por JJcomunic
Há alguns anos, o Brasil tentou uma renovação das suas equipes de ginástica olímpica. Um centro montado em Curitiba, fora da politicagem, resultou em considerável avanço e revelou talentos da modalidade. O Brasil passou a ser incluido na elite da ginástica olímpica. Mas esse núcleo acabou desfeito, velhos cartolas e cartolinas reassumiram o comando, voltaram as "panelinhas", as brigalhadas. O resultado está aí no fracasso que se anuncia em Londres. Os irmãos Hippólito, por exemplo, merecem todas as homenagens mas não parecem em condições de competir. Dayane dos Santos, que também fez o Brasil vibrar em muitas competições, já não apresenta o mesmo rendimento. E Olimpíada premia o alto rendimento. Sem sentimentalismos. Ao levar ginastas veteranos para Londres e cortar uma Jade por um problema que aparentemente era contornável, os cartolas perderam oportunidade de preparar e dar experiência aos mais jovens já pensando nos Jogos do Rio. Também há atletas com prazo de validade vencido em outras modalidades. Entre os especialistas em marketing, afirma-se que certos atletas veteranos que fazem parte da delegação brasileira estão lá em função dos índices que conseguiram, claro, mas com um impulso do patrocinador que lhes deu mais condições de treinamento e explora tais nomes em campannas publicitárias. Sabe-se que patrocinadores privados geralmente não formam atletas, procuram preferencialmente o atleta já vitorioso, já celebridade, que dê retorno à marca. Não perdem tempo em conceitos como formação de novos talentos ou renovação. Isso, na visão deles, demora muito, portanto vai caber, como sempre, às instuições públicas, aos clubes ou aos centros sérios de formação de atletas, inclusive em áreas carentes, apoiados por verbas públicas, como aqueles que tiraram do anonimato a judoca piauiense medalha de ouro Sarah Menezes e possibilitaram o bornze de Felipe Kitadai. Algumas empresas, como Banco do Brasil, Caixa, Correios e Eletrobras mantém programas sócio-esportivos mais amplos e apoiam atletas ou categorias que nem sempre está na mídia. Mas é pouco. Tanto quanto investir em instalações olímpicas, é preciso que o Ministério dos Esportes apoie fortemente nos próximos quatro anos os talentos que defenderão o Brasil, no Rio, em 2016. E que não deixe essa imensa tarefa nas mãos de cartolas que só querem aparecer.
Um comentário:
O Brasil investe muito no esporte mas é preciso que os dirigentes deixem de ser amadores e vaidosos. Fazem muita política, grupinhos,prejudicam que não é apadrinhhado. Sem falar que são dirigentes que se eternizam nos cargos e pensam primeiro neles mesmo, na auto-promoção.
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