sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

ÁLBUM DA MANCHETE • Dez anos separam as duas Santas Ceias


Por Roberto Muggiati



• 1977 – Da esquerda: Alberto de Carvalho, Ivan Alves (o Pato Rouco), Wilson Cunha, Flávio de Aquino, Sammy Davis Jr (papagaio-de-pirata, ao fundo), Roberto Muggiati (a caráter), Heloneida Studart, R. Magalhães Jr., Wilson Passos, Argemiro Ferreira, Pedro Guimarães, Ney Bianchi de Almeida, Carlos Heitor Cony, Irineu Guimarães.


• 1987 – Da esquerda: Lorem Falcão, Murilo Melo Filho, Nelson Gonçalves, Raul Giudicelli, George Gurjan, Eduardo Francisco Alves, Roberto Muggiati, José Egberto, Alberto de Carvalho, João Américo Barros, Wilson Passos, Sérgio Gonçalves. Na extrema esquerda, ao fundo, David Klajmic e Ney Bianchi em altos conchavos. Atrás do Wilson Passos, na divisória de vidro da redação, dá para ver o nome da Manchete em letras de ouro a que me referi em matéria recente, 1968-2000 – A Manchete no Russell.


Algumas analogias e contrastes. A primeira foto foi feita no 804, a segunda no prédio novo, o 766. Da primeira, restam quatro sobreviventes: Wilson Cunha, eu, Argemiro e Cony; o Sammy, talvez. Da segunda sobraram o Murilo, eu, o Egberto, o Barros e o Serginho.

Na primeira foto, eram treze à frente da mesa, mas não havia nenhum Judas. Já na segunda havia um Judas, vocês sabem a quem me refiro, e o seu assecla, acumpliciados talvez pelo fato de não terem coragem de sair do armário. Ambos já pegaram a barca do Estige e foram direto para o canto mais aquecido do Hades.

Em 1997, quando editei o número comemorativo dos 45 anos da Manchete, não houve foto da Santa Ceia, provavelmente porque não existia mais uma figura central na direção da revista. O que havia era uma troika paulista, que não deixou saudades. 

E, àquela altura, a Bloch já havia iniciado sua descida sem retorno, que culminaria no pedido de falência em 1º de agosto de 2000.


3 comentários:

J.A.Barros disse...

Esse barco no Estige era comandado por Caronte, o barqueiro das Hades. Ao embarcar o passageiro deveria deixar uma moeda nas mãos do Mestre-Arrais, Caronte.

J.A.Barros disse...

Na primeira foto, apesar de já estar trabalhando na Editora Bloch, não apareço na foto, mas na segunda foto estou presente de corpo e alma, com muito orgulho, porque estava trabalhando com os melhores profissionais de jornalismo.

Esmeraldo disse...

Tudo gente boa, Muggiati, respeitando e concordando com as duas lamentáveis exceções, hehehe