domingo, 26 de outubro de 2014

Revista Time entra de sola no ataque ao ensino público... os States estão copiando o Brasil

Time dessa semana. É a segunda capa de uma campanha contra professore do ensino público,
segundo denúncia de associações de classe americanas.
A primeira capa da Time atacando os professores e
sugerindo que eles precisam de boas vassouradas. 
por BQVManchete
A Time anda irritando os professores. Na capa dessa semana, a revistona dá mais um bordoada nos mestres. Associações de docentes já estão convocando boicote contra a publicação. É a segunda capa nessa linha de encostar os professores no canto da parede. A primeira, foi com a diretora de um escola de Washington, Michelle Rhee, de pé em uma sala de aula, segurando uma vassoura. No títúlo de capa: "Como corrigir Escolas da América". Rhee empreende uma batalha contra os maus professores, pede reformas do ensino e quer mudar os parâmetros da formação de professores. Por razões óbvias, os professores ficaram enfurecidos. Agora, com a nova capa, subiram nas tamancas. A Time diz que o corporativismo nas escolas é tamanho que é impossível demitir um mau professor. Os mestres alegam que não é verdade, tanto que a própria Rhee já foi demitida de um escola. A capa da Time simboliza os professores como maças podres que devem ser marteladas. Organizações de classe dizem que a Time está querendo injustamente atribuir a culpa dos problemas nas escolas americanas aos professores. Apontam que há milionários conservadores financiando a campanha para a reforma das escolas e que as mudanças sugeridas são antidemocráticas e vão prejudicar os menos favorecidos. E a ofensiva para demonizar os professores é, na verdade, para destruir o ensino público e transferir verba pública para o ensino privado e obter altos lucros, o que não necessariamente vai melhorar o ensino, alegam. A direita americana ataca o ensino público como bombardeou o MedCare de Obama que tirou algum lucro do sistema "abutre" de saúde privada no país. O Brasil costuma ver campanhas semelhantes. Contra Aníbal Teixeira, por exemplo, o educador que sonhava massificar a educação e teve morte suspeita durante a ditadura. E a odiosa campanha de um grande grupo de comunicação contra os Cieps, sem falar na ofensiva neoliberal dos anos 90 contra o ensino público. Os States estão nos copiando.




2 comentários:

J.A.Barros disse...

Por que o governo do ex não deu continuidade aos CIEPS do Brizolla? Porque chamou ele de "sapo barbudo"? Ele teve 8 anos para reformar Constituição, reforma política, reforma tributária, reforma educacional, enfim tinha todos os partidos nas mãos para proceder a essas reformas. Fez alguma? Quis fazer as reformas ? Não. Só distribuiu dinheiro porque é muito mais fácil do que administrar um país como deve ser administrado. E agora vamos ter o mesmo presidente completando 8 anos e nenhuma reforma institucional. Nada.

Anônimo disse...

Os Cieps são do começo dos anos 80, e, para seu conhecimento, são projetos estaduais.