terça-feira, 5 de junho de 2012

O feirão vai acabar?

Boa medida. E antes que alguém reclame, não tem nada a ver com liberdade de crença (os neo-pentecostais, que serão os mais atingidos e terão enormes perdas de faturamento caso a proibição se confirme, já alegam "perseguição"). Liberdade de religião é cada um cuidar da sua e não interferir na vida dos outros. Canais de TV são concessões públicas, não supermercados nem quiosques eletrônicos para comercialização da fé. Quanto aos proprietários, quem não tem condições de produzir programação, deixe o espaço para os competentes. Programação de qualidade informa, difunde cultura e entretenimento. A TV, exatamente por ser uma concessão da sociedade, deve reservar horários para programação didática. O elemento recebe uma concessão, sabe-se lá como, não produz nada, aluga horário e fica em casa desfrutando os milhões arrebanhados facilmente. Isso aí vira, então, uma privilegiada capitania hereditária onde o 'grande senhor' aufere lucros como se um mandatário fosse. E quanto à religião, deve ser praticada nas igrejas. Não em programas proselitistas, do gênero "pátio dos milagres", destinados a arrecadar os milhões de uns tantos que, como é noticiado, se transformam nos jatinhos e mansões de uns poucos.  Os deputados evangélicos, em uma demonstração dessa perigosa interferência da religião em ato públicos de um país que constucionalmente é leigo, se revoltaram. Prometem ganhar no grito. 

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