segunda-feira, 23 de julho de 2012

Seriam deuses os magistrados?


por deBarros
Otaviano – mais tarde imperador de Roma com o nome Augusto – adotou a efige de Filho de Deus (Divi filius, em latim). O termo aparece daí para frente em moedas com a efígie de Otaviano (ele queria que o seu pai adoptivo, Júlio César fosse glorificado como um deus e ele próprio fosse considerado uma figura divina).
No ano 27 a.C., o senado romano deu a Otaviano o título de Augusto — "consagrado" ou "santo" — que mais tarde se converteu em sinônimo de imperador.
Calígula, imperador romano, no auge de suas loucuras quis ser deus e espalhou em todos os templos a sua imagem para ser adorado. Nero, outro imperador romano, que passou para a história como o carrasco dos cristão sacrificados nas arenas dos circos dos gladiadores, também se achou deus.
Há mais de dois mil anos as cabeças coroadas não se contentavam de ter o poder de vida e morte sobre os homens. Queriam mais. Queriam ser deuses. Mas morreram como simples criaturas humanas.
 O que querem os magistrados do Brasil? Se esquecem que foi a sociedade dos homens que os colocaram nessa posição? Que lhes conferiu o poder de julgar o comportamento do homem nessa mesma sociedade? Que lhes deu os meios para chegar a esse poder através do estudo, do conhecimento até chegar à sabedoria?
Por que não obedecer às leis criadas e por eles impostas aos que não a seguirem? O que os faz pensar que são diferentes na sociedade em que vivem? A lei foi feita para todos, inclusive para eles magistrados. Precisam ter em mente que são apenas homens como qualquer outra criatura humana. Nada os faz ser diferentes. A toga lhes empresta um poder temporário e limitado em si mesmo. Por acaso esses magistrados sufocados pelo poder em excesso e arrogantes e petulantes pretendem ignorar a Lei de Acesso a Informação? Estarão se achando deuses?

Um comentário:

Ludmila disse...

Também sou contra a postura de certos juízes que parece um casta, como se fossem seres especiais acima do cidadão comum. Não me consta que em países democráticos como os Estados Unidos os magistrados se comportem como se fosse nobres das cortes que a Revolução Francesa botou pra correr.