terça-feira, 1 de julho de 2014

Tem Copa: agora está completa a tabela das quartas de final... O bicho vai pegar

A Bélgica lutou para vencer os Estados Unidos por 2x1 no tempo extra e...

...a Argentina sofreu para derrotar a Suiça, com gol de Di Maria no fim do segundo tempo da prorrogação. Fotos Getty Images-Fifa-Divulgação
por BQVManchete
Brasil, Colômbia, França, Alemanha, Holanda, Costa Rica, Argentina e Bélgica. Agora é hora de saber, como se dizia nas arquibancadas da Rua Bariri, quem tem mais garrafa para vender. Argentina sofreu para derrotar a Suíça. Aliás, como a Argentina pega moleza nessa Copa, não é? Não cruzou com nenhuma seleção de tradição, nem vai cruzar nas quartas, e suou frio para ganhar seus jogos com Messi salvando o time na hora em que batia o desespero. Circulou na internet a "denúncia" de que Dilma comprou a Copa. Pelo jeito, enganaram Dilma ou Cristina Kirchner pagou mais. Argentina ainda não pegou um ataque digno desse nome. Vamos ver se a Bélgica despacha os "hermanos" de volta para Buenos Aires. Se passar pela Bélgica, a Argentina vai jogar com o vencedor de Holanda e Costa Rica. Já o Brasil, se passar pela Colômbia vai pegar Alemanha ou França. 

Não sai ninguém; no calor do Brasil, roubaram os mamilos da modelo Chrissy Teigen...

por BQVManchete
O site E!Online reproduz a capa da GQ mexicana, especial sobre a Copa no Brasil, e "denuncia" que photoshop apagou um dos mamilos de Chrissy Teigen. A modelo brincou com a polêmica e tuitou: "Eu não tenho mamilos. Eu desenhos eles com canetinha toda manhã e às vezes esqueço".


I have no nipples. I draw them on with sharpies each morning and sometimes I forget.

Seleção vai treinar pesado hoje: treinamento de autoajuda...

por Omelete
* As notícias que vêm da República de Comary não são boas. A seleção estaria em crise. Cabeça no chão, bola pro mato. Como este blog já comentou, chama atenção a baixa frequência de treinamento do time com bola em coletivos. 
* A atual geração de craques é boa, Felipão convocou bem, mas algo não funciona. 
* O Globo de hoje traz matéria com um vizinho de Comary que observa da janela de casa a movimentação dos jogadores. Pouco treino com bola, quase todos em campo de dimensões menores, revela ele. O campo maior foi usado apenas duas vezes e abandonado, aparentemente por ter placas dos patrocinadores da Fifa (a CBF preferiria expor seus próprios patrocinadores cujas mensagens estão na margem dos campos não oficiais). 
* O fato é que o pouco tempo para treino na reta final parece ter sido mal aproveitado. Mesmo nessa semana do jogo contra contra a Colômbia, o fato se repete: o Brasil jogou sábado, hoje já é terça-feira e ainda não houve coletivo ou treino tático. Espera-se que os jogadores vejam a bola, hoje. 
* Mas só que não; noticia-se que quem vai hoje a Comary é uma psicóloga. Os jogadores estariam abalados, emotivos, chorões. * Bom, com todo o respeito à categoria, a história conta que se dependesse da psicologia, Garrincha sequer seria jogador de futebol. Seu teste na seleção, em 1958, teria apontado imaturidade, infantilidade, incapacidade de absorver orientações táticas, algo assim. No fim, os dribles do Mané, que não estão em compêndios acadêmicos, ganharam duas Copas.
* Dizem que em Comary há palestras, exemplos de superação, "testemunhos" análogos ao que se vê em igrejas etc. Foi aí que morou o perigo. 
* Os jogadores teriam assistido, inclusive, a um vídeo das vítimas das inundações em Teresópolis. Com toda a solidariedade que se deve aos sobreviventes da tragédia passada, esse tipo de coisa não deve contribuir em nada para o foco dos jogadores. Assim como excesso de folgas (tal como em 2006), o vai-vém de amigos, parentes e vips. 
* O grau de concentração off futebol poderia ser demonstrado na cena em que jogador volta do intervalo do jogo e, no corredor que dá acesso ao campo, não esquece de baixar a sunga repetidamente e exibir a cueca que ganhou de uma marca carioca. Se foi marketing pirata, como a Fifa desconfia e, por isso, estaria acionando a marca, a cabeça do "modelo casual" não estava apenas no jogo mas em "ativar" (termo que os publicitários usam) o merchan.     
* A torcida pelo Brasil continua claro. 
* Mas não será fácil. 
* Pela primeira vez na história do futebol brasileiro vamos incentivar uma seleção que depende da autoajuda.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Ok, Alemanha passou sem passeio. E a Argélia, com coragem e muita luta, dá uma certa lição que o time do Felipão bem que podia aproveitar...

