Até agora só a Folha deu o detalhe que faz toda diferença. Só poucas horas antes de votar a derrubada do presidente Lugo, o Congresso paraguaio regulamentou o rito sumério do processo de impeachment. Só isso caracterizaria que a manobra foi um golpe parlamentar e não uma lição de democracia, como quer fazer crer a imprensa brasileira. Desinibidos colunistas de extrema direita tentam relacionar nos jornais e revistas o caso Lugo com os impeachments de Collor e Nixon, que tiveram amplos direitos de defesa em processos longos e minuciosos. Se Lugo é um bom presidente, se não é, a questão não está em jogo. O que está em risco é a democracia em um continente que se notabilizou por golpes e ditaduras. A registrar o fato de parte da mídia brasileira continuar a sofrer da síndrome de apoiar golpes. Foi assim no Brasil de Jango, no Chile de Allende, no Peru de Fujimori e, mais recentemente, no golpe em Honduras.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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3 comentários:
No Paraguai o impossível se torna possível.. Todos sabemos que decretar um impeahment em 30 horas só no Paraguai
No Paraguai o impossível se torna possível.. Todos sabemos que decretar um impeahment em 30 horas só no Paraguai
Acertou na crítica. Tem uma milícia de colunistas de direita que é inacreditável. Parecem se esforçar para agradar aos patrões e garantir a duras penas, literalmente, seus caraminguás. São desprezíveis.
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