por Omelete
* As notícias que vêm da República de Comary não são boas. A seleção estaria em crise. Cabeça no chão, bola pro mato. Como este blog já comentou, chama atenção a baixa frequência de treinamento do time com bola em coletivos.
* A atual geração de craques é boa, Felipão convocou bem, mas algo não funciona.
* O Globo de hoje traz matéria com um vizinho de Comary que observa da janela de casa a movimentação dos jogadores. Pouco treino com bola, quase todos em campo de dimensões menores, revela ele. O campo maior foi usado apenas duas vezes e abandonado, aparentemente por ter placas dos patrocinadores da Fifa (a CBF preferiria expor seus próprios patrocinadores cujas mensagens estão na margem dos campos não oficiais).
* O fato é que o pouco tempo para treino na reta final parece ter sido mal aproveitado. Mesmo nessa semana do jogo contra contra a Colômbia, o fato se repete: o Brasil jogou sábado, hoje já é terça-feira e ainda não houve coletivo ou treino tático. Espera-se que os jogadores vejam a bola, hoje.
* Mas só que não; noticia-se que quem vai hoje a Comary é uma psicóloga. Os jogadores estariam abalados, emotivos, chorões. * Bom, com todo o respeito à categoria, a história conta que se dependesse da psicologia, Garrincha sequer seria jogador de futebol. Seu teste na seleção, em 1958, teria apontado imaturidade, infantilidade, incapacidade de absorver orientações táticas, algo assim. No fim, os dribles do Mané, que não estão em compêndios acadêmicos, ganharam duas Copas.
* Dizem que em Comary há palestras, exemplos de superação, "testemunhos" análogos ao que se vê em igrejas etc. Foi aí que morou o perigo.
* Os jogadores teriam assistido, inclusive, a um vídeo das vítimas das inundações em Teresópolis. Com toda a solidariedade que se deve aos sobreviventes da tragédia passada, esse tipo de coisa não deve contribuir em nada para o foco dos jogadores. Assim como excesso de folgas (tal como em 2006), o vai-vém de amigos, parentes e vips.
* O grau de concentração off futebol poderia ser demonstrado na cena em que jogador volta do intervalo do jogo e, no corredor que dá acesso ao campo, não esquece de baixar a sunga repetidamente e exibir a cueca que ganhou de uma marca carioca. Se foi marketing pirata, como a Fifa desconfia e, por isso, estaria acionando a marca, a cabeça do "modelo casual" não estava apenas no jogo mas em "ativar" (termo que os publicitários usam) o merchan.
* A torcida pelo Brasil continua claro.
* Mas não será fácil.
* Pela primeira vez na história do futebol brasileiro vamos incentivar uma seleção que depende da autoajuda.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Mostrando postagens com marcador crise nervosa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador crise nervosa. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 1 de julho de 2014
Assinar:
Postagens (Atom)