Começa a ficar mais clara a articulação das forças políticas para as eleições.
Os grupos de mídia fecharam em bloco com Aécio Neves. A última conquista foi a revistaIstoÉ, com a divulgação da pesquisa do Instituto Sensus.
Em 2010, o Sensus foi massacrado pela mídia, acusado de manipulação de pesquisas – na época, supostamente em favor de Dilma. A denúncia partiu da Folha, motivou uma representação do PSDB e uma invasão dos escritórios da Sensus por policiais, acompanhados de analistas do DataFolha.
Não deu em nada, mas foi o episódio mais truculento da campanha de 2010.
Agora, com as pesquisas divulgadas pela IstoÉ, o Instituto Sensus protagoniza a primeira manipulação das eleições de 2014.
Em ambos os momentos, Sensus não espelhou interesses petistas ou tucanos, mas do grupo mineiro de Clézio de Andrade.
A pesquisa foi realizada com todas as distorções já apontadas, inclusive pelo Estadão: cartela com os nomes em ordem alfabética (beneficiando o primeiro da fila, Aécio), informações negativas sobre a economia antes das perguntas sobre o apoio à Dilma etc.
Mais. Só depois de conhecidos os resultados, foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e apenas em nome do Sensus, como se tivesse sido bancada pelo próprio Instituto. Dias depois foi divulgada pela IstoÉ como se fosse fruto de uma parceria.
A revista não faz parte da primeira divisão do cartel, mas deverá atuar na guerrilha, assim como as denúncias non-sense da Época.
Em sua primeira incursão nas eleições de 2014, o Instituto Sensus torna-se um rojão queimado. Mas o jogo prosseguirá com outros protagonistas.
Campos sob fogo cruzado
Aécio e Campos têm acenado para uma parceria duradoura, pós-eleições. Caso Dilma seja reeleita, é bastante provável que ambos, em parceria, assumam a liderança da nova oposição.
Por enquanto, a lógica dos dois turnos os transforma em adversários diretos no primeiro turno, para se saber quem será o campeão branco que enfrentará Dilma no segundo turno.
Fontes da campanha de Dilma Rousseff entenderam a pesquisa Sensus como parte de uma estratégia maior. Testa-se a hipótese do segundo turno em veículo e instituto de pesquisa de menor calibre, preparando o campo para as pesquisas posteriores do Ibope e do DataFolha. Ao mesmo tempo, acelera-se de imediato a campanha de desconstrução da chapa Campos-Marina, explorando suas ambiguidades, para ampliar a diferença entre ele e Aécio nas próximas pesquisas.
O objetivo atual é garantir a passagem de Aécio para o segundo turno.
Hoje a Folha trabalhou nessa direção com duas chamadas de primeira página, ambas explorando as ambiguidades da parceria Campos-Marina.
A primeira, montada em cima de um gancho artificial: uma mensagem do coordenador de campanha a Eduardo, preocupado com os princípios socialistas que constam da agenda do PSB. A segunda, explorando os anacronismos religiosos de Marina Silva.
Ao mesmo tempo, Campos é atacado pela esquerda, acusado de encampar as teses mercadistas dos economistas ligados a Marina Silva.
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2 comentários:
UM golpe em andamento
Que golpe será esse? Pode imaginar?
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