impõe.

Beckileaks: vazamento de milhares de emails de David Beckham é gol contra a imagem do ex-jogador


por Jean-Paul Lagarride

O assunto do momento nos jornais ingleses é o chamado Beckileaks: o vazamento de milhares de emails da caixa postal do jogador David Beckham. O conteúdo do pacotaço atinge em cheio a imagem do ex-jogador.

A troca de mensagens em Beckham e seus assessores expõe suas supostas tentativa de usar trabalhos de caridade para alavancar sua campanha para se tornar Cavaleiro do Império Britânico (o nome do jogador foi recentemente bloqueado no último minuto com base em objeções levantadas a propósito da sua participação em um sistema controverso de investimentos financeiros). Antes disso, comentando rumores sobre uma possível homenagem oficial que receberia, ele foi curto e grosso: "se não for o título de Cavaleiro, foda-se".

Até agora, apenas parte do material foi vazada.

Nos emails, Beckham, que é Embaixador da UNICEF, também se queixa de que a organização lhe pediu dinheiro. Ele diz que não vai dar qualquer ajuda com seus próprios recursos.

Porta-voz da UNICEF tuitou afirmando que por mais de 15 anos "David Beckham tem sido um embaixador @UNICEF dedicado e apaixonado, ajudando milhares de crianças". Representantes do ex-jogador dizem que os emails foram editados e divulgados depois que ele se recusou a ceder a uma tentativa de chantagem de milhões de dólares.


Fato & Foto no Rio 40 graus: cidadania não dispensa sombra


Reprodução O Globo

Ser manifestante no Rio de Janeiro sob uma calor de mais de 40° não é pra qualquer um.

Mas é tão cabeluda a situação e tão sério o drama dos funcionários com salários atrasados ou preocupados com privatizações anunciadas que a turma encara o sufoco. Mas há limites. E, afinal, sombra não é coisa que se despreze.

A foto de Ana Branco no Globo, hoje, retrata bem a situação. Em frente ao Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa, funcionários da Cedae que protestam com a proposta de privatização da empresa se abrigam no único recorte de sombra possível. A bem-vinda projeção de um prédio aliviou a dureza da tarde.

Cinema cria um novo movimento: o Neoadesismo Brasileiro. São os filmes-exaltação do golpe que vão representar o Brasil no Oscar do ano que vem...

por O.V.Pochê

O cinema já conheceu muitos movimentos. O Neorealismo italiano, a Nouvelle Vague, o Cinema Novo.

Alguns cineastas estão com as câmeras ligadas para dar mais uma contribuição à nomenclatura da linguagem cinematográfica: vem aí o Neoadesismo brasileiro.

Longas sobre as investigações políticas e Lava Jato seriam os filmes-manifesto do novo movimento, levando-se em conta o teor das declarações dos realizadores sobre os respectivos temas.

É política, mas também é business.

Um dos diretores do movimento
cinematográfico Neoadesismo Brasileiro
a caminho do Oscar. Reproduçõa
O cinema-exaltação do golpe conta com um público potencial representado pelo "Brasil dividido" e pela ascensão da direita sacramentada pelo voto nas últimas eleições.

Caso a resposta na bilheteria seja boa, estará aberto um novo filão. Já estão em fase de roteirização "Bolsonaro, a epopeia", sobre o futuro candidato a presidente que tentará repetir no Brasil o fenômeno Trump; "Sheherazade, profissão guerreira", sobre episódios de coragem protagonizados por uma jornalista;  "A saga da Bancada da Bala", sobre o grupo que luta pelos direitos sociais da Colt, Beretta e AR15; "Coração Verde, Amarelo, Branco, Azul Anil", este sobre os líderes das passeatas coxinhas; "11 Homens e um Pepino", sobre as votações do STF durante a conspiração; "Legião de Herois", sobre o governo pós-golpe e seus ministros; "A Garganta Profunda que Salvou uma Nação", sobre o destemor e o patriotismo dos caguetas premiados; e "O Calvário do Milionário", sobre a prisão de um dos homens mais ricos do mundo.

Não se pode dizer que o golpe não está dando sua contribuição à Cultura. Tanto que cada um desses filmes já desponta como candidato a representar o Brasil no Oscar do ano que vem.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

The Economist diz que Macri e Temer querem dançar juntinhos... O nome do baile, segundo a revista é "The Mauricio and Michel Show"...

Reprodução The Economist (neste link)

Longevidade... Aos 63 anos, a modelo Christie Brinkley volta a posar para a revista Sports Ilustrated



por Clara S. Britto
O site Hollywood Life dá mais uma prova dos poder das musas sessentonas. A modelo Christie Brinkley, que foi capa da Sports Ilustrated em 1981, voltou a posar para a revista, agora ao lado das duas filhas. E ela segura a onda, como se vê, acima, nos dois momentos. A loura Brinkley foi uma das primeiras supermodels e nunca teve nada a ver com o com o rótulo de "burrinha": ela soube investir bem o que ganhou. Aplicou os cachês em imóveis de luxo e acumulou uma fortuna avaliada até recentemente em cerca de 100 milhões de dólares. VEJA MAIS NO HL, CLIQUE AQUI

Arrocho fiscal também mata...



Alguns estados estão paralisando ou precarizando serviços essenciais. Segurança, saúde e educação, além de folhas de pagamento, são os alvos principais da tesoura. Até recentemente, o Espírito Santo era elogiado na mídia por estar com as contas em dia. Exemplo de responsabilidade fiscal, dizia-se, em contraponto ao "caos" do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e outros. Pois bem, o Espírito Santo acaba de sucumbir ao arrocho fiscal. Sem abrir mão da política neoliberal que favorece o mercado financeiro, a especulação e os traficantes de dinheiro, o governo federal resiste a retirar as amarras que sufocam os estados, embora não feche as torneiras para grandes grupos privados. Ajuste fiscal é a nova Inquisição, quem criticá-la pode ser levado à fogueira midiática.
Com a Polícia Militar em greve (a categoria reivindica reajustes de salários defasados), saques e assaltos explodem no Espírito Santo. Nos últimos dias, mais de 50 pessoas foram assassinadas. O 'Ministério da Fazenda" adverte: "ajuste fiscal" também pode matar não só nas portas dos hospitais públicos em fase de desmonte como nas ruas. Em meio ao noticiário, um fato emblemático no Espírito Santo é divulgado em vários sites: uma filiada ao PSDB que foi candidata nas últimas eleições teria sido flagrada por câmeras saqueando uma loja. Ela seria suplente da Câmara de Vereadores de Cachoeiro do Itapemirim. Vai ver a moça estava reforçando o guarda-roupa verde-amarelo das passeatas contra a corrupção para voltar às ruas em defesa de políticos tucanos acusados por delatores da Lava Jato.  

Exposição de fotos de Robert Capa no OI Futuro, Rio, revela as cores do mago do p&b

Pablo Picasso com o filho. Foto de Robert Capa.
Mostra Capa em Cores - Oi Futuro, Flamengo, Rio
por Ed Sá
A mostra Capa em Cores está aberta no Oi Futuro (Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, de terça a domingo, das 11h às 20h, até o dia 9 de abril).
São 140 fotos que mostram o foco alternativo mais mundano e menos conhecido do fotógrafo
que cobriu como poucos a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial e que morreu em um campo minado ao registrar outro grande conflito: a Guerra da Indochina. A exposição - que foi inaugurada no International Center of Photography de Nova York, em 2014, já passou por Budapeste, Tours, Lille e Madrid - reúne retratos de celebridades como o ator Humphrey Bogart, o escritor Ernest Hemingway, o pintor Pablo Picasso, além de objetos pessoais de Capa, que foi um dos fundadores da lendária agência Magnum.
VOCÊ PODE VER MAIS FOTOS DE ROBERT CAPA, EM CORES,  NO SITE DA MAGNUM, CLICANDO AQUI

Jornalista ameaçado por pastor acusado de explorar trabalho escravo


LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DA FENAJ(FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS), CLIQUE AQUI

Alô jornalista. Tem vaga no New York Times. E é no Rio...

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