por O.V.Pochê
Neste 2017 que se apaga, a ministra Carmen Lúcia, presidente do STF, não trouxe muita luz às trevas constitucionais. Ao contrário, recebeu críticas por promover alguns apagões, como os votos de desempate no caso da obrigatoriedade do ensino religioso em escolas públicas e ao passar a bola para o Legislativo como instância a decidir o destino dos seus próprios e muitos corruptos. Deu no que deu e o STF ainda tenta botar ordem no terreiro.
A pedido do Globo, Carmen Lúcia escreveu um texto sobre o que devemos fazer em 2018. Ela descreve os tempos atuais como "desensofridos". O Houaiss diz que a palavra não existe. Mas isso não tem importância. Guimarães Rosa, conterrâneo da ministra, também gostava das veredas do neologismo.
Parece claro que 2017 realmente não foi o ano da ministra. O texto, ressalvando que a ministra tem todo o direito de exercer seu espírito natalino, é uma espécie de previsão em estilo de diário de normalista ou de discurso de apresentador do Big Brother Brasil. Tem mais pérolas do que o tesouro do Marajá de Baroda. Vale registrar alguns destaques:
* "Gente é feita para ser feliz, por isso espera o agrado"
* "Em tempos tão desensofridos é difícil planejar. Que venha o ótimo"
* "Certeza é nenhuma, só a esperança pousa em forma de louva-a-deus na janela".
* "Mas e esse ano mal acabado? Calma filha, amanhã as coisas se ajeitam"
* "Não há colo materno a acalmar o incerto amanhã nessas tão enevoadas noites brasileiras"
* "Talvez no mundo as trevas tenham sido densas.É que vivo brasileiramente. Ando meio amarrotada"
Não me ajudou. Já me conformei a entrar em 2018 mais confuso e do que esse 2017 me deixou. Parodiando Cazuza, "quero uma liminar pra viver".
Neste 2017 que se apaga, a ministra Carmen Lúcia, presidente do STF, não trouxe muita luz às trevas constitucionais. Ao contrário, recebeu críticas por promover alguns apagões, como os votos de desempate no caso da obrigatoriedade do ensino religioso em escolas públicas e ao passar a bola para o Legislativo como instância a decidir o destino dos seus próprios e muitos corruptos. Deu no que deu e o STF ainda tenta botar ordem no terreiro.
A pedido do Globo, Carmen Lúcia escreveu um texto sobre o que devemos fazer em 2018. Ela descreve os tempos atuais como "desensofridos". O Houaiss diz que a palavra não existe. Mas isso não tem importância. Guimarães Rosa, conterrâneo da ministra, também gostava das veredas do neologismo.
Parece claro que 2017 realmente não foi o ano da ministra. O texto, ressalvando que a ministra tem todo o direito de exercer seu espírito natalino, é uma espécie de previsão em estilo de diário de normalista ou de discurso de apresentador do Big Brother Brasil. Tem mais pérolas do que o tesouro do Marajá de Baroda. Vale registrar alguns destaques:
* "Gente é feita para ser feliz, por isso espera o agrado"
* "Em tempos tão desensofridos é difícil planejar. Que venha o ótimo"
* "Certeza é nenhuma, só a esperança pousa em forma de louva-a-deus na janela".
* "Mas e esse ano mal acabado? Calma filha, amanhã as coisas se ajeitam"
* "Não há colo materno a acalmar o incerto amanhã nessas tão enevoadas noites brasileiras"
* "Talvez no mundo as trevas tenham sido densas.É que vivo brasileiramente. Ando meio amarrotada"
Não me ajudou. Já me conformei a entrar em 2018 mais confuso e do que esse 2017 me deixou. Parodiando Cazuza, "quero uma liminar pra viver".
3 comentários:
Com o voto que essa mulher deu fazendo valer o Senado ter o privilégio de autorizar ou não processo contra seus senadores. Com isso o STF perdeu o seu poder julgar e condenar políticos eleitos.
Parece que o Brasil não teve muita sorte com mulheres no poder.
Igualdade de gênero é isso. Não falo da ministra mas mulheres também podem ser incompetentes, sem talento, vilãs, chefes ruins, egoístas, e como a lava jato mostra corruptas. Tem empresarias, perfeitas, advogadas etc envolvidas em roubos. Empoderamento para roubar.
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