segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vírus Ebola assusta passageiros de aviões. Jornal USA Today publica matéria com esclarecimentos sobre o risco

O vírus ebola assusta quem está em terra e, especialmente, quem viaja de avião. Antes que vire paranoia, o jornal USA Today tenta mostrar o que é ou não risco real. Diz-se, por exemplo, que o ar da cabine já é, em si, perigoso para a saúde. "Errado', contesta Michael Zimring, do Mercy Medical Center, em Baltimore, e autor de Viagem Saudável. "O ar da cabine é bom e as aeronaves são equipadas com filtros para limpá-lo". Só que, segundo outros especialistas, há problemas reais que não estão necessariamente no ar que os passageiros respiram. Estofamento, cintos de segurança, apoios de braço, controle remoto, bandeja, torneiras e maçanetas do banheiro podem guardar bactérias resistentes por até uma semana se não forem bem limpos. Uma bactéria E-coli pode permanecer ativa por até 96 horas sobre o braço de uma poltrona.
Os travesseiros e cobertores ensacados são seguros? Segundo a matéria do USA Today, não. "Eu não uso qualquer um deles", diz John Goebbels, vice-presidente e CEO da Medjet Assist. "Para um voo de longo curso, levo um,casaco. Se algum dia eu usar um cobertor, será um selado em plástico, mas, apenas para minhas pernas. E não vejo ninguém mudando as fronhas dos travesseiros". Goebbels aconselha cada um a levar sua almofada de pescoço. "Mas deve ser lavada porque também pode transmitir germes".
A limpeza feita no aviões entre um vôo e outro é pra valer? Depende, segundo a matéria. Remover lixo e revistas velhas é uma coisa. Higienizar, outra. As companhias aéreas costumam usar os serviços de limpeza terceirizados. Não há controle de como são limpos o canto dos assentos ou o alto da poltrona onde os passageiros costumam se apoiar ao voltar do banheiro. A eficácia do tipo de limpeza que eles fazem é uma incógnita. O USA Today diz que as companhias aéreas tomaram medidas para garantir que os passageiros não sejam exposto ao vírus Ebola na aeronave. Em princípio, restritas a triagem e identificação de passageiros que venham de países infectados. De fato, não houve quaisquer casos notificados de contaminação na cabine de um avião. O vírus não é transmitido pelo ar mas através do sangue e fluidos corporais. Mas os passageiros de companhias aéreas - alertam os especialistas ouvidos pelo jornal -, devem aderir a práticas de higiene rigorosas para limitar o risco. O ebola pode ser transmitido através de feridas abertas e membranas mucosas, como a boca e os olhos", diz Goebbels, Lavar as mãos frequentemente, usar produtos de limpeza à base de álcool, abster-se de qualquer contato com sangue ou fluidos corporais e não lidar com qualquer coisa que possa ter entrado em contato com fluidos contaminados são dicas para viagens aéreas válidas também para o dia a dia. O jornal dá outros conselhos úteis. Levar seu próprio pacote de toalhas desinfetantes para limpar apoios de braço e bandeja. Usar sempre toalha de papel para abrir maçanetas do banheiro, torneiras e botões de acionamento de descarga. Já são vistos em aviões passageiros que portam máscaras, luvas e jaquetas especiais. Segundo Goebbels, não há nada de exagerado no procedimento.  "Nós vamos ver isso cada vez mais", diz.

3 comentários:

J.A.Barros disse...

Riscos de contágio com qualquer tipo de doença existe em qualquer lugar. Ninguém prestou atenção num dos maiores riscos de contágio que estão nas salas de espera dos consultórios médicos, nem os próprios médicos. Esses riscos estão nas revistas que expostas para consultas são vistas e folheadas pelos clientes enquanto esperam a sua hora de ser atendido E folheiam as revistas humedecendo os dedos nas pontas de suas línguas. Querem maior nível de contágio do que esse?

J.A.Barros disse...

Por acaso você já esteve na sala de espera de um consultório de Dermatologistas?

J.A.Barros disse...

Esse virus Ebola pode virar uma "gripe espanhola ". Nada é impossível até descobrirem uma vacina ou um remédio que combata esse virus mortal.