por deBarros
“Flamantes vozes da burguesia brasileira”. ”Corrupta oligarquia paraguaia”. “Há indícios de que foi uma embocada armada pela direita paraguaia para culpar o governo”. “Apenas 2% dos proprietários são donos de 85% de todas as terras”. “Na base da estrutura familiar”. “As elites brasileira.. “ Na década de 50 ouvia muito frases iguais a essas que hoje são repetidas por um senhor que se diz economista, integrante da coordenação nacional do MS... .e da Via ... do Brasil. Claro que essas frases, naquela época me deixavam empolgado, e as repetia junto aos amigos e nas reuniões do PTB aonde era filiado desde a sua fundação. A burguesia capitalista me irritava e o capital explorador estran-geiro me levava ao máximo de tanta raiva.
Com o tempo, comecei a perceber que essas frases se tornavam por demais repetitivas e que no fim ficavam apenas nelas mesmas. Não levavam a nada porque eram frases e nada mais.
Esse senhor, nos dias atuais, volta a repetir essas mesmas frases como um cantochão de missa solene da Igreja Católica, criando ou procurando criar um clima de protesto e rebeldia no meio do proletariado rural e urbano contra o sistema de governo estabelecido. Parece querer restabelecer a “luta de classes” tão apregoada e difundida pela falecida União Soviética, cujo regime caiu sem dar um tiro para se opor a revolução democrata que vinha resgatar o povo russo que se achava sob um regime comunista que o dominou por quase 100 anos.
Como vive esse senhor afinal? Ser economista não é o bastante para lhe dar casa, comida e roupa lavada. É preciso alguma coisa maior. Um emprego talvez em uma empresa de grande porte ou uma empresa pública. Ele tem esse emprego? Talvez ele seja muito rico e gasta o seu dinheiro apoiando esses movimentos. Mas nada se sabe.
E de que vive essa instituição MS..., composta, como diz, de camponeses sem terras, que marcham por estradas, ônibus e caminhões para acampar em Brasília, para manifestar protestos que nem eles sabem quais são e de foices e de picaretas nas mãos invadem e quebram Ministérios, que talvez seja o mesmo ministério que esteja financiando essas marchas contra alguma coisa. E quem paga essas viagens e comida que lhes é distribuída regularmente nos acampamentos onde ficam enquanto duram esse movimento?
Esse é um mistério que esse senhor economista não revela. Por que? No entanto esse senhor economista que tem como meta derrubar o regime democrata em que vive e que lhe dá ao mesmo tempo liberdade de expressão, liberdade de ir e vir, lhe dá também espaço em jornais de empresas privadas para externar a sua opinião sobre o que acha que é certo e errado num regime democrata que lhe dá todos esses direitos inclusive o de querer derrubá-lo.
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