por Gonça
A organização da Copa do Mundo, no Brasil, e da Olimpíada, no Rio, é um exemplo de eficiência? Claro que não. Ingerência política, atropelo, corrupção e imprevidências mis estão aí para atrapalhar. Mas a Copa e os Jogos não serão esse desastre de proporções apocalípticas que as trombetas da mídia anunciam. Nesse exagero, já se ressalta a distorção originada no caráter político-partidário dos controladores da imprensa brasileira. Observe o caso de Londres. Vá ao Google e leia uma infinidade de matérias saudando de antemão a competência anglo-saxônica, a eficiência, o controle de custos e a infra-estrutura de Londres. tudo, rigorosamente tudo, estava matematicamente em dia e pronto para funcionar perfeitamente. Há algumas semanas, os jornais publicaram que os Jogos londrinos custariam menos do que o previsto. Falso. A própria matéria que destacava isso mostrava, com números, que as verbas mais do que duplicaram em relação ao previsto. O que seria ligeramente menor não era o montante mas o estouro, que continuava altíssimo mas que de espetacular caia para apenas sensacional. Agora, quando algumas delegações começam a chegar a Londres, vê-se que o aeroporto está caótico, que o metrô não suporta o aumento de tráfego,há suspeita de corrupção e favorecimento a certos grupos, batedores de carteira de toda a Europa marcaram encontro na cidade, a empresa responsável pela segurança pede desculpas e diz que não conseguiu fazer um bom trabalho etc. Ou seja: Londres está mostrando à mídia brasileira que, complexo de inferioridade colonial à parte, não há Olimpíada isenta de problemas. Bom lembrar que os cariocas recentemente receberam chefes de Estado e delegações do mundo inteiro para a Rio+20. Aqui também não aconteceu o caos que a mídia previa. Os hotéis foram mais do que suficiente, não vi nenhuma delegação hospedada sob viadutos, houve vias interrompidas mas a cidade não parou. E não esqueçam que já há outra temporada de caos anunciada: o Encontro Mundial da Juventude, em 2013. Já estão dizendo que os hotéis não são suficientes, que o Papamóvel vai ficar preso em engarrafamento, que os turistas sofrerão arrastões, blá, blá, blá...
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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