quinta-feira, 21 de junho de 2012

A imagem que ficou acima das montanhas

por deBarros
Um pequeno hino a um jovem que deu a todos o seu amor e a  alegria de viver e a força de sua juventude. Viva para sempre Serginho.

O mundo ficou pequeno para ele. Precisava de mais espaço. Suas longas pernas percorriam as estradas tão rápido que os olhos humanos não percebiam. Ah!, os seus braços. Quando os abria a todos abraçava num gesto de carinho e de anjo protetor. Seus olhos sorriam quando os teus olhos fitava e de sua boca ouvia-se o som mais lindo do riso feliz que dela saia. Feliz, te carregava no colo e pelas ruas e estradas te levava cantando canções de amor. Debaixo desses braços que te protegiam e o calor que do seu corpo saia te acalentava e transmitia a confiança que precisava no enfrentamento da vida.
A todos deu seu amor. Nada pedia de volta. Ele era assim. A sua presença contagiava quem estivesse ao seu lado. Alegre, sempre com uma palavra de carinho trazia os indecisos para o seu lado e a eles emprestava a sua coragem empurrando-os para a vida.
“Ah!, tia Laide, preciso vir mais aqui pra te ver e te abraçar.”
Era a sua preocupação e o seu amor para com aqueles que o cercava
A sua coragem caminhava à sua frente abrindo passagem, afastando os obstáculos. Destemido, ia sempre em frente. Acreditava nele como gente  e como força. Vencia sempre.
Esse mundo não comportava mais o seu horizonte. Sua luz brilhava tão intensamente que era demais para o aqui e agora. Sabia que novos espaços imensos estavam à sua espera. Espaços onde toda a sua força e todo o seu amor pudesse ser expressa em canções e gestos de amor.
Ele conseguiu e lhe foi dado o universo para passear as suas esperanças, os seus amores, as suas canções com seus versos de amor, a sua alegria de existir. Hoje nos espaços sem fim, caminhando, correndo, voando através dos cometas e galáxias que coexistem nesse espaço sideral, encontra o seu destino.
Há quem tenha visto, recortado, acima das fileiras das serras que cercam a sua cidade, o seu longo perfil, saltando entre uma montanha e outra, cantando as suas canções que eram ouvidas nas madrugadas de sua cidade, os seus hinos de amor. Obrigado, Serginho, continuaremos a ouvir as suas canções e a sua imagem, além das montanhas, permanecerá por toda a eternidade nos corações daqueles que contigo viveram e conviveram

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