Brahimi arranca apesar do puxão. Alemanha sofreu para ganhar por 2x1 na prorrogação. A Argélia lutou até o fim. Foto Getty Images-Fifa-Divulgação

Slimani, da Argélia, e o alemão Per Mertesacker. Foto Getty Images.Fifa, Divulgação

A torcida da Argélia tinha esperança. Os cartazes lembravam a vitória sobre a mesma Alemanha em 1982. No mesmo ano aconteceu o "jogo da vergonha" quando Alemanha e Áustria precisavam do empate para garantir a classificação e despachar a Argélia. Alemanha fez um gol logo no começo do jogo, parou, cedeu o empate e ficou por isso mesmo. Um dia nada honroso para o futebol. Os argelinos jamais esqueceram a covarde "armação". Foto Getty Images-Fifa - Divulgação

Bolas divididas: pesquisa confirma que Dilma foi vaiada pela turma que tá com o boi na sombra; repórteres queriam que argentinos recebessem 50 mil ingressos; vítimas do "terrorismo" anticopa; bomba de "gás" mineira contra Bruna Marquezine...

por Omelete
* Algumas seleções reclamaram do calor. A Espanha, indevidamente. Já que durante o campeonato espanhol, nos jogos em setembro, faz calor no país muitas vezes acima de 30º, dependendo da região. Na França, um pouco menos, mas há dias em que a temperatura no fim do verão é alta. Alemanha, Holanda e Inglaterra podem sofrer um pouco mais. Mas é preciso destacar o seguinte: nem no Brasil há jogos às 13h. Esse horário foi determinado pela Fifa exatamente para favorecer as TVs... europeias. Reclamem lá mesmo, na Europa.
* Tem sido comum ouvir de repórteres: "São 50 mil argentinos no Brasil, a maioria sem ingressos". Óbvio, rapazes e meninas da press, os estádios têm infelizmente capacidade limitada, não haveria mesmo como 50 mil argentinos ou 30 mil chilenos ou 20 mil colombianos terem ingressos reservados só para eles. Festa na rua. Por isso, desde a Copa da Alemanha foram criados os Fan Fest. Preparem-se: em Moscou e no Catar também não haverá ingresso pra todo mundo...
* Pesquisa do Datafolha mostrou que, em maioria, a torcida brasileira que vai aos estádios é da "elite branca". Veja os números:
67% se declararam brancos e 90% responderam que pertencem às classes A ou B. Pretos declarados apenas 6%. É a amostragem da turma que tá com o boi na sombra e vaiou Dilma.
* Mesmo assimDilma vai ao Maracanã na final. Nem seus assessores acreditam que não será vaiada.  
* Estádio sem povo é uma das falhas da organização da Copa. Mas é preciso reconhecer que o pouco que foi feito, com ingressos facilitados para certas faixas da população, não funcionou: a grande maioria preferiu revender as entradas. Pena. O povão animaria ainda mais a torcida brasileira. Mas pelo menos muita gente que precisava levantou um troco.
* Muito prazer. Felipão devia apresentar Fred aos outros jogadores da seleção. De preferência, antes do jogo contra a Colômbia. O tricolor precisa receber pelo menos um ou duas bolas que não sejam no sufoco. Manda uma bola limpa aí, Oscar. Não tá fácil pro do bigode.
* Quando começa o "Não vai ter Olimpíada"?
*  O tempo médio em que os seguranças levam para retirar algimas chatíssimas vuvuzelas e cartazes, a maioria escrita à mão, com conotação política, com palavrões e slogans religiosos, está em 20 minutos, no máximo. E a TV, sob direção da Fifa, nunca focaliza as tais faixas.
* Carlinhos Brown tentou emplacar um treco mais chato ainda, uma tal de caixirola. Não pegou. Melhor assim. Dizem que um lote que chegou a ser fabricado foi doado para torcedores. Nem os baianos quiseram.
* Um dos vídeos que estão bombando na rede é o do torcedor que peidou na frente de Bruna Marquezine, a namorada de Neymar. 
Pela cara da atriz, o gás liberado quase na cara dela no Mineirão era produto de ovo colorido vencido, queijo minas apreendido, feijoada da semana passada, bife friboi que Roberto Carlos não quis e cerveja quente pra reforçar a pressão. Veja o vídeo AQUI
