por Eli Halfoun
Além do muitos ritmos, uma das mais marcantes características da Música Popular Brasileira é (foi) a qualidade de suas letras saídas da inspiração e sensibilidade (só para cita alguns) de Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Noel Rosa, Paulo Sergio Valle, Aldir Blanc e mais de uma centena de outros fabulosos letristas. Essa turma boa de poesias musical não deve estar entendendo muito as letras que acompanham agora as melodias (melodias?). Os mais recentes sucessos musicais do país sofrem a síndrome da falta de qualidade e sem exagero, falta de letra. Atualmente parece bastar um tchun, um tchan ou um terere e outras expressões que se encaixem no agitado movimento das músicas (músicas?) que fazem pular (aquilo é divertido, mas não é dançar) para que o sucesso esteja praticamente garantido. Tudo bem quer são expressões de fácil entendimento e de mais fácil repetição, não são "letras" simplesmente porque não dizem (e não são) absolutamente nada, o que é um perigo: o sucesso musical pode acabar condenado e limitado a expressões apenas divertidas.
Embora tenha convivido durante anos perto de todos os movimentos musicais do país e em consequência de músicos nunca entendi direito o que é exatamente MPB. A sigla representa Música Popular Brasileira, mas é estranho que quando se fala em samba, a maior expressão musical do país, não se esteja falando de MPB. Se o samba é o nosso ritmo mais importante por que será que ele não é MPB quando se fala em Música Popular Brasileira. Afinal, samba é música popular de que país? (Eli Halfoun)
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