sexta-feira, 8 de abril de 2016

Do portal Jornalistas & Cia: O atentado (que não houve) a Carlos Lacerda

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O texto acima está no site Jornalistas & Cia. Foi escrito pelo jornalista Raul Varassin. A tese não é nova, mas a trama está aí bem mais detalhada e questionada. 

Em tempos de vazamentos, de investigações seletivas ou não, de versões e contraversões, de empenho da mídia no afastamento de presidente eleito, tal qual nos idos de 1954 e 1964, vale revisitar um complô histórico com repercussões na prática jornalística e no provável uso da ficção como gatilho de crises. O caso do suposto atentado a Carlos Lacerda é peculiar. Não há exame de corpo de delito, nem prontuário de hospital, nem a arma do crime foi mostrada, muito menos surgiram fotos de perícia mostrando o ferimento. O suposto pistoleiro havia sido escalado para espionar Lacerda e informar sobre encontros, visitas etc. Foi flagrado pelo major Vaz, que teria lhe dado uma gravata e reagiu com dois tiros. O gesso no pé de Lacerda indicaria fratura. Ocorre que o mesmo foi visto correndo em direção ao corpo do major logo após os tiros quando o autor dos disparos já havia escapado. Quem primeiro publicou a reportagem sobre o "atentado" sem sustentação em provas foi o Diário Carioca. Apesar disso, a versão oficial dos então golpistas disseminou-se nos maios de comunicação e é a que foi para os livros de História. Só recentemente, historiadores pesquisaram mais fundo o episódio e passaram a destacar os indícios de fantasia na versão oficial e midiática do suposto atentado.

3 comentários:

Corrêa disse...

Quantas gerações essa mentira enganou

Yuri disse...

Políticos desse golpe e do outro de 64 receberam gordas verbas de instituições americanas. Muitos ficaram ricos

Marques disse...

Pelo que li e meu pai falava, Lacerda não queria ser presidente do Brasil queria ser o capitão do mato. Era um ditador em potencial