* Um quiroprático que atende a alguns ministros do Supremo Federal foi a Comary e quis dar uma carteirada, entrar e tratar as costas de David Luís. Hoje, o cara foi barrado. Disse que vai tentar entrar amanhã. Está pedindo até a alguns ministros que liguem para a CBF dando uma força. Melhor continuar no sereno. E se for o mesmo sujeito que trata das costas de Joaquim Barbosa? 
* Todo mundo apostando em Messi e Neymar como craques da Copa e aparece James Rodriguez correndo por fora.
* De Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo: "Janio de Freitas, que pertence à esquálida cota de pensamento independente da Folha, nota em seu artigo deste domingo um contraste. Uma pesquisa mundial do Gallup coloca os brasileiros como um povo essencialmente feliz e otimista. Na imprensa, e em pesquisas dos grandes institutos nacionais, o retrato é o oposto. Somos derrotados, miseráveis, atormentados. Janio brinca no final dizendo se sentir cansado demais para explicar, ou tentar explicar, tamanha disparidade. Não é fácil para ele se alongar nas razões, sobretudo porque a Folha é uma das centrais mais ativas de disseminação da visão de um Brasil horroroso. A motivação básica por trás do país de sofredores cultivada pela imprensa é a esperança de que o leitor atribua tanta desgraça – coisas reais ou simplesmente imaginárias — ao governo. Ponto. É a imprensa num de seus papeis mais notáveis nos últimos anos: o terrorismo. A Copa do Mundo foi um prato soberbo para este terrorismo. A imprensa decretou, antes da Copa, que o Brasil – ou melhor: o governo — daria um vexame internacional de proporções históricas. Em vez do apocalipse anunciado, o que se viu imediatamente após o início da competição foi uma celebração multinacional, multicolorida, multirracial. Turistas de todas as partes se encantaram com o Brasil e os brasileiros, e a imprensa internacional disse que esta era uma das melhores Copas da história, se não a melhor. Note o seguinte: a responsabilidade por um eventual fracasso seria atribuída pela mídia ao governo. O sucesso real, pelo que se lê agora, tem vários pais, entre os quais não figura o governo. O melhor artigo sobre o caso veio de uma colunista da Folha que se proclamou arrependida por ter ouvido o “mimimi” da imprensa. Ela disse ter perdido a oportunidade de passar um mês desfrutando as delícias que só uma Copa é capaz de oferecer: viagens para ver jogos, confraternizações com gente de culturas diferentes e por aí vai. É uma oportunidade única na vida – quando haverá outra Copa no Brasil – que ela perdeu por acreditar na imprensa. Quem vai indenizá-la? O Jornal Nacional? A Veja? O Estadão? E a tantos outros brasileiros como ela vítimas do mesmo terrorismo? Para coroar o espetáculo, o Jornal Nacional atribuiu a histeria pré-Copa à imprensa internacional.
Pausa para rir. Mais honesto, infinitamente mais honesto, foi o colunista JR Guzzo, da Veja – o maior mestre que tive no jornalismo, a quem tenho uma gratidão eterna e por quem guardo uma admiração inamovível a despeito de nossas visões de mundo diferentes. “É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance nacional pecou, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites”, escreveu Guzzo em seu artigo na Veja desta semana. “Deu justamente o contrário”, continua Guzzo. “Os 600 000 visitantes estrangeiros acharam o Brasil o máximo e 24 horas depois de encerrado o primeiro jogo ninguém mais se lembrava dos horrores anunciados durante os últimos meses.” Bem, não exatamente ninguém: o Jornal Nacional se lembrou. Não para fazer uma reflexão como a de Guzzo – mas para colocar a culpa nos gringos. Recorro, ainda uma vez, e admitindo minha obsessão, a Wellington: quem acredita nisso acredita em tudo. O JN parece achar que seus espectadores são completos idiotas. LEIA NO DCM. AQUI

* Algumas musas jornalistas já estão indo embora. Outras deverão chegar para cobrir as finais. Uma que ainda está por aqui é a costa-riquenha Jale Beharim. Fotos (do Instagram) abaixo. 



Foto Fifa-Divulgação
* Era pouco pano, mas Claudia Leitte diz que gastou 200 mil reais na roupa que vestiu na abertura da Copa. Ela revelou o custo porque a boataria já falava em preço acima do milhão.
* Luciano Huck criticado por tuitar na rede sobre um suposto concurso em que gringos escolheriam namoradas brasileiras. Virou polêmica e a Globo enviou ao Uol a nota oficial aqui transcrita: "O apresentador Luciano Huck, assim como toda a equipe de seu programa, é contra qualquer tipo de violência e sempre apoiou campanhas contra a exploração sexual de mulheres. A mensagem postada nas redes sociais de Luciano Huck se refere a um quadro já produzido outras vezes pelo 'Caldeirão' e, por outros programas com o intuito de promover o encontro entre pessoas, sejam elas brasileiras ou não. A nova edição do quadro é um projeto em estudo, que sequer está em produção, assim como outras iniciativas internas do programa".  

Deu no Blue Bus...

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Torcidas nos estádios e nas ruas... São os "manifestantes" do "Tem Copa".

Torcida em San José da Costa Rica e... 

...no Brasil. Fotos Getty Imagens-Fifa-Divulgação

Fifa Fan Fest na Praia de Copacabana

Praia e futebol: são os manifestantes do "Tem Copa"- Foto Getty Imagens.Fifa-Divulgação

"Senadores" gregos, a caráter nas arquibancadas. Foto Getty Imagens-Fifa-Divulgação

Deu na coluna de Paulo Moreira Leite. Em tempo de manipulação dos fatos, bom checar os números ... maior inflação na história do real foi nos dois governos de FHC. Te contaram isso?

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Tática de Aécio faz de Serra um ministro e de Kassab o senador

por Eli Halfoun
Como na Copa do Mundo, o jogo político também é feito de táticas. O fato de José Serra anunciar oficialmente que será candidato a deputado federal (PSDB- SP) ainda não foi ainda suficiente para fazer o presidenciável Aécio Neves desistir de adotar uma tática quer acredita vencerá a partida. Aécio defende a tese de apoiar a candidatura de Henrique Meirelles ao governo de São Paulo e fazer de Serra candidato a senador com “grandes chances de derrotar Eduardo Suplicy”. Na tática, Aécio acha que será eleito e assim levará Serra para um ministério deixando Gilberto Kassab, que deverá ser o suplente com a vaga no Senado. No papel qualquer tática ganha qualquer jogo. Só que em campo a teoria não costuma ter sucesso sempre.  (Eli Halfoun)

Justiça manda Google retirar da rede vídeos preconceituosos contra religiões de origem africana

por BQVManchete
Por considerar que a "Constituição brasileira garante a obrigação de o Estado respeitar as liberdades, entre elas a religiosa, e zelar para que sejam respeitadas", a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região que determinou ao Google Brasil tirar do ar 15 vídeos do YouTube que mostram intolerância e discriminação contra religiões de origem afro. O ato anula a decisão de um juiz que recentemente resolveu que religiões são apenas aquelas que têm origem no "livro". O magistrado que estranhamente definiu o que é religião sem base em qualquer lei havia permitido que os vídeos permanecessem no ar. O respeito à religião dos outros ou até à falta de religião, uma opção de qualquer cidadão, tem sofrido abalo no Brasil. Há grupos radicais que pretendem transformar o pais em uma república fundamentalista, uma especie de  versão brasileira do proselitismo talibã . Os jornais noticiaram essa semana que um menino judeu estava sendo discriminado e obrigado a rezar o "pai nosso"em uma escola pública. Há frequentes casos de imagens de santos destruídas, agressões físicas a praticantes de religiões afro ou espírita e até de estudantes católicos constrangidos a participar de "cultos" em salas de aula.
LEIA SOBRE A DECISÃO DA JUSTIÇA, CLIQUE AQUI



Uso indevido...

Reprodução
por BQVManchete
O Partido Republicano do Brasil (PRB) usou uma foto da atriz Camila Pitanga para ilustrar um falatório do seu presidente,  Marcos Pereira, sobre prostituição veiculado no site do partido. O PRB é ligado à Igreja Universal. A foto mostra a atriz em cena do filme "Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios".

Deu na Carta Maior: gol contra da mídia

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Campanha da Du Loren é proibida

por Omelete
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) ataca de novo. Dessa vez, a vítima foi a campanha da Du Loren que, segundo os censores,  focaliza a masturbação feminina e "deprecia a mulher". Coisa de aiatolá. Em sua defesa, a Du Loren classifica a decisão como "retrocesso, rebate o preconceito e diz que estudos mostram os benefícios que o ato proporciona à vida sexual.


Tainá Muller na VIP


Foto Toca Seabra-Divulgação VIP

por Omelete
Tainá Müller é a capa da revista "VIP" de julho, fotografada por Toca Seabra. A atriz interpreta a Marina, da novela "Em Família", que se relaciona cpm a Clara, vivida por Giovanna Antonelli.

Midia tenta glamurizar Luís Suárez que, além de agredir adversários com mordidas, já foi punido por racismo em campo

por Omelete
Parte da mídia opinou em incontáveis comentários na TV que foi rigorosa a punição ao jogador Luis Suárez. Achou que a Fifa exagerou. Como, cara-pálida? A Fifa agiu certo ao julgar o "canibal" como reincidente em mordidas (foram dois ataques antes da dentada da Copa), além disso já foi afastado por oito jogos por racismo. Jogando pelo Liverpool, Suárez passou um jogo inteiro ofendendo e agredindo com insultos racista o defensor do Manchester United Patrice Evran. Isso é ainda mais condenável do que a agressão física. Agora, há que destaque o Luiz Suárez como "menino bonzinho". A reprodução acima é de uma dessas matérias publicada no IG e replicada no Dia. Dizem que ele vai jogar no Barcelona. Se for, estará no país onde o mundo do futebol é bem mais tolerante com o racismo. Suárez jogaria ao lado de Messi e Neymar. O brasileiro, com sangue afro nas veias, que se cuide. E Daniel Alves, idem. Suárez é bem capaz de lhe jogar umas bananas durante os treinos.

sábado, 28 de junho de 2014

Brasil sofre mas passa para as quartas e o Uruguai tem seu merecido dia de "maracanazo"

Julio Cesar, o heroi do jogo. Foto Getty Images-Fifa- Divulgação

O goleiro que falhou na Copa de 2010 defendeu dois pênaltis. Foto Getty Images-Fifa-Divulgação

James despachou o Uruguai. Foto Getty Images- Fifa -Divulgação
por BQVManchete
Um dia para não esquecer. A seleção brasileira tirou o fôlego do país. Fez um bom primeiro tempo contra o Chile até a ridícula sequência do lateral batido por David Luis, rebatido amadoristicamente por Hulk diante de uma defesa brasileira desatenta e displicente. Ao longo do jogo, o juiz errou contra o Brasil várias vezes. Deve-se reconhecer. Mas a "pixotada" desmoralizante do tal lateral mal batido acabou abalou o time que voltou irreconhecível para o segundo tempo. Nos pênaltis, o destaque foi Julio César, reabilitando-se do "frango" de 2010. 
Agora, o seguinte: o Chile endureceu mas tem uma defesa fraca e não é essa "brastemp" toda que a mídia esportiva brasileira badalou. Não vamos exagerar, rapaziada. Se o Chile fosse isso tudo teria goleado o Brasil no segundo tempo quando a nossa seleção entrou em crise existencial. 
Já o Uruguai teve seu merecido "maracanazo". É até um seleção simpática. O Uruguai é uma escola de futebol que deve ser respeitada. Mas a tentativa de transformar em heroi um jogador racista e "canibal" como o Suárez pegou mal. Jogou a torcida contra a "celeste", que foi despachada no mesmo Maracanã onde um dia venceu o Brasil. Adiós. E que o tal Suárez ou faça um tratamento ou, se repetir a estranha apelação das mordidas, que seja eliminado do futebol. Só pelas ofensas racistas que distribuiu na Inglaterra, já devia esta fora de campo. Não merecia nem participar de uma Copa.  
O Brasil tem individualmente bons jogadores mas também não está, tratando-se de jogo coletivo, com essa bola toda. Se esse sufoco contra o Chile resultar em alguma humildade, já será um bom negócio. Mas é preciso mais dedicação. Inclusive em Comary. A seleção brasileira terá uma quase uma semana de folga até o próximo compromisso contra a Colômbia. A CBF deverá liberar os jogadores como tem feito. Mas seria melhor que a "festa" de parentes, amigos, patrocinadores, namoradas, assessores e convidados vips em trânsito na concentração fosse mais contida. E que time treinasse mais em coletivos pra valer. Há setores que nitidamente não se entendem. A bobeira do lateral é inimaginável. O segundo tempo contra o Chile foi uma piada, os jogadores deviam ver e rever o replay para ver o que fizeram. A seleção joga na frente apenas para Neymar, o que é uma limitação. Por isso é que, com o Neymar marcado ou em dia não muito brilhante, o jogo para, some, sem alternativas treinadas. Esse historinha de que o "ambiente é bom", os "jogadores estão determinados", o "grupo está unido" etc, é bom pra sair no JN mas não vai resolver se não tiver foco no jogo. E, como toda partida tem sido um sufoco, deve estar faltando alguma coisa.  

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A camisa de Luis Suárez vai ficar no armário

Foto Getty Images-Fifa - Divulgação
por José Esmeraldo Gonçalves
A mordida em Chielini, no jogo contra a Itália, custou a Luis Suárez o afastamento da Copa. A Fifa impôs ao jogador uma suspensão de nove jogos pela seleção do Uruguai. A Copa perde um craque mas seria muito alto o preço de mantê-lo em campo. Ao morder um adversário pela terceira vez na sua carreira - sem contar as cabeçadas, outra arma que o jogador costuma usar - Suárez, na prática, pediu pra sair. No últimos dias, uma perplexa imprensa mundial o chamou até de "canibal". Além dos nove jogos pela sua seleção, o uruguaio foi banido do futebol por quatro meses. A Fifa parece deixar claro, agora, que outra mordida em campo poderá encerrar definitivamente a carreira de Suárez. O jogador poderá recorrer, se quiser, após pagar uma multa de 250 mil reais. A punição já valerá para o jogo Uruguai X Colômbia, no próximo sábado, no Maracanã. Embora a atitude de Suárez tenha sido tão flagrante e até figuras isentas como o ex-jogador Ghiggia tenham condenado a espantosa mordida, haverá especulações. Caso Brasil passe pelo Chile e o Uruguai avance, as duas seleções se enfrentarão nas quartas-de-final. O Uruguai certamente vai chiar e dirá que "forças ocultas" abriram o maxilar de Suárez e o fizeram abocanhar Chielini. Faz parte da choradeira. 
Mas a dramaticidade da cena da mordida renderia uma boa crônica ao escritor e jornalista Nelson Rodrigues. Duvida? Pois Nelson, que sempre apontava nas suas crônicas um personagem da semana, uma vez elegeu não o Dida, do Flamengo, mas uma atitude do atacante em campo. O cronista saiu do estádio impressionado com uma cena inusitada. O Flamengo jogava contra o Canto do Rio. Ganhava por 2 x 1. O jogo era tenso, dois jogadores já haviam sido expulsos, quando o árbitro Gama Malcher marca pênalti contra o Flamengo. Quase fim do jogo, era a chance do empate. Osmar, do Canto do Rio, ajeita a bola e se prepara para chutar. Conta Nelson: "Estava a bola na marca fatídica. Dida aproxima-se, ajoelha-se, baixa o rosto e vai fazer o que nem todos, na afobação, percebem. Para muitos, ele estaria rezando o couro. Mas eis, na verdade, o que acontecia: Dida estava cuspindo na bola. Apenas isso e nada mais. Objetará alguém que este é um detalhe anti-higiênico, antiestético, que não deveria ser inserido numa crônica. Mas eu vos direi que, antes de Canto do Rio x Flamengo, já dizia aquele personagem shakespeariano que há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia. Quem sabe se a cusparada não decidiu tudo? Só sei que lá ficou a saliva pousada na bola. O que aconteceu depois todos sabem: Osmar bate a penalidade de uma maneira que envergonharia uma cambaxirra. Atirava o Canto do Rio pela janela, a última e desesperada chance de um empate glorioso. E ninguém desconfiou que o fator decisivo do triunfo fora, talvez, a cusparada metafísica de Dida, que ungiu a bola e a desviou, na hora H". 
O trecho destacado acima é da crônica "A Cusparada" que Nelson Rodrigues publicou na Manchete Esportiva com data de capa do dia 9 de novembro de 1957. 
A cusparada épica virou, claro, a Personagem da Semana de Nelson Rodrigues. 
Imagine o que ele não faria com a mordida inglória de Luis Suárez.
  

Copa: a (nova) repercussão na mídia....

O Globo de hoje publica matéria sobre as...


...impressões revisadas dos jornalistas estrangeiros em torno da Copa no Brasil. Reprodução
por BQVManchete
Durante meses e meses, o Brasil passou para o mundo uma projeção de que a Copa seria um caos apocalíptico. O coro, embora ditado pelo claro interesse eleitoral local, repercutiu internacionalmente e fez com que a previsão do desastre passasse a ser a pauta de parte da imprensa estrangeira. O país continua com questões sociais a resolver, mas quanto à Copa parece que a avaliação ditada pela manipulação política extrapolou. Assim como os brasileiros foram miseravelmente enganados, turistas caíram na armadilha. E muitos só devem ter vindo por corajoso amor ao futebol - afinal a Copa é apenas um evento esportivo -, resolveram arriscar, mas talvez tenham nas mochilas kit de sobrevivência tal o temor diante do caos intensamente anunciado. 
Os milhões de turistas - tanto os estrangeiros quanto os brasileiros que se deslocam pelas sedes - devem até se surpreender com o simples fato de chegarem e saírem vivos dos estádios. 
E a imprensa mundial, com suas equipes circulando nas cidades, vendo de perto e não através de qualquer avaliação distorcida, aparentemente mudou o foco: a Copa como torneio esportivo vai bem. Demorou, mas caiu a ficha: a Copa não teria mesmo a função de, depois dela, tornar o Brasil uma Suiça quase perfeita, a Copa não melhoraria a distribuição de renda no país, a Copa não mudaria a educação e a saúde nacional, a Copa não vai construir saneamento, a Copa não vai despoluir a Baia da Guanabara, a Copa não vai construir habitação para milhares de brasileiros. 
A Copa só bota os times em campo.
Tudo o mais, e muito mais, caberá aos brasileiros, inclusive àqueles que estão se manifestando nas ruas. Melhor seria se o campeonato social que o Brasil precisa vencer contasse com o apoio da mídia que historicamente - até favorecendo e sustentando ditaduras - pertence a um setor que combate ferozmente, e também historicamente, governos que tentam implementar políticas sociais capazes realmente de mudar o Brasil, acabar com os privilégios e diminuir as injustiças. 
Essa é a outra copa. Aquela que o país tem que vencer. 
Para isso, é bom que permaneça nas ruas depois da Copa e principalmente depois das urnas se for preciso defender importantes avanços sociais conquistados no últimos anos.