domingo, 5 de outubro de 2014

Emma Sulkowicz, estudante da Universidade de Columbia, foi estuprada em pleno campus. Indignada com a indiferença em relação ao crime de que foi vítima, ela passou carregar nos corredores e jardins o colchão onde se deu a agressão. Era seu protesto solitário. A revolta de Emma era ainda maior por ver que o seu estuprador frequentava a universidade normalmente como se nada tivesse acontecido. Emma e o colchão estão na capa da New Yorker. Surgem agora as primeiras vozes solidárias. A sua denúncia também estimula outras mulheres a apontar casos de agressões sexuais comuns nos campus americano, a maioria impunes. Já são mais de vinte denúncias. O que impressiona é que entre o crime e a repercussão e apoio das pessoas, passaram-se quase dois anos. Emma Sulkowicz foi estuprada por um colega em seu quarto do dormitório. A polícia e a segurança do campus ignoraram na época suas queixas.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos calcula que um em cada cinco estudantes do sexo feminino será a vítima de uma agressão sexual. Recentemente, a Califórnia aprovou uma lei que tem sido chamada informalmente de "Sim significa sim". Exige que faculdades e universidades levem a sério e avaliem acusações. As autoridades tendem a justificar a falta de ação alegando irresponsavelmente que muitas mulheres "permitem" o estupro. Em uma deformação cultural e comportamental, muitos estudantes acham que "pegar" uma menina no campus é uma espécie de "rito de passagem" para a vida adulta. A brecha pela qual escapam os estupradores é dizer que as mulheres "provocaram" e "consentiram", mesmo quando, e isso é comum, tenham sido embriagadas antes. A lei californiana determina que o "sim" deve baseado em "consentimento consciente" e em "acordo voluntário" para a atividade sexual. E sem intimidação ou violência. A lei também vem recebendo críticas. Há quem ache que não será capa de deter os agressores, corre o risco de transferir o ônus da prova aos acusados e cria uma preocupante regulação sobre o sexo consensual. Mesmo assim, a avaliação é que finalmente algo está sendo feito para conter os ataques sexuais nas universidades. E o protesto de Emma Sulkowicz tem muito a ver com o fim da omissão.

7 comentários:

Tati disse...

Isso acontece lá? pensei que era só na USP e na UFRJ

J.A.Barros disse...

Minha cara Tati, os estupros não são forçosamente nos "campus " das universidades. Em qualquer lugar, em qualquer rua ou beco e agora nos ônibus, como correu aqui no Rio e é um ato repetitivo na Índia e nos grandes parques das grandes cidades como ni "Central Park "de nova Yorque ou no "Hide Park "de Londres, como Campo de de Santana na Central do Brasil. Quer melhor lugares do que esses para a relaização dos estupros?

J.A.Barros disse...

Seria idiotice perguntar para que serve o colchão?

J.A.Barros disse...

Com colchão se torna mais confortável?

Adma disse...

Mais confortável? Machista ignorante!!!!

J.A.Barros disse...

Ué? Por que então ela anda com o colchão pra todos os lados? Está esperando ser estuprada outra vez?
Só que desta vez ela quer mais conforto porque o chão arranha o bumbum.

Adma disse...

Alguns seres humanos nao falham e mostram o cafajeste